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Lei Áurea: marco histórico e transformações no Brasil

História do Brasil - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 18/1/2024

Índice

Introdução

A Lei Áurea, promulgada em 13 de maio de 1888, representa um marco histórico fundamental na trajetória do Brasil, culminando no processo de abolição da escravatura. Essa legislação, assinada pela Princesa Isabel, pôs fim ao período de escravidão no país, alterando profundamente a estrutura social e econômica brasileira.

A data de sua promulgação, 13 de maio, é lembrada como um símbolo da luta e resistência contra a opressão, refletindo a complexidade e os desafios enfrentados na jornada rumo à liberdade e igualdade. 

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Reprodução/Agência Brasil

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O que diz a Lei Áurea?

A Lei Áurea, assinada pela herdeira do trono e princesa em exercício, Isabel, decretou o fim da escravidão no Brasil e garantiu o fim da escravização de quase 800 mil pessoas, que ainda não haviam conseguido seus processos de alforria, apesar da luta ativa de importantes negros abolicionistas.

O documento é bastante simples e conciso e tem apenas dois artigos. O artigo primeiro declara que, a partir de 13 de maio, extinta a escravidão no Brasil. O artigo segundo revoga disposições contrárias ao fim da escravidão.

Qual é a importância da Lei Áurea?

A Lei Áurea é importante enquanto marco legal  para decretar o fim da escravidão no Brasil. A promulgação em 13 de maio de 1888, foi o resultado da luta abolicionista de anos. Embora a assinatura tenha sido feita pela princesa em exercício, o movimento pela abolição é anterior e foi comandado por uma série de figuras importantes como Luis Gama, os irmãos Antônio e André Rebouças, Dandara dos Palmares, Maria Felipa Oliveira, Maria Firmina dos Reis e por  tantas outras figuras negras, que frequentemente são esquecidas pela história e ofuscadas pela Princesa Isabel, que não teve participação ativa nas lutas abolicionistas em si.

É importante também levar em consideração, que após a abolição, não houve para os recém libertos nenhum tipo de reparação ou garantias de acesso à educação ou trabalhos assalariados, por isso, mesmo abolida, práticas escravocratas continuaram acontecendo em diversas regiões do país. A eliminação do pensamento escravocrata, excludente e discriminatório não acabou com a assinatura da lei, tanto que ainda hoje, ainda existem práticas racistas e segregadoras na sociedade brasileira.

Não se pode negar a importância da lei, no entanto, é preciso olhar de forma mais ampla para os processos que ocorreram antes e depois da assinatura do documento. Processos esses que influenciaram ações e pensamentos da sociedade brasileira e que ainda hoje apresentam desdobramentos.

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Algema e corrente (Imagem de diema por Pixabay)

O contexto histórico da escravidão no Brasil 

A escravidão no Brasil, que perdurou por quase quatro séculos, foi um pilar central da economia colonial, moldando profundamente a sociedade brasileira.

 Desde o início da colonização portuguesa no século XVI, a mão de obra escravizada, principalmente africana, foi intensamente explorada nas grandes plantações de cana-de-açúcar, café, e em outras atividades agrícolas. Este sistema não apenas sustentava a economia colonial, mas também estabelecia uma rígida estrutura social baseada na opressão e na desigualdade racial.

O impacto da escravidão estendeu-se além da economia, influenciando todos os aspectos da vida social no Brasil. A população escravizada era submetida a condições desumanas, enfrentando violência e negação de direitos básicos.

A resistência dos escravizados, através de revoltas e formações de quilombos, destacou a luta contínua pela liberdade e dignidade. A escravidão, portanto, não foi apenas um elemento econômico, mas um fenômeno que deixou marcas profundas na história e na identidade cultural do Brasil.

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Lei Áurea determina o fim da escravidão no país (Imagem de orythys por Pixabay)

Processo político da abolição

O caminho para a abolição da escravatura no Brasil foi marcado por intensas lutas e disputas políticas e sociais. De um lado, a elite agrária que lutava pela manutenção do sistema e do outro, movimentos abolicionistas que ganharam força no século XIX, impulsionados pela crescente pressão popular e pelo ativismo de figuras históricas significativas.

Personalidades como Luís Gama, José do Patrocínio, Antônio e André Rebouças,  desempenharam papéis cruciais na mobilização e na conscientização pública sobre a injustiça da escravidão.

Antes da Lei Áurea, houve importantes atos legislativos que pavimentaram o caminho para a abolição final. A Lei do Ventre Livre, em 1871, declarou livres os filhos de mulheres escravizadas nascidos a partir daquela data. Posteriormente, a Lei dos Sexagenários, em 1885, garantiu a liberdade para escravizados com mais de 60 anos. Essas medidas, embora limitadas, refletiam a crescente pressão abolicionista e o declínio do sistema escravagista.

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Assinatura e conteúdo da Lei Áurea  

A Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi um ato legislativo conciso, mas de imenso impacto. Com apenas dois artigos, essa lei declarou extinta a escravidão no Brasil, libertando imediatamente todos os escravizados sem qualquer indenização aos proprietários de escravos ou medidas de apoio aos recém-libertos.

A assinatura ocorreu no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, marcando um momento histórico e de grande emoção para a nação. Enquanto milhares de pessoas celebravam nas ruas, libertos e a sociedade enfrentavam o desafio de integrar uma grande população que estava, de repente, livre, mas sem recursos, educação ou apoio institucional.

Este momento gerou uma onda de esperança, mas também expôs as profundas desigualdades e desafios que persistiriam no Brasil pós-abolição. A Lei Áurea foi um passo crucial para a liberdade, mas também o início de um longo caminho rumo à igualdade e justiça social no país.

Consequências sociais e econômicas da Lei Áurea

A abolição da escravatura no Brasil trouxe profundas mudanças sociais e econômicas, mas também apresentou desafios significativos, especialmente para os libertos. Socialmente, a Lei Áurea abriu caminho para uma sociedade mais inclusiva, mas a falta de políticas de integração eficazes para os ex-escravizados resultou em desigualdades persistentes.

Muitos libertos enfrentaram dificuldades extremas para encontrar moradia, trabalho e acesso à educação, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão. Economicamente, a abolição impactou principalmente a estrutura agrária e o mercado de trabalho.

Grandes fazendas, que dependiam da mão de obra escrava, tiveram que buscar alternativas, o que acelerou a transição para o trabalho assalariado e a imigração de trabalhadores europeus. Este período viu uma transformação na economia brasileira, com a diversificação das atividades produtivas e a urbanização crescente.

Contudo, a transição não foi tranquila, e a falta de apoio aos libertos contribuiu para a marginalização de uma grande parte da população. A abolição, portanto, marcou o início de uma nova era no Brasil, com impactos sociais e econômicos que se estendem até os dias atuais.

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Resumo sobre a abolição da escravidão

A abolição da escravidão no Brasil foi oficialmente decretada em 13 de maio de 1888, com a promulgação da Lei Áurea. No entanto, a luta abolicionista começou anos antes e teve a participação de negros muito atuantes como Luis Gama, os irmãos Rebouças, Maria Firmina dos Reis, dentre tantos outros.

A lei, assinada pela princesa em exercício, conta apenas apenas com dois artigos e foi assinada em uma rápida, porém significativa cerimônia. A promulgação da lei trouxe impactos importantes para a configuração social e econômica do Brasil, no entanto, a falta de apoio à inclusão dos recém libertos na sociedade e de políticas de reparação, colaborou para agravar os problemas de desigualdade e marginalização.

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Resumo sobre a abolição da escravidão

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Enem PPL/2017

O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Aurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.

GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado).

O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a):

A Imprensa escrita.
B Oficialato militar.
C Corte palaciana.
D Clero católico.
E Câmara de representantes.
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