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Princesa Isabel: quem foi, lei áurea, filhos e morte

História do Brasil - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 24/3/2023

Introdução

Princesa Isabel do Brasil, nascida em 29 de julho de 1846 no Rio de Janeiro, foi a segunda filha do imperador Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. Conhecida como "a redentora", foi uma das figuras mais importantes da história do Brasil.

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Índice

Biografia da Princesa Isabel

Filha do imperador Pedro II, Princesa Isabel teve uma educação privilegiada e, desde jovem, demonstrou interesse por questões políticas e sociais

Ela era fluente em vários idiomas e recebeu uma educação humanista, que a tornou consciente das desigualdades e injustiças presentes na sociedade brasileira.

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Princesa Isabel

Infância e juventude

Durante a infância e a juventude, Princesa Isabel foi educada pelos pais em um ambiente de rigor e disciplina, mas também de amor e dedicação. Aos 15 anos, ela participou de uma grande viagem pelo Brasil com a família imperial, onde teve a oportunidade de conhecer as diversas regiões e realidades do país.

Casamento e filhos

Em 1864, Princesa Isabel se casou com o Conde d'Eu, um nobre francês que havia sido enviado ao Brasil para lutar na Guerra do Paraguai. O casal teve três filhos: Pedro, Luís e Antônio.

Importância histórica

Princesa Isabel é reconhecida como uma das figuras mais importantes da história do Brasil, principalmente por seu papel na abolição da escravatura. Embora tenha tido um papel relevante, uma vez que assinou a Lei Áurea,  cabe ressaltar que uma série de figuras negras travaram por anos a luta abolicionista. Dentre os vários nomes é importante citar a participação ativa dos irmãos Rebouças, de José do Patrocínio, Luiz Gama, Maria Firmina dos Reis, Maria Tomásia Figueira Lima e tantos outros homens e mulheres negros. 

Em 1888, durante o período em que seu pai estava em viagem à Europa, ela assinou a Lei Áurea, que pôs fim à escravidão no país. Além disso, ela também teve uma participação ativa na política e na defesa dos direitos das mulheres.

Abolição da escravatura

A abolição da escravatura é o maior legado de Princesa Isabel para a história do Brasil. Ela foi uma grande defensora dos direitos dos escravos e trabalhou incansavelmente pela abolição, mesmo enfrentando a oposição de muitos setores conservadores da sociedade. No entanto, apesar de assinada a abolição, não houveram efetivamente ações para a integração social do negro recém liberto.

Participação na política

Princesa Isabel também teve uma participação ativa na política brasileira, especialmente durante o período em que o pai, D. Pedro II estava em viagens políticas.

Ela atuou como regente do Império em diversas ocasiões, enquanto seu pai estava ausente, e foi a responsável pela assinatura da Lei do Ventre Livre, em 1871, que concedia liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data.

Legado e honrarias

Princesa Isabel foi uma figura importante na luta contra a escravidão e pelos direitos das mulheres no Brasil. Seu legado é celebrado até hoje, e ela é lembrada como uma grande defensora da liberdade e da justiça social. Em sua homenagem, diversas ruas, praças e instituições receberam seu nome em todo o país.

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Por que a Princesa Isabel perdeu o trono ao assinar a Lei Áurea?

A Princesa Isabel não perdeu o trono ao assinar a Lei Áurea, na verdade, o trono já havia sido abolido anteriormente. 

A assinatura da Lei Áurea em 1888 foi feita durante o governo do seu pai, o imperador Dom Pedro II, o  imperador foi deposto em 1889,  pouco antes da Proclamação da República

Na época da proclamação da República, a princesa já havia sido exilada junto com sua família, então a assinatura da Lei não teve impacto direto em sua posição na monarquia.

No entanto, a atitude da Princesa Isabel em assinar a Lei Áurea é vista como um marco histórico em sua participação na abolição da escravatura, o que a tornou uma importante figura histórica no Brasil.

A morte da Princesa Isabel

Princesa Isabel faleceu no dia 14 de novembro de 1921, aos 75 anos de idade, em Paris, na França, onde vivia exilada com sua família desde a Proclamação da República em 1889. Ela foi sepultada na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, Rio de Janeiro.

A morte da Princesa Isabel foi um momento de grande comoção no Brasil, especialmente entre os grupos que lutavam pela causa abolicionista, que viam nela uma figura importante na luta pela libertação dos escravos. 

Desde então, a Princesa Isabel tem sido lembrada como uma das personalidades históricas mais importantes do país, e sua assinatura da Lei Áurea é considerada um marco na história brasileira.

Resumo sobre a vida da Princesa Isabel

Isabel de Bragança ou Isabel do Brasil foi a segunda filha do Imperador Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Teve uma rígida educação humanista, por conta disso, logo cedo teve ciência dos problemas sociais existentes no Brasil e empreendeu na luta abolicionista. Importante destacar que, embora a princesa tenha assinado a Lei Áurea, não foi a única que lutou pela abolição. Muitos negros libertos, alforriados e escravizados também lutaram pela abolição e a inserção dos libertos na sociedade brasileira.

Na vida política, a princesa ocupou o trono por diversas vezes enquanto seu pai estava ausente. Com a Proclamação da República, Isabel e a família se exilam na França, a princesa vive no país europeu até a data de sua morte em 1921. Enterrada no Brasil, a princesa recebeu diversas homenagens por sua contribuição política e social.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFPR/2020

Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.

(Amanda Rossi e Camilla Costa, postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)

De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:

  1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
  2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
  3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata, um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de cativos e cativas.
  4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gradual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social.

Assinale a alternativa correta.

A Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
B Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
C Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
D Somente as afirmativas 1,3 e 4 são verdadeiras.
E Somente as afirmativas 1,2,3 e 4 são verdadeiras.
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