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Quem proclamou a República do Brasil e como foi a proclamação?

História do Brasil - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 30/7/2024

Introdução

 

A República do Brasil foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889, marcando o fim da monarquia e o início do regime republicano no país. Deodoro, um líder militar, agiu apoiado por um grupo de republicanos, consolidando a mudança de governo no Brasil e destituindo Dom Pedro II.

Desenho do território brasileiro

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Índice

Quem foi o Marechal Deodoro da Fonseca?

Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas em 1827. Ingressou no colégio militar aos 16 anos e nas tropas aos 21. Participou dos grupos do exército que atuaram no combate da Revolução Praieira e da Guerra do Paraguai. Além disso, chefiou o setor antiescravista do exército.

Retrato do Marechal Deodoro da FonsecaRetrato do Marechal Deodoro da Fonseca

Proclamou a República em 1889 e, logo em seguida, foi eleito de forma indireta pelo Congresso como presidente da República do Brasil, como caráter excepcional previsto na Constituição.

A instabilidade política dos primeiros anos da Primeira República levaram Marechal Deodoro a renunciar ao cargo em 1891.

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Causas da Proclamação da República

Existiram três fatores fundamentais que levaram à Proclamação da República no Brasil:

Questão religiosa

Na Europa do século XIX, existia um conflito comum entre a Igreja Católica e a Maçonaria.

Nesse contexto, o Papa Pio IX decretou a chamada Bula Syllabus, que determinava que todos os maçons não eram bem-vindos nas missas e eventos católicos e, sendo assim, foram perseguidos pela igreja.

A justificativa dada pelo Papa era a desaprovação das reuniões secretas. Entretanto, estava claro que a Igreja temia o aumento da influência política dos maçons no período.

O Poder Moderador e a instituição do catolicismo presentes na Constituição Brasileira permitiam ao rei que ele aprovasse ou não as determinações que chegavam da Igreja Católica no país. Neste caso, Dom Pedro II negou a Bula Syllabus.

O Papa, irritado com o posicionamento de Dom Pedro II, manda uma carta para o Brasil, afirmando que os padres que não cumprissem a Bula Syllabus seriam expulsos da ordem religiosa.

Enquanto isso, Dom Pedro II determinou que quem seguisse as ordens do Papa acabaria preso. A maior parte dos padres seguirem as determinações do monarca, com exceção dos Bispos de Olinda e Belém, que acabam sendo presos.

A prisão chegou ao fim após dois anos, por conta da pressão popular. Dom Pedro II acabou, por conta das prisões, sofrendo com o afastamento e perda de apoio da Igreja Católica no Brasil.

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Questão militar

Desde o final da Guerra do Paraguai, o exército brasileiro retornou ao Brasil com ideias republicanas, abolicionistas e desejo de participação política. Dom Pedro II negou tanto as ideias quanto os desejos dos militares, inclusive baixando um decreto que proibiu qualquer declaração pública dos militares aos meios da imprensa.

Os militares passaram, então, a desafiar a autoridade do monarca, culminando na prisão do militar Sena Madureira.

Mais uma vez, a prisão decretada por Dom Pedro II desagradou a uma parcela da população, que o acusou de autoritarismo e desrespeito. Por fim, e graças a intervenção de Marechal Deodoro da Fonseca, Sena Madureira acabou solto, o que não impediu que as tropas militares retirassem seu apoio ao poder do Rei.

Questão escravocrata

A abolição gradual da escravidão não garantiu a indenização dos latifundiários que apoiavam o Império pela perda da sua mão-de-obra.

A falta de indenização desagradou, principalmente, aos barões do café do Vale do Paraíba, que acabaram por migrar para o Partido Republicano - grande partido de oposição à monarquia no momento.

Dessa forma, Dom Pedro II acabou por perder todas as suas bases de apoio naqueles que vieram a ser os anos finais do Segundo Reinado.

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A Proclamação da República

Foi nesse momento que os cafeicultores do Oeste Paulista, membros do Partido Republicano Paulista, se uniram aos militares, permitindo, assim, o golpe da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

É importante pontuar que os militares defendiam, nesse momento, os ideais positivistas franceses, que pregavam a valorização da ciência e da razão em contraposição à religião. É por isso que, ao se tornar República, o Brasil passa a ser um Estado Laico.

Entenda também: República Oligárquica
+ República Romana

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
CESGRANRIO

Sobre a participação dos militares na Proclamação da República é correto a que:

A o Partido Republicano foi influenciado pelos imigrantes anarquistas a desenvolver a consciência política no seio do exército.
B a proibição de debates políticos e militares pela imprensa, a influência das ideias de Augusto Comte e o descaso do Imperador para com o exército favoreceram a derrubada do Império.
C o descaso de membros do Partido Republicano, como Sena Madureira e Cunha Matos, em relação ao exército, expresso através da imprensa, levou os “casacas” a proclamar a República.
D o Gabinete do Visconde de Ouro Preto formalizou uma aliança pró-republicana com os militares positivistas no Baile da Ilha Fiscal.
E a aliança dos militares com a igreja acirrou as divergências entre militares e republicanos, culminando na Questão Militar.
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