A inversão térmica ocorre quando a temperatura da atmosfera se comporta de forma contrária ao esperado.
Normalmente, o ar próximo ao solo é mais quente e vai esfriando conforme se sobe na atmosfera, permitindo a circulação vertical do ar — o ar quente sobe e o ar frio desce, facilitando a dispersão dos poluentes.
No entanto, na inversão térmica, uma camada de ar quente fica posicionada acima de uma camada de ar frio, impedindo que o ar frio e os poluentes próximos ao solo subam e se dispersem.
Esse fenômeno cria uma situação de estabilidade atmosférica, bloqueando a circulação natural do ar e prendendo os poluentes na camada mais próxima da superfície.
As condições meteorológicas que favorecem a inversão térmica incluem noites claras, ausência de vento e solos que esfriam rapidamente, o que normalmente ocorre em áreas urbanas com relevo particular.
Isso resulta em um efeito semelhante a uma “tampa” que mantém a poluição concentrada, agravando a qualidade do ar e os impactos ambientais.
Causas da inversão térmica
As principais causas da inversão térmica estão relacionadas à interação entre fatores naturais e urbanos. Um dos processos mais importantes é a radiação noturna, quando o solo perde calor rapidamente após o pôr do sol, resfriando o ar próximo à superfície.
Em noites calmas e com pouca ou nenhuma circulação de vento, o ar frio permanece preso perto do chão, enquanto o ar quente forma uma camada acima, criando a inversão.
Além disso, a geografia urbana influencia o fenômeno, especialmente em cidades localizadas em vales ou regiões cercadas por morros, que dificultam a movimentação do ar.
A ausência de ventos fortes e a poluição gerada por veículos, indústrias e queimas agravam a situação, potencializando a estabilidade atmosférica e impedindo a dispersão dos poluentes.
Camada de inversão térmica: o que é e qual sua função?
A camada de inversão é uma camada de ar quente que atua como uma barreira acima do ar frio, impedindo que ele suba e, consequentemente, bloqueando a dispersão dos poluentes atmosféricos.
Essa camada funciona como uma “tampa” sobre a cidade, concentrando as partículas poluentes e gases nocivos próximos ao solo.
Essa condição reduz significativamente a qualidade do ar, pois os poluentes ficam presos e se acumulam, formando uma névoa densa ou até mesmo o smog, uma combinação de fumaça com neblina, comum em áreas urbanas afetadas pela inversão térmica.
Assim, a camada de inversão é um dos principais fatores responsáveis pela deterioração do ambiente atmosférico nas cidades.
