Em 1824, após a morte de Luís XVIII, os conflitos se intensificaram com a ascensão ao poder de seu irmão Carlos X, líder dos ultrarrealistas. O novo monarca aprofundou os princípios absolutistas instaurados por seu antecessor e aumentou novamente os impostos para atravessar a crise econômica pela qual passava a França.
Diante do descontentamento provocado pelas medidas tomadas pela coroa, a oposição liberal conquistou a vitória nas eleições de 1830, ameaçando o domínio de Carlos X. Em resposta, o rei fechou a Câmara e iniciou um processo de perseguição e repressão a seus opositores, que desencadeou uma grande revolta popular.
Massas tomaram as ruas de Paris em julho de 1830 em oposição ao monarca, que fugiu para a Inglaterra temendo ter o mesmo destino de seu irmão, Luís XVI. Esses acontecimentos ficaram conhecidos como Jornadas Gloriosas de Julho, um processo que foi liderado pela alta burguesia e pelo duque Luís Felipe de Orleans, inspirado nos ideais que haviam sido propagados pela Revolução Francesa, sintetizados no lema “liberdade, igualdade, fraternidade”.
Após a fuga de Luís XVIII, Luís Felipe de Orleans assume o trono francês com o apoio da burguesia, para evitar que um movimento mais radical chegasse ao poder. O novo monarca adotou diversas medidas liberais que eram de interesse da burguesia – promoveu novos acordos comerciais e fomentou a industrialização da França – que o fariam ficar conhecido como o rei burguês.