Durante o século XVI, por conta da expansão marítima, do comércio nas Índias e da exploração açucareira, Portugal se tornou uma grande potência política e econômica.
É nesse momento que, o então rei de Portugal, Dom Sebastião, decide travar uma guerra contra os mouros, a fim de tomar o Norte da África, mais especificamente a região do Marrocos.
Mesmo contra a vontade da nobreza, o próprio Dom Sebastião viaja para guerrear. Ele participa da chamada Batalha de Alcácer Quebir, que contou com mais de 18 mil homens portugueses - que acabaram derrotados em 1578.
Dom Sebastião não volta para Portugal depois da batalha, o que gerou a expectativa de uma parcela da população que não acreditava em sua morte e esperava seu retorno da África. Essa esperança por sua volta ficou conhecida como sebastianismo.
Ao contrário do que essa população esperava, Dom Sebastião não retorna e, sem herdeiros para sucedê-lo, a coroa acaba na posse de Dom Henrique, seu tio-avô.
Dom Henrique faleceu apenas dois anos depois. Sem herdeiros diretos oficiais para o trono, Portugal enfrentou uma grave crise de sucessão.
É nesse momento que começam a aparecer parentes distantes de Dom Sebastião como candidatos ao trono.
O mais expressivo e poderoso dentre esses candidatos foi Felipe II, que já era Rei da Espanha no período. A tomada do poder por parte de Felipe II significaria a unificação de Espanha e Portugal.
Mais uma vez na História de Portugal, a iminência da unificação dividiu opiniões. Afinal, desde a formação de Portugal, uma parcela da população portuguesa resistiu fortemente às investidas espanholas de integrar os dois reinos.
Dessa vez, o rei espanhol foi apoiado por grande parte da burguesia, nobreza e clero, que queriam fazer parte desse grande Império Espanhol, seduzidos pelo prestígio conquistado pela Espanha ao encontrar ouro na América.
A maior parte do povo e uma minoria entre nobreza, burguesia e clero, entretanto, colocaram-se contra a unificação.