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Profissões

Ainda há preconceito no mercado de trabalho com quem faz EaD?

por Isabela Giordan em 02/09/19 5,6 mil visualizações

Atualizado em 07/12/2021

Segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), em 2023 mais alunos se matricularão em cursos da modalidade de Educação a Distância (EaD) do que nos presenciais.

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Além disso, o Censo da Educação Superior 2016, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), mostrou que a taxa nas matrículas na graduação EaD naquele ano aumentou em 7,2%. Enquanto os cursos presenciais sofreram queda de 0,08%.

Isso mostra que cada vez mais egressos da Educação a Distância ingressam no mercado de trabalho, mas será que ele está apto e aberto para receber essas pessoas?


Para André Ferragut, gerente de recrutamento da Hays, apesar de algumas ressalvas, graduandos dessa modalidade são muito mais aceitos do que há alguns anos.

“Para alguns segmentos ainda há algumas ressalvas, ainda há uma pequena dose de desconfiança em relação aos cursos a distância, mas essa dose de desconfiança tem muito mais a ver com desconhecimento sobre o quanto que o curso a distância exige também do aluno, do que especificamente uma desconfiança geral. Eu diria que existe uma visão muito mais otimista do que de anos atrás”, reforça André.

Para Nathalia Lopes, recrutadora da Quero Educação, o EaD passa ainda pelo processo de aceitação assim como aconteceu com os cursos tecnólogos. “Eu acho que é meio o que o tecnólogo era há muito tempo atrás, em que muita gente tinha preconceito com esse tipo de graduação e agora não tem mais. Acredito que está bem mais disseminado na cabeça das empresas, porque foge um pouco da graduação tradicional, mesmo que algumas demorem mais tempo para se atualizar”, acredita.

Além disso, Nathalia também reforça que a experiência do candidato na área desejada é muito mais importante do que saber qual foi a modalidade de ensino escolhida.

Veja também:
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Vantagens de fazer EaD

Para ambos os recrutadores, uma verdade é máxima: essa modalidade faz com que os candidatos desenvolvam características que são muito necessárias no mercado de trabalho atualmente, entre elas, independência, organização, iniciativa, gestão de tempo e foco.

Isso acontece porque no EaD é preciso que o aluno seja totalmente responsável pelo seu desempenho, já que, na maioria do tempo, não terá o acompanhamento direto de professores e colegas de classe.

“Ele precisa desenvolver essas características de comportamento para poder chegar ao final da graduação. Uma vez concluído esse curso, o mercado de trabalho hoje já valoriza o egresso do EaD por entender que essa pessoa tem algumas características que estudantes do ensino presencial não apresentam, necessariamente”, evidencia George Bento Catunda, membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).


Ao escolher um curso a distância, Nicole Oliveira, 20, que está no último ano de Marketing, na Universidade Anhembi Morumbi (UAM), não imaginava que desenvolveria essas competências. “O curso EaD me fez desenvolver meu lado disciplinado, organizado, focado e proativo. Para você ser um bom aluno de educação a distância você precisa ter esses 4 pontos super alinhados, pensei no começo que eu não conseguiria, mas agora, tiro de letra e consigo dar 100% de mim nas aulas, atividades e provas”, conta a jovem.

Além disso, graduandos nessa modalidade têm, na maioria dos cursos, um resultado melhor no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) do que graduandos em cursos presenciais. Na edição de 2007, das 13 áreas avaliadas, em sete os alunos de graduação EaD tiveram um resultado melhor do que os demais.

Saiba como colocar o curso EaD no currículo

Além de adquirir essas características tão pertinentes, é preciso que o candidato exalte-as em um processo seletivo.

Afinal, ter se graduado em um curso a distância não é motivo de vergonha e muito menos para ser escondido, ainda mais quando apenas 15,3%* dos brasileiros conseguem um diploma do Ensino Superior. Por isso, é preciso saber como e quando informar que o seu curso foi feito na modalidade a distância.

George Bento acredita que informar no currículo esses pontos fortes como aptidões é uma boa saída. Porém, o candidato precisa ressaltar isso durante a entrevista de emprego, fazendo uma correlação com situações passadas durante a graduação e essas características.

Para diminuir o preconceito, André Ferragut aconselha que a pessoa explique também para o recrutador como foi a experiência e a metodologia do curso, já que aqueles que possuem algum tipo de ressalva, o tem por falta de conhecimento. “É bom mostrar que era a tarefa dele de se organizar em relação ao tempo, se organizar sobre as avaliações que ele recebeu ao redor do curso e que ele também teve contato com tutores online ou presenciais de tempos em tempos para ajudar a consolidar o conhecimento”, reforça o gerente de recrutamento da Hays.

Nathalia ainda completa as dicas dizendo que é de valia que o candidato explique quais foram os motivos que o levaram a escolher o EaD.

Ainda há preconceito no mercado de trabalho com quem faz EaD?

Afinal, será que esse tabu ainda existe? Para descobrir a resposta desta questão que “vale um milhão de reais” perguntamos para todas as fontes desta reportagem o mesmo tópico: “De forma categórica, você acha que ainda há preconceito com graduando na modalidade EaD?”.

Saiba qual foi a resposta de cada um:

“Categoricamente, eu diria que não. O mercado de trabalho hoje não tem mais preconceito com estudantes egressos de cursos a distância. O que a gente enfrenta dificuldade hoje é por parte dos docentes, dos professores e educadores. Muitos não acreditam, ainda veem a educação a distância como algo a ser desenvolvido, mas isso é natural, toda as categorias foram assim. Porém, categoricamente, eu te digo que o mercado de trabalho não tem mais esse preconceito” - George Bento Catunda, membro Abed e Coordenador do Fórum Nacional da Educação Profissional Técnica a Distância.
“Tem, eu acho que tem sim. E eu acho que tem porque, não é que a empresa não vá contratar, mas, geralmente, ele tem que se provar mais, a empresa vai sempre bater mais nessa tecla, talvez por preconceito ou por estar tentando validar” - Nathalia Lopes, recrutadora da Quero Educação.
Acreditamos que as desconfianças estão sendo superadas aos poucos e que o crescimento da modalidade vai contribuir para o rompimento dessa percepção” - Sólon Caldas, diretor executivo Abmes.
“Eu diria que há algumas ressalvas, mas essas ressalvas são vinculadas ao desconhecimento da metodologia e também a gente caminhou muito com relação à redução dessas ressalvas nos últimos dois a cinco anos no mercado. Hoje existe um conhecimento muito maior das exigências com relação ao ensino a distância e eu acredito que nos próximos cinco anos essas ressalvas estarão praticamente extintas. ” - André Ferragut, gerente de recrutamento da Hays.
Eu acredito que pode rolar um preconceito sim, não de todas as empresas, mas de algumas pode ter sim. Infelizmente as pessoas ainda não tem total conhecimento de como funciona os cursos EaD e de que eles são reconhecidos pelo MEC e que uma pessoa formada nessa modalidade tem o mesmo conhecimento e potencial de uma pessoa que fez faculdade presencial” - Nicole Oliveira, estudante de Marketing na modalidade EaD.

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*Dados divulgados em 2017 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Atualizado em: 02/09/2019
Publicado originalmente em: 05/09/2018

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