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Vestibular e Enem

Redação do Enem: veja o rascunho de duas redações nota 1000

por Isabela Giordan em 24/01/19 260 mil visualizações

Atualizado em 12/01/2022

Em março, os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão acesso ao espelho das redações. Em 2019, a prova abordou o tema "Democratização do acesso ao cinema no Brasil".

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Em 2018, o tema foi  "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet" e, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), dos mais de quatro milhões de inscritos, apenas 55 conquistaram a tão desejada nota 1000 na redação. E, dentro dessas 55 notas máximas, duas são alunas do curso pH, localizado no Rio de Janeiro (RJ).

Foto: Reprodução/MEC

“A banca do Enem sempre busca valorizar os textos que estão em simetria com o modelo que eles idealizaram como perfeito. Por isso, é tão importante aprender os caminhos e as possibilidades da produção textual nessa prova. Fica provado, então, mais uma vez que a preparação para a nota máxima do Enem exige estudo, planejamento e uma fortíssima preparação", explica Thiago. 

O professor ainda elenca alguns direcionamentos que podem facilitar no processo de elaboração de um texto dissertativo-argumentativo, o tipo textual cobrado no Enem e na maioria dos vestibulares:

  1. Calma na interpretação e na leitura do tema;
  2. Clareza na apresentação de fatos e argumentos;
  3. Busca por um texto coesivo e conectado entre suas partes;
  4. Uso de referências.

Em 2018, das redações nota 1000, 76% foram elaboradas por mulheres, o que fazem com que essas duas jovens façam parte de mais uma estatística gloriosa, não é mesmo?

GIRL POWER!

Ficou curioso para saber como ficaram os textos elaborados pelas candidatas? Então, confira o rascunho das redações nota 1000 de Thais Saeger e Isabel Petrenko:

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Redação: Thais Saeger

É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas esferas, a exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que concerne ao uso da internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do consumo, pois permitiu, por meio da construção de um banco de dados, oferecer produtos de acordo com os interesses dos usuários. Tal personalização se observa, também, na divulgação de informações que, dessa forma, se tornam, muitas vezes, tendenciosas. Nesse sentido, é necessário analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais e econômicos.

É importante ressaltar, em primeiro plano, de que forma o controle de dados na internet permite a manipulação do comportamento dos usuários. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo senso crítico da população, fruto de uma educação tecnicista, na qual não há estímulo ao questionamento. Sob esse âmbito, a internet se aproveita de tal vulnerabilidade e, por intermédio da uma análise dos sites mais visitados por determinado indivíduo, modela o modo de pensar dos cidadãos. Nessa perspectiva, uma analogia com a educação libertadora de Paulo Freire mostra-se possível, uma vez que o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e, dessa forma, libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado - neste caso, a manipulação.

Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa. Nesse âmbito, a tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos usuários da rede produtos que eles acreditam ser personalizados. Partindo desse pressuposto, essa situação corrobora o termo "ilusão da contemporaneidade" defendido pelo filósofo Sartre, já que os cidadãos acreditam estar escolhendo um produto diferenciado mas, na verdade, trata-se de uma manipulação que tem a finalidade de ampliar o consumo.

Infere-se, portanto, que o controle do comportamento dos usuários possui íntima relação com aspectos educacionais e econômicos. Dessa maneira, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de debates e seminários nas escolas, ensinar os alunos a buscarem informações de fontes confiáveis como artigos científicos e pela checagem de dados, com o fito de estimular o senso crítico e evitar que os estudantes sejam manipulados. Visando ao mesmo objetivo, o MEC pode oferecer a disciplina de educação tecnológica por meio de sua inclusão na Base Comum Curricular, causando um importante impacto na construção da consciência coletiva. Assim, observar-se-ia uma população mais crítica e menos iludida.
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Redação: Isabel Petrenko

No filme “O jogo da imitação”, o personagem Alan Turing consegue prejudicar o avanço da Alemanha nazista, posto que decifrou os algoritmos correspondentes ao projeto de guerra de Hitler. Diante disso, pode-se observar, desde a segunda metade do século XX, a relevância do conhecimento tecnológico para atingir certos objetivos. Contudo, diferentemente de tal contexto, atualmente, utiliza-se a tecnologia, muitas vezes, não para o bem coletivo, como representado pelo filme, mas para vantagem privada, mediante a manipulação de dados de usuários da internet. Destarte, é fundamental analisar as razões que fazem dessa problemática uma realidade no mundo contemporâneo.

Em primeiro lugar, cabe abordar a dificuldade de regulação dos sites quanto ao acesso aos dados de quem está inserido no ambiente virtual. De acordo com Sartre, o homem deve zelar pelo bem coletivo em detrimento do individual, uma vez que ele está articulado a uma comunidade. No entanto, a tecnologia, atualmente, rompe com tal lógica altruísta, pois prioriza-se o lucro gerado pela manipulação do indivíduo.  Isso ocorre porque muitas empresas detêm habilidades técnicas para traçar perfis individuais, direcionando, por conseguinte, o consumo, além de influenciar escolhas e gostos de cada um. Logo, verifica-se também uma ruptura com a filosofia kantiana de que a pessoa deve ser um fim em si mesma e não um meio de conseguir alcançar interesses particulares.

Ademais, outro fator a salientar é a falta de informação do público no que tange à internet. Diante do advento da Era Tecnológica, a priori com a Terceira Revolução Industrial e, posteriormente, com a Quarta, nota-se uma educação incompleta e que não prepara o indivíduo para um mundo imerso em computadores e inteligência artificial. Nessa perspectiva, apesar de, desde a infância, estar em contato com tablets e celulares, a criança cresce sem saber  discernir corretamente quais informações podem ser publicadas ou se seu dispositivo está realmente seguro.

Torna-se evidente, portanto, a necessidade de repensar a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet. Assim, cabe ao Executivo combater o domínio de elementos pessoais dos consumidores, por meio do investimento na área de tecnologia de informações do Ministério de Ciência e Tecnologia, que deverá aprimorar seu sistema de identificação de uso impróprio de tais dados. Desse modo, poderá ser alcançado o objetivo de proteger os brasileiros inseridos na esfera cibernética. Outrossim, compete ao Ministério da Educação promover a inclusão de disciplinas como Ética e Tecnologia , mediante a alteração na Lei de Bases e Diretrizes da Educação, que impulsionará uma maior difusão da percepção crítica acerca do mundo virtual e de como utilizá-lo, a fim de mitigar a manipulação da conduta dos consumidores. Dessa forma, além de formar cidadãos mais capazes de reconhecer tal adversidade, será possível construir uma sociedade mais bem intencionada e preocupada com o bem coletivo.

"Nossas alunas provaram conhecer essa estrutura [de redação do Enem] ao fazerem boas referências culturais interdisciplinares, ao apresentarem com precisão a problemática sugerida pela banca, ao argumentarem sobre ela e ao proporem intervenções viáveis para amenizá-la", completou o professor do colégio e curso pH.

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