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Discriminação: conceito, exemplos e leis

Sociologia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 17/1/2024

Índice

Introdução

A discriminação, um fenômeno complexo e multifacetado, se manifesta quando indivíduos ou grupos são tratados de maneira injusta ou desigual com base em características como raça, gênero, idade, orientação sexual ou religião.

Historicamente, a discriminação tem sido uma força destrutiva, moldando sociedades e influenciando políticas e interações ou segregaçoes sociais. Seu impacto vai além do individual, afetando comunidades e estruturas sociais em larga escala.

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O que é o conceito de discriminação?

A palavra discriminação está associada a ideia de fazer distinção ou afastar, deliberadamente, indivíduos ou grupos inteiros, tendo como base questões ligadas à etnia, raça, gênero, local de origem,  classe social, religião, orientação sexual, padrões corporais ou em razão de deficiências físicas ou intelectuais.

O conceito de discriminação, em uma definição simples, pode ser a ação ou omissão que leve a um tratamento diferenciado, ofensivo, que inferioriza, separa  ou que exclui pessoas ou grupos em razão de suas deficiências, padrões corporais, gênero, local de origem, situação social ou econômica, religião ou orientação sexual.

A discriminação ganha espaço na sociedade quando aqueles que excluem encaram o mundo a partir de uma padrão do que é considerado social, intelectual, comportamental ou fisicamente aceitável. Tudo que está distante desse padrão, na visão de quem comete atos de discriminação, deve ser excluído, rejeitado ou inferiorizado.

É essencial lembrar que o conceito de padrão é socialmente construído e tende a atender diretamente os interesses de quem o constrói, além de não levar em consideração a diversidade da sociedade em que vivemos nem as vontades individuais dos cidadãos.

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Segregação, diminuição e exclusão do que é diferente (Imagem de Roland Steinmann por Pixabay)

Formas de discriminação 

A discriminação se apresenta em várias formas, cada uma com suas características e consequências específicas. A discriminação racial é uma das mais prevalentes, onde indivíduos são julgados e tratados desfavoravelmente com base em sua raça ou etnia. Esse tipo de discriminação pode ser observado em práticas de segregação, desigualdade no emprego e na educação, e em tratamentos injustos pelo sistema de justiça.

Outra forma significativa é a discriminação de gênero, que envolve o tratamento desigual de pessoas com base em seu gênero. Esta discriminação é frequentemente vista em diferenças salariais, oportunidades de carreira limitadas para certos gêneros, e estereótipos de gênero prejudiciais.

A discriminação etária, outro tipo, ocorre quando indivíduos são discriminados por sua idade. Isso é comum no local de trabalho, onde as pessoas mais jovens ou mais velhas podem ser subestimadas ou excluídas de oportunidades devido a preconceitos relacionados à idade.

Além dessas, existem outras formas, incluindo discriminação por orientação sexual, religião, deficiência e status socioeconômico. Cada uma dessas discriminações contribui para a perpetuação de desigualdades e injustiças sociais, desafiando os princípios de igualdade e direitos humanos

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Segregação racial nos Estados Unidos, determinadas pelas leis Jim Crow (Imagem de WikiImages por Pixabay)

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Causas da discriminação 

As raízes da discriminação são profundas e variadas, frequentemente enraizadas em preconceitos sociais e estereótipos discriminatórios. O preconceito social, uma atitude negativa baseada em generalizações sobre grupos ou categorias de pessoas, é uma causa primária. Esses preconceitos são muitas vezes incutidos culturalmente e perpetuados por meio de normas sociais, educação e até pela mídia.

Estereótipos discriminatórios, ou seja, crenças generalizadas sobre características específicas de grupos, desempenham um papel significativo na manutenção da discriminação. Estes estereótipos podem ser explícitos ou implícitos e frequentemente levam a julgamentos injustos e tratamento desigual.

Além disso, a falta de conhecimento ou a compreensão equivocada sobre outras culturas ou grupos sociais também contribui para a discriminação. A educação limitada sobre diversidade e inclusão pode reforçar preconceitos existentes, dificultando a superação de barreiras discriminatórias.

Essas causas subjacentes da discriminação, arraigadas em preconceitos e estereótipos, necessitam ser abordadas por meio da educação, diálogo e políticas inclusivas para criar uma sociedade mais justa e equitativa.

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Impacto da Discriminação 

Impacto Social 

A discriminação tem consequências profundas e abrangentes na sociedade, manifestando-se em desigualdades estruturais e exclusão social. Ela perpetua um ciclo de pobreza e limitação de oportunidades para grupos marginalizados, afetando seu acesso à educação, emprego e serviços de saúde de qualidade. Isso resulta em disparidades socioeconômicas significativas entre grupos, minando o princípio de igualdade social.

A discriminação também prejudica a coesão social, alimentando divisões e tensões entre diferentes grupos da sociedade. Esse ambiente de divisão e injustiça pode levar a conflitos sociais, afetando a paz e a estabilidade da comunidade como um todo.

Impacto Individual

No nível individual, a discriminação exerce um impacto severo no bem-estar emocional e psicológico. Pessoas que enfrentam discriminação frequentemente experimentam estresse crônico, ansiedade e depressão. A exposição constante a ambientes discriminatórios pode levar a uma diminuição da autoestima e da autoconfiança, afetando negativamente a saúde mental e a qualidade de vida.

Além disso, a discriminação pode causar sentimentos de isolamento e alienação, tornando difícil para os indivíduos estabelecerem e manterem relacionamentos saudáveis. Essas repercussões psicológicas são profundas e podem ter efeitos duradouros, ressaltando a necessidade de abordar e combater a discriminação em todos os níveis da sociedade.

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Tristeza,ansiedade, depressão  e estresse crônico podem atingir quem sofre discriminação (Imagem de Jerzy Górecki por Pixabay)

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Exemplos de discriminação

São vários os tipos de discriminação praticados nas sociedades ao redor do mundo. Conheça aqueles que acontecem em maior proporção:

  • Discriminação racial;

  • Discriminação religiosa;

  • Discriminação de gênero;

  • Discriminação ideológica;

  • Discriminação socioeconômica;

  • Discriminação de idade (etarismo);

  • Discriminação em razão de  doenças;

  • Discriminação quanto à orientação sexual;

  • Discriminação ligada a praticas culturais;

  • Discriminação quanto a origem ou local de nascimento;

  • Discriminação em razão de deficiência física ou intelectual.

Exemplos de discriminação

Em resposta aos desafios impostos pela discriminação, diversas legislações e políticas foram implementadas ao redor do mundo para proteger os direitos dos indivíduos. As leis antidiscriminação desempenham um papel crucial, estabelecendo diretrizes legais que proíbem a discriminação em várias esferas, incluindo trabalho, educação e acesso a serviços. Estas leis são fundamentais na promoção de um ambiente de igualdade e justiça, garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente de sua raça, gênero, idade, orientação sexual ou outras características.

A proteção legal é um pilar essencial na luta contra a discriminação, proporcionando um meio para que as vítimas busquem justiça e reparação. Estas legislações estão intrinsecamente ligadas aos direitos humanos, reforçando o princípio de que todos merecem ser tratados com dignidade e respeito. 

A presença de uma forte estrutura legal antidiscriminação é um indicador chave do compromisso de uma sociedade com a igualdade e a inclusão. Contudo, é crucial que essas leis sejam acompanhadas de esforços contínuos para educar e sensibilizar o público, assegurando sua eficácia e aplicação no cotidiano.

O que a lei diz sobre discriminação?

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Enem/2020 - 2ª aplicação

Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado).

Considerando o argumento apresentado, a discriminação racial no Brasil tem como origem

 

A status ocupacional.
B traços fenotípicos.
C vínculos matrimoniais.
D segregação oficial.
E identidades regionais.
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