No contexto colonial no qual Tiradentes viveu, Portugal explorava e canalizava os recursos mais valiosos da região, o ouro. A metrópole cobrava altos impostos em cima da extração do minério, como o chamado “Quinto”, taxa de 20% sob todo ouro retirado das minas.
Desde a segunda metade do século XVIII, o ouro começou a ficar mais escasso. Entretanto, Portugal não diminuiu os impostos sobre ele, já que o país havia acabado de passar por um terremoto e precisava de recursos para se restabelecer.
Ao contrário, decretou a chamada “Derrama”, imposto que obrigava cada região aurífera (extratora de ouro) a recolher uma tonelada e meia de ouro por ano e entregá-lo para Portugal.
Além disso, em 1785, Dona Maria I, rainha de Portugal, decretou a proibição das manufaturas no Brasil.
Ao impedir a produção industrial, a medida pretendia obrigar o Brasil a importar os produtos industrializados de Portugal a um preço cada vez mais alto. A proibição foi mal vista pela elite mineira, que a interpretou como sinal de atraso e aumento da dependência econômica do Brasil.