
Fuvest 2026: veja o que pode levar, horários e recomendações
Isabella Baliana | 20/11/25Saiba o que é necessário levar para a prova da Fuvest, quais itens são proibidos, os horários do exame e as últimas recomendações importantes.
Em resumo:
Veja mais detalhes a seguir:
Não é novidade que os temas de redação do Enem assombram muita gente por aí, principalmente, quem está em busca de um bom desempenho na prova.
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Essa parte do exame acaba gerando mais insegurança, porque há dificuldade em construir repertório, apresentar bons argumentos e até mesmo trazer soluções objetivas para os problemas tratados.
Pensando nisso, a Revista Quero procurou alguns especialistas em redação para explicar quais foram os temas de redação mais difíceis dos últimos anos.
Assim, você vai fazer a prova este ano mais preparado e com uma ideia do que de mais desafiador já foi cobrado!

Antes mesmo de entender quais foram os temas mais difíceis, é preciso conhecê-los, certo?
Abaixo, você confere a lista dos temas desde 2014. Se você quiser, pode dar uma olhada e já ter algum palpite considerando o seu repertório:
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Logicamente, o conceito de dificuldade pode ser relativo, não é mesmo? O que pode ser difícil para um não necessariamente será para o outro.
Pensando no Enem de uma forma geral, outra coisa que pode acontecer é que temas com uma abordagem mais direta costumam ser considerados mais fluidos e fáceis pelos participantes.
“Isso ocorre porque são temas que aparecem de forma recorrente em espaços do cotidiano, como noticiários e produções culturais. Essa presença constante favorece a construção de um repertório de informações mobilizado para gerar uma redação mais coesa e com boa argumentação”, explica Andresa Rodrigues, gerente de Conteúdo Digital da Multiverso das Letras.
“No entanto, essa aparente facilidade pode ser vista como uma “armadilha”, já que, em temas mais acessíveis, os critérios mais técnicos de avaliação passam a ter um peso ainda maior no momento da pontuação”, alerta a especialista.
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O consenso das fontes ouvidas para a produção dessa matéria é de que os temas de redação mais difíceis do Enem dos últimos anos foram os de 2017, 2018 e 2021.
A professora de Redação do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante, Anna Chillemi, explica isso em mais detalhes.
Em 2017, por exemplo, o Enem encontrou a palavra “desafios” para encaminhar a discussão a ser elaborada pelos candidatos e parece ter funcionado, já que, depois disso, muitos outros temas propostos oficialmente pela prova seguiram esse mesmo modelo.
“O problema em relação ao tema nesse ano foi outro: os direitos humanos. Isso porque a solução para os “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” não poderia ser tratada de maneira excludente ao propor exclusão ou privação social dos surdos como proposta de intervenção”, lembra a professora.
“Propor, muitas vezes sem perceber o problema disso, uma escola específica para surdos, na qual não-surdos não frequentaram, por mais que vise uma atenção direcionada ao grupo em questão, exclui esse grupo de uma convivência democrática”, ressalta Anna.
Já em 2018, o desafio vem da extensão e do tanto de relações previstas pelo tema, que foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet“.
“A dificuldade de leitura dessa frase se dá por dois motivos principais: primeiro, era necessário compreender por que isso é um problema, o que implica uma diversidade maior de caminhos para abordar a questão (afeta a democracia, os direitos, a sociedade como um todo, a forma de pensar dos cidadãos…); em segundo lugar, não havia a especificação para o “Brasil”, afinal, as empresas que exercem a manipulação dos usuários não são nacionais em sua maioria. Isso confundiu muitos estudantes, habituados em tratar exclusivamente do Brasil em temas propostos pelo Enem”, conclui a professora.
Por fim, em 2021, com o tema “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil“, não houve dificuldades de compreensão geradas pela frase temática, mas pela coletânea de textos.
“Os candidatos, já habituados a construírem textos com projetos pré-definidos em causa e consequência, tiveram dificuldade em identificar causas para o problema, não evidenciadas nos textos de apoio. Isso gerou desafios, na hora da prova, para a definição de um projeto de texto coerente, o que gerou muitos textos com lacunas, prejudicando muito a nota da Competência 3“, constata Chillemi.
Agora que você já teve uma ideia das dificuldades, veja abaixo o ranking dos temas de redação organizado pelo nível de dificuldade e os motivos principais de eles terem sido desafiadores.
| Posição | Ano | Tema | Nível de dificuldade | Motivos principais |
|---|---|---|---|---|
| 🥇 1º | 2021 | Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil | 🚨 Muito difícil | Exigia conhecimentos mais aprofundados sobre direitos civis e cidadania. Assunto pouco explorado, portanto, de difícil contextualização. |
| 🥈 2º | 2017 | Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil | 🚨 Muito difícil | Por se tratar de minorias, exige repertório mais refinado. Dificuldade em articular conhecimentos sobre educação inclusiva, acessibilidade e políticas públicas. |
| 🥉 3º | 2018 | Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet | 🚨 Muito difícil | Tema que demanda uma visão crítica e multifacetada do assunto. Dificuldade também estava em relacionar conceitos de algoritmos, ética, privacidade e manipulação da informação. |
| 4º | 2023 | Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil | ⚠️ Difícil | Tema com muita complexidade argumentativa. Era preciso articular o conceito de “trabalho e cuidado” ao contexto de desigualdade de gênero. |
| 5º | 2024 | Desafios para a valorização da herança africana no Brasil | ⚠️ Difícil | Tema pertinente e relevante por dialogar com identidade, cultura e racismo estrutural. Difícil por manter o foco na valorização da herança africana, evitando argumentação genérica. |
| 6º | 2022 | Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil | ⚖️ Médio | Fugiu do padrão habitual. Conceito de “povos tradicionais” trouxe dúvidas e confundiu o participante. Dificuldade em delimitar o foco e compreender o tema. |
| 7º | 2014 | Publicidade infantil em questão no Brasil | ⚖️ Médio | Tema gerou confusão entre os participantes: relação do tema com a venda de produtos com foco no público infantil e o uso de crianças em propagandas. Falta de debate e regulamentações claras. |
| 8º | 2019 | Democratização do acesso ao cinema no Brasil | ⚖️ Médio | Tema fora do padrão tradicional. Embora acessível por familiaridade e amplitude, proposta exigia reflexão crítica sobre políticas culturais, financiamento público e desigualdades regionais de acesso à cultura. |
| 9º | 2015 | A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira | ✅ Mais acessível | Embora o tema parecesse familiar, exigia postura analítica e fundamentada. Desafio em reconhecer dimensão histórica e estrutural da violência, sem recorrer a esteriótipos ou simplificações |
| 10º | 2016 | Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil | ✅ Mais acessível | Tema mais amplo e de fácil compreensão, mas exigia cautela na argumentação. Muitos estudantes reconhecem como tema familiar, mas a proposta demandava abordagem respeitosa e fundamentada. |
Fonte: Andresa Rodrigues, gerente de Conteúdo Digital, e Leonardo Bardini
Assistente de Conteúdos Digitais da Multiverso das Letras

Nossa! Depois de tudo isso, você pode se perguntar: o que eu posso fazer para me preparar e não enfrentar tanta dificuldade na hora de fazer a redação do Enem?
A resposta para isso já pode ser conhecida por muita gente e indicar nada mais nada menos do que a construção de repertório com o consumo de livros, músicas, filmes e séries de diferentes assuntos e níveis de complexidade.
Isso é extremamente importante, porque amplia o horizonte de conhecimentos e estimula o desenvolvimento de um pensamento mais crítico em relação aos problemas.
“Até mesmo as redes sociais podem ser aliadas na construção deste hábito, desde que o conteúdo consumido apresente as características de qualidade e formalidade exigidas pela prova”, reforça Leonardo Bardini, assistente de Conteúdos Digitais, da Multiverso das Letras.
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