Hades: quem é esse Deus e quais são seus poderes

Hades, na mitologia grega, é amplamente reconhecido como o deus do submundo, uma figura de imensa importância e poder. Governante do reino dos mortos, Hades é frequentemente associado a temas de morte e vida após a morte. Sua representação na mitologia grega é complexa, muitas vezes envolto em mistério e mal-entendidos.

Distinto de outros deuses olímpicos, Hades era menos envolvido nas questões do Olimpo e mais focado em seu domínio sombrio e distante. Apesar da conotação negativa frequentemente ligada ao seu nome, na realidade, Hades desempenhava um papel crucial na manutenção do equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos. 

Hades é o deus grego do submundo e que garante o equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos. Filho dos Titãs Cronos e Reia, Hades, juntamente com seus irmãos Zeus e Poseidon travou uma guerra para tomar o Olimpo do poder dos deuses Titãs. No momento o Olimpo era governado por Cronos. Os três irmãos venceram a batalha e dividiram entre eles o governo dos mares, que ficou sob o poder de Poseidon, o Olimpo comandado por Zeus e o submundo, governado por Hades. Os três irmãos deveriam manter os três mundos em equilíbrio constante.

Por ser deus do submundo, Hades é temido e respeitado na mitologia Grega e sua figura está quase sempre envolta em mistérios e às vezes até mal-entendidos. O fato é que muitas narrativas míticas apresentam Hades como um deus justo e imparcial, que detesta traições e conflitos e faz de tudo para manter o submundo em paz. Juntamente com as obrigações dos irmãos de manterem os céus e os mares em paz, o mundo seria um lugar mais equilibrado e harmonioso.

Representação do submundo governado por Hades (Imagem de Square Frog por Pixabay)

Qual é o poder de Hades?

Hades tinha alguns poderes importantes que eram usados para manter a paz no submundo. O deus era apresentado como sendo muito hospitaleiro e sempre pronto para receber em seus domínios as almas dos mortos. Os mitos descrevem Hades usando sempre um capacete, do qual nunca se separava. O acessório tinha o poder da invisibilidade. O capacete, confeccionado por Hefesto, deixava invisível qualquer um que o usasse e ainda protegia contra olhares maldosos e invejosos.

Hades também tinha o poder de devolver a vida aos mortos. No entanto, usou esse poder pouquíssimas vezes e geralmente, quando usava, fazia atendendo aos pedidos da esposa, Perséfone.

Qual é o símbolo de Hades?

Hades tinha como seu principal símbolo o capacete ou elmo da invisibilidade. O acessório foi construído por Hefesto, deus da metalurgia. Após vencerem a guerra contra os deuses Titãs e dividirem os poderes do mar, céu e submundo, cada um dos irmãos recebeu armas e poderes que se tornaram seus símbolos. Zeus recebeu os trovões, Poseidon o tridente e Hades o capacete.

O capacete de Hades, além de garantir a invisibilidade servia de importante escudo contra olhares maldosos e invejosos, por esse motivo, o deus sempre fazia uso do acessório. O capacete de Hades foi também usado por Atena na luta contra Ares na Guerra de Tróia.

Hades, uma figura central na mitologia grega, possui origens divinas que se entrelaçam com o panteão olímpico. Filho dos titãs Cronos e Reia, Hades é irmão de deidades proeminentes como Zeus e Poseidon. A sua história familiar é marcada por narrativas de poder, traição e a luta pelo controle do universo.

Segundo os mitos, após o nascimento, Hades foi engolido por seu pai, Cronos, que temia ser destituído do trono por seus filhos. Mais tarde, ele foi libertado por Zeus, resultando na Titanomaquia, uma guerra entre os deuses olímpicos e os titãs. Após a vitória dos olímpicos, o universo foi dividido entre os três irmãos: Zeus recebeu o céu, Poseidon, os mares, e Hades, o submundo.

Essa divisão do poder estabeleceu Hades como uma autoridade no submundo, mas também como uma figura distinta e muitas vezes isolada em comparação com seus irmãos. Embora compartilhasse a linhagem divina com Zeus e Poseidon, Hades era frequentemente retratado como uma entidade à parte, governando o reino dos mortos com justiça e imparcialidade, longe das intrigas e batalhas do Olimpo.

Submundo na mitologia

O submundo, governado por Hades, é uma faceta essencial da mitologia grega, representando o destino final das almas após a morte. Este reino é frequentemente descrito como um lugar de sombras e mistério, situado além dos limites do mundo dos vivos. O acesso a ele é guardado pelo rio Estige, onde o barqueiro Caronte transporta as almas dos mortos, simbolizando a transição entre a vida e a morte.

O submundo é dividido em diferentes regiões, como os Campos Elísios, onde as almas virtuosas repousam, e o Tártaro, uma área de punição para os malfeitores. Essa divisão reflete a visão grega da vida após a morte, onde as ações em vida determinam o destino eterno da alma.

Essa concepção do submundo desempenha um papel crucial na mitologia e na religião grega, oferecendo uma visão sobre as crenças antigas em relação à moralidade, justiça e o eterno. Como governante deste reino, Hades é tanto temido quanto respeitado, uma entidade poderosa que mantém a ordem e o equilíbrio no mundo além.

Caronte, barqueiro que leva as almas para o submundo (Imagem de Sabrina Belle por Pixabay)

Personagens e Criaturas do Submundo 

O submundo de Hades é povoado por uma série de personagens e criaturas mitológicas marcantes. Perséfone, filha de Deméter, é uma figura central, conhecida como a rainha do submundo após seu casamento com Hades. Sua história, que envolve seu rapto e os meses que passa com Hades, simboliza as estações do ano e o ciclo de vida e morte.

Cérbero, o cão de três cabeças, é o guardião do submundo, posicionado na entrada para impedir que os mortos saiam e os vivos entrem. Essa criatura feroz e leal simboliza a vigilância e o poder que guarda as portas da morte.

As Erínias, também conhecidas como Fúrias, são deidades de vingança que perseguem aqueles que cometem crimes graves, especialmente infrações contra a ordem natural e familiar. Elas representam a justiça implacável, atuando como agentes de punição para os malfeitores no submundo.

Esses personagens desempenham papéis significativos na mitologia grega, enriquecendo as histórias do submundo com complexidade e profundidade, refletindo as crenças e valores da cultura antiga sobre justiça, moralidade e o além.

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