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República Oligárquica: veja como foi e resumo

História do Brasil - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 30/8/2024

Introdução

Chama-se República Oligárquica o período da História do Brasil marcado pela alternância de poder entre as oligarquias cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo, entre os anos de 1894 e 1930. Se trata, portanto, de quase todo período da Primeira República no Brasil. 

Oligarquia significa “governo de poucos”. Ou seja, esse foi um período na História do Brasil em que, mesmo tecnicamente vivendo um regime democrático, o poder esteve detido na mão de poucas pessoas. e essas pessoas tomam decisões a fim de beneficiar apenas a si próprias. 

República Oligárquica

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Índice

Período Oligárquico no Brasil

Durante a Primeira República, o poder político do país estava centrado nas oligarquias locais, pequenos grupos que sustentavam seu poderio a partir das riquezas produzidas em suas propriedades rurais.

As principais oligarquias eram as do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O poder oligárquico fez com que, durante o período da Primeira República, não houvesse um só partido político de alcance nacional. Eram as relações políticas regionais que determinavam os rumos políticos do país.

Veja mais: O que é aristocracia?
+ Revolução de 1990

Política dos Governadores 

A República Oligárquica ficou marcada pela chamada Política dos Governadores, que consistia na troca de favores do Governo Federal com as oligarquias locais. O Governo Federal, na intenção de acabar com as disputas regionais que aconteciam entre os Estados brasileiros, começa a apoiar as oligarquias mais poderosas, concedendo favores e oferecendo recursos e cargos para aliados.

Em troca, as oligarquias se comprometeram a apoiar o Governo Federal a partir da eleição de deputados que, no Legislativo, votariam a favor das medidas propostas pelo Governo. 

Com essa política, o Governo Brasileiro consolida seu poder sobre os estados, impedindo que o federalismo levasse a movimentos separatistas ou de guerra civil. Ao mesmo tempo, as oligarquias tinham seu poder político reforçado. Para que esse acordo fosse viável, era necessário que os candidatos certos fossem eleitos. 

A República Oligárquica foi marcada, portanto, por uma política do Café com Leite, que consistiu na união das duas oligarquias mais poderosas do período: São Paulo e Minas Gerais.

Essa política pretendia garantir o revezamento entre os candidatos das duas oligarquias, uma obtendo apoio da outra. Essa prática não aconteceu em todo período da Primeira República, ou seja, não explica a eleição de todos os presidentes. Por vezes, os candidatos não foram eleitos ou as oligarquias entraram em conflito, não apoiando o mesmo candidato.  

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Coronelismo

Por isso, o coronel era peça importante desse sistema. Os coronéis eram uma elite política composta por grandes proprietários rurais, chefes políticos locais e comerciantes, que tornaram-se referência para populações locais a partir de relações de poder baseadas na grande desigualdade existentes no Brasil da época. Utilizavam, portanto, sua influência política para garantir que as elites imperiais permanecessem no poder. 

Os coronéis utilizavam-se de trocas de favores, violência, pagamentos - dentre outros artifícios - para colocar no poder os candidatos que lhe interessavam. Essa prática, profundamente anti-democrática - contava ainda com intensas retaliações, inclusive físicas, aos cidadãos que não se submetiam a ela. 

voto de cabresto era a instituição mais comum da prática do coronelismo. O coronel garantia a proteção e inúmeros favores à população de sua vizinhança, e esta, em troca, lhe era obediente, votando nos candidatos escolhidos pelo coronel. O termo “voto de cabresto” remete justamente ao controle exercido por um homem sob um animal. 

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Resumo sobre República Oligárquica

A República Oligárquica, período que se estende de 1889 a 1930 no Brasil, foi marcada pelo domínio político das elites agrárias, principalmente dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Esse período é conhecido pelo esquema de "política do café com leite," onde as oligarquias desses estados alternavam o poder na presidência, garantindo seus interesses econômicos, principalmente na exportação de café.

O coronelismo, o controle dos votos por líderes locais conhecidos como "coronéis," e as fraudes eleitorais eram práticas comuns que garantiam a perpetuação dessas elites no poder. 

Esse modelo político contribuiu para a concentração de riqueza e poder, agravando as desigualdades sociais e regionais. O fim desse período ocorreu com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e marcou o início de uma nova fase na história política do Brasil.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2014

 O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional.

(CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado))

Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de:

A governar com a adesão popular.
B atrair o apoio das oligarquias regionais.
C conferir maior autonomia às prefeituras.
D democratizar o poder do governo central.
E ampliar a influência da capital no cenário nacional.
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