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Ensino Básico

Qual o impacto da Síndrome de Tourette na educação?

por Yuri Marques em 01/02/24


Você já ouviu falar sobre a síndrome de Tourette? Esse é um distúrbio neuropsiquiátrico que se caracteriza pela presença de tiques motores e vocais involuntários, representados por movimentos e sons repetitivos e incontroláveis.

Na maioria dos casos, esta síndrome surge na infância, geralmente entre os 3 e 9 anos de idade, sendo mais comum em meninos do que em meninas, ocorrendo cerca de 3 a 4 vezes mais nos primeiros. Contudo, a condição pode persistir ao longo da vida, sendo crônica.

Veja também: + O que é o objeto transicional e qual a sua importância?

A pré-adolescência é frequentemente o período em que os pacientes experienciam os sintomas mais intensos, mas muitos conseguem significativa melhora nos anos subsequentes.

Continue a leitura para saber mais detalhes sobre a síndrome de Tourette e seus impactos na educação, sobretudo para uma educação mais inclusiva.

Quais os sintomas da síndrome de Tourette?

O estigma associado à condição é destacado pela TSA (Associação da Síndrome de Tourette), que a descreve como um transtorno desconcertante. Isso se deve ao fato de que a quantidade de tiques e movimentos involuntários pode levar o paciente a expressar impulsivamente algo socialmente inaceitável ou contrário às normas de educação. 

Portanto, é crucial lembrar que esses tiques são involuntários, não sendo controlados pela pessoa. É muito comum que quem está ao redor ache que ela quer chamar a atenção, mas essa é, de longe, a intenção de quem tem a síndrome. 

Mas, afinal, quais os sintomas? Na maior parte são tiques de movimentos súbitos, rápidos, recorrentes e não rítmicos, podendo se manifestar como vocalizações. Eles podem ser precedidos por uma sensação desconfortável (sensação premonitória) e seguidos por uma sensação de alívio. O estresse, fadiga, ansiedade e excitação podem desencadear esses movimentos.

Os tiques na Síndrome de Tourette mais comuns são:

  • piscar repetidamente.

  • coprolalia (emissão involuntária de palavras obscenas);

  • copropraxia (gestos obscenos involuntários);

  • ecolalia (repetição de palavras ouvidas);

  • ecopraxia (repetição de gestos vistos)

  • palilalia (repetição das próprias palavras). 

Vale destacar que a intensidade dos tiques varia, sendo alguns quase imperceptíveis e outros mais graves.

Embora a síndrome possa persistir na vida adulta, estima-se que um terço dos pacientes apresenta remissão completa ao final da adolescência

Os sintomas da Síndrome de Tourette podem incluir, além dos tiques motores, agressividade, comportamento compulsivo, hiperatividade, imitação involuntária de movimentos, impulsividade, movimentos repetitivos, aumento da atividade muscular, ansiedade, dificuldade de aprendizagem, gagueira, pigarrear frequente, piscar repetitivo dos olhos e resposta exagerada a estímulos como susto, tosse ou tremores nas pálpebras.

O impacto da síndrome de Tourette na educação

Segundo o professor de fisiologia e neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Sudbrack, não existe uma “evidência forte” na ciência que a doença em si prejudique a capacidade de aprendizado das crianças. Porém, o aspecto social pode influenciar nisso.

“É uma condição muito estigmatizada. A pessoa fica inibida de ir para a escola e apresentar trabalhos em grupo, por exemplo. E é muito comum que além de Tourette, ela tenha transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) ou de atenção com hiperatividade (TDAH), condições que por si só já implicam um prejuízo no aprendizado. Mas a gente não tem evidência de que as áreas cerebrais afetadas pelo tourette levem a prejuízo da cognição, capacidade de planejamento ou de memória”, disse o neurologista, que é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo.

Por isso, é importante que educadores estejam cientes dessa condição e promovam uma atmosfera de aceitação e compreensão entre os alunos. Além disso, as escolas precisam se aliar ao serviço de pedagogia ou de psicologia escolar para orientar as famílias, estudantes e professores sobre a natureza da doença. Isso é uma forma de amenizar o sofrimento das crianças.

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Yuri Marques

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