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Cabanagem: veja o que foi e os motivos das revoltas

História do Brasil - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 11/3/2024

Índice

Introdução

A Cabanagem foi uma revolta popular ocorrida de 1835 a 1840 na Província do Grão-Pará, no Brasil. Desencadeada pelo descontentamento social e político entre a população mais pobre, especialmente cabanos (moradores de cabanas), contestou a elite e o governo central. Resultou em grande violência e milhares de mortes.

 

A revolta ganhou esse nome porque grande parte de seus participantes eram os chamados cabanos, população pobre que vivia em cabanas próximas aos rios da região. Apesar da participação das elites, esse foi um movimento fundamentalmente popular, como veremos aqui.

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Contexto Histórico

O Período Regencial foi marcado por turbulências políticas e rivalidades entre as elites dominantes que disputavam o controle da nação.

Foi nesse período também que, por muitas vezes, as camadas populares revoltaram-se e utilizaram armas para fazer suas reivindicações. Sendo assim, foi uma época marcada pelas chamadas Revoltas Regenciais, que ocorreram em várias províncias brasileiras.

Na região do Grão-Pará havia um grande abismo social. Por um lado, uma elite muito rica. Por outro, os chamados cabanos, a grande maioria da população - em geral indígenas e mestiços - que viviam em situações de extrema pobreza.

Os cabanos sustentavam-se com a prática da pesca e com o plantio do cacau, castanha, baunilha, entre outros produtos. Práticas essas que eram, no máximo, suficientes apenas para sua própria subsistência. A situação de extrema pobreza gerou imenso descontentamento na população.

Além disso, comerciantes e fazendeiros colocaram-se contra o poder central, que elegeu um presidente de província que os desagradava.   

As reivindicações

A Cabanagem foi uma revolta que teve participação tanto das elites locais quanto da população mais pobre, apesar de seus interesses distintos.

Enquanto a elite local desejava eleger seu próprio presidente da Província, a população mais pobre reivindicava melhores condições de vida, o fim da escravidão e a posse de terras.

A elite da região do Rio Negro, entretanto, além de exigir mais poder político, tornou-se também separatista e esperava tornar essa região uma província independente.

A Revolta

Em janeiro de 1835, em meio a um conflito sangrento entre os cabanos e as tropas do governo, a cidade de Belém foi ocupada. Além disso, Félix Malcher foi colocado no poder, no lugar do até então presidente da província, Bernardo Lobo de Souza, que fora executado na ocasião.

Ao assumir o poder, Malcher empreendeu tentativas de acordos com o Governo Central, chegando a prender Eduardo Angelim, um dos líderes do movimento. Acusado de traição, Malcher foi morto pelos cabanos e substituído por Francisco Pedro Vinagre.

Francisco Vinagre acabou por estabelecer tentativas de acordo, assim como seu antecessor, e foi finalmente substituído por Eduardo Angelim.

Eduardo Angelim é considerado o líder que mais atuou efetivamente em prol da eficácia e resistência do movimento.

Eduardo Angelim (1814 - 1882)

Em maio de 1836, as tropas regenciais conseguiram tomar o poder das mãos dos cabanos. O movimento continuou na direção do interior da província, chegando a terras distantes, tornando-se, assim, uma das mais consistentes revoltas do Período Regencial.

Angelim posicionava-se, fundamentalmente, em prol da população mais pobre, fator que incomodou e afastou as lideranças de classes-média e alta do movimento. As discordâncias entre as lideranças e o afastamento das elites diante do radicalismo da Cabanagem foram fatores fundamentais para o enfraquecimento da revolta.

Além disso, a forte repressão das tropas regenciais colocou fim à ocupação de Belém, em 1836, e às movimentações no interior, em 1840. Por fim, a revolta não alcançou seus objetivos e os conflitos deixaram mais de 30 mil mortos e a devastação de inúmeras cidades.

É importante pontuar que, apesar do insucesso da Cabanagem, os ideais permaneceram vivos em revoltosos que escaparam da morte. Além disso, a estrutura da escravidão se desorganizou na região e se multiplicaram os números de quilombos.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
CEDERJ/2015

cabanagem. Questão CEDERJ 2015

A Revolta da Cabanagem é um tema recorrente nos estudos amazônicos sobre a História do Brasil. Este conflito,

A foi um embate de enormes proporções, incluindo a morte de milhares de pessoas e a destruição da cidade de Belém.
B restringiu-se às disputas entre os setores pobres e o governo local, sendo reprimida rapidamente.
C identificou-se, desde o início, com os interesses das classes médias.
D foi uma contenda circunscrita aos interesses dos índios no Pará.
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