Olá! Quer uma ajudinha para descobrir sua faculdade ideal?

“Vivências em Ginástica Artística”: o esporte como aprendizado na UFRGS

Por meio de uma perspectiva diferente, projeto de extensão da UFRGS ensina ginástica artística para a comunidade e prepara graduandos em Educação Física para o futuro profissional.

Embora o Brasil seja conhecido como o país do futebol, esportes competitivos – como a natação e o vôlei – também são praticados em escolas, academias ou por grupos de amigos em momentos de diversão. A ginástica artística, por outro lado, apesar de compartilhar do mesmo caráter lúdico dessas modalidades, comumente é lembrada apenas como uma atividade de alto rendimento.

No entanto, não é preciso tornar-se atleta olímpico para vivenciar a ginástica. Esta prática de exercícios que combina elasticidade, força e agilidade também é aplicada com objetivos terapêuticos ou educativos. Um exemplo disso é o projeto de extensão “Vivências em Ginástica Artística”, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Criada há 16 anos, esta atividade tem como objetivo proporcionar saúde, bem-estar e lazer por meio da ginástica, diferentemente de clubes esportivos, que procuram por atletas em potencial. A proposta atende em torno de 370 alunos, de 4 a 32 anos e a participação independe de idade ou características físicas.

João Carlos Oliva, professor de Educação Física e coordenador do projeto, comenta que o único pré-requisito é a vontade de participar. Se alguém de 40 anos ou mais quiser ter essa vivência, não há restrições: “Desde que ele tenha condições físicas para as mobilidades específicas da prática, sem problema nenhum”, comenta.

O ginásio onde ocorrem as aulas é equipado com aparelhos como argolas, cavalo, trampolim e barras paralelas. As crianças se divertem ao pular, pendurar-se em cordas e, no caso dos menores – entre 4 e 6 anos – deixam a criatividade correr solta e transformam espumas de proteção abaixo dos trampolins em casas, castelos, carros e o que mais a imaginação permitir.

Gostando dessa matéria?

Inscreva-se e receba nossos principais posts no seu e-mail

Personagem segurando um sino de notificações

As aulas são ministradas por graduandos de Educação Física da UFRGS, que ao se deparar com as brincadeiras dos pequenos em horário de aula, também precisam ser inventivos e flexíveis para voltar a realizar a proposta de ensino sem desmotivar os alunos.

Com adolescentes e adultos também surgem desafios e essa experiência de ensinar para diferentes faixas etárias pode ser de grande aprendizado para os bolsistas. Um deles, Dante Fraga Cabreira, conheceu o projeto durante atividades curriculares da faculdade, se identificou com a ginástica e passou a acompanhar as aulas até tornar-se bolsista e ministrá-las. Da mesma forma que aprendeu com os professores e outros graduandos, procura também ajudar os colegas.

As possibilidades de movimento e expressão por meio da ginástica são diversas. Além de aprimorar capacidades físicas, a prática do esporte colabora para o desenvolvimento pessoal de quem a pratica, pois trabalha características como criatividade, atenção, socialização, confiança, entre outros. Seja como atividade de lazer ou no esporte de alto rendimento, a prática começa de forma simples e, progressivamente, a dificuldade é aumentada. Equilíbrio, saltos e giros com o tempo evoluem para elementos acrobáticos. João Oliva destaca que o aprendizado varia de uma pessoa para outra, pois depende do desenvolvimento motor de cada um.

O projeto também contempla a participação em eventos fora do ginásio. Anualmente, os alunos participam da Copa Escolar de Ginástica, com o objetivo de valorizar a aprendizagem adquirida durante os treinos. As crianças e jovens que demonstram grande potencial para o esporte são convidados a treinar em clubes de Porto Alegre, como Sogipa ou Grêmio Náutico União.

O coordenador do curso comenta que muitos desses atletas voltam para o projeto: “É curioso, eles não querem competir, querem o lúdico”. Por outro lado, a iniciativa já revelou talentos. Há ginastas de alto rendimento que descobriram a vocação durante a vivência da modalidade nas aulas da ESEFID.

Gostando dessa matéria?

Inscreva-se e receba nossos principais posts no seu e-mail

Personagem segurando um sino de notificações