Anita Malfatti foi uma pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora ítalo-brasileira, considerada pioneira da Arte Moderna no Brasil.
Sua vida e obra marcam também a história das artes plásticas no Brasil, visto que suas contribuições são inúmeras e grandiosas, assim como o seu legado.
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Anita Malfatti foi uma artista plástica brasileira e um dos principais nomes da Arte Moderna Brasileira.
Sua mostra expressionista realizada em São Paulo na Exposição de Pintura Moderna foi um marco para a renovação das artes plásticas no Brasil.
Alvo de inúmeras críticas, por sua irreverência e por trazer novos conceitos às artes, seu trabalho foi questionado até mesmo pelo escritor Monteiro Lobato, sobre a arte expressionista, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, intitulada "Paranóia ou mistificação?" serviu de estopim para o Movimento Modernista no Brasil.
Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e de Betty Krug, descendente de alemães e de nacionalidade norte-americana, nasceu com uma atrofia na mão direita, o que fez com que a artista desenvolvesse suas habilidades com a mão esquerda.
Anita Malfatti estudou no colégio São José, estudou na Escola Americana e em 1897 ingressou no Colégio Mackenzie.Sua mãe era pintora e foi ela quem lhe ensinou os elementos básicos da pintura desde muito jovem.
Entre os anos de 1910 e 1914, já formada pela Colégio Mackenzie, Anita Malfatti estudou em Berlim (Alemanha), na Academia Imperial de Belas Artes
Em 1915 partiu para Nova York para estudar na Arts Students League of New York e na Independent School of Art, e lá permaneceu estudando arte até 1916.
Em 1917, de volta a São Paulo, criou a Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, com 53 de suas obras inspiradas pelo movimento expressionista. Essa exposição foi muito criticada, visto que a arte modernista não era vista com apreço pelos críticos.
Foi nessa mesma exposição que Anita ganhou o desafeto do escritor e crítico conservador Monteiro Lobato, que chegou até a escrever uma análise sobre arte que ele não entendia, e acusou as ilustrações de Anita Malfatti de serem como os desenhos “que ornam as paredes internas dos manicômios”, e os chamou de “uma arte anormal”.
Em 1923, Anita Malfatti ganhou uma bolsa de estudos e se mudou para Paris. Lá, ela aprendeu mais sobre Cubismo e Impressionismo, e conheceu nomes como Henri Matisse.
Anita Malfatti era uma pessoa tímida, mas muito corajosa. Gostava de enfrentar os próprios medos e se desafiava ao novo, ao mesmo tempo que mantinha consigo uma fragilidade e bom humor para lidar com suas questões pessoais.
Anita Malfatti nasceu no final do século XIX e viveu em um período de grandes mudanças no Brasil. Na época em que ela nasceu, o país estava passando por um processo de modernização e urbanização, o que teve um impacto profundo na sociedade e na cultura do país.
No mundo da arte, a Europa era o centro de novas correntes artísticas e tendências. No Brasil, ainda era dominante a arte acadêmica, mas havia um grupo de artistas e intelectuais que buscavam renovar a arte e trazer novas ideias para o país. Malfatti foi uma dessas artistas e, quando foi estudar arte em Paris, foi exposta a diferentes correntes artísticas, como o Fauvismo e o Expressionismo. Quando voltou ao Brasil, ela trouxe essas ideias com ela e passou a produzir trabalhos modernistas, o que foi bastante inovador na época.
Em 1910 Anita foi estudar na Alemanha, onde frequentou o ateliê de Fritz Burger. Logo depois ela se matriculou na Academia Real de Belas Artes em Berlim, onde estudou pintura expressionista.
Em 1915, foi para Nova Iorque estudar na Arts Students League e na Independent Scool of Art, sob a orientação de Homer Boss.
Em 1917, Anita Malfatti volta a São Paulo e faz, a pedido de amigos, uma exposição de suas obras, apresentando 53 trabalhos, entre pinturas, aquarelas e gravuras.
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Durante sua vida profissional, Malfatti produziu diversas obras, incluindo pinturas a óleo, desenhos, aquarelas e gravuras. Ela também deu aulas de pintura e deu palestras sobre arte em diferentes instituições.
Em sua obra, ela abordou temas como a natureza, o cotidiano, a vida urbana e a cultura popular. Sua arte foi influenciada por diferentes correntes artísticas e técnicas, mas sempre teve uma marca própria e original.
Entre os anos de 1923 e 1928, Anita residiu em Paris e realizou exposições individuais em Berlim, Paris e Nova York.
Em 1928, retornou a São Paulo e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie, onde permaneceu até 1933.
Em 1942, Anita Malfatti foi nomeada presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Há quadros de sua autoria nos principais museus brasileiros. O quadro "A Estudante Russa" está no Museu de Arte Moderna de São Paulo, "A Boba" está no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e "Uma Rua" no Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro.
Algumas de suas primeiras obras são:
Uma de suas últimas obras é a nomeada “Medalhão”, pintada no ano de 1949.
No dia 6 de novembro de 1964, Anita Malfatti morreu, aos 75 anos, reclusa em sua chácara, em São Paulo.
A Semana de Arte Moderna foi um importante evento cultural ocorrido em 1922, no Brasil. O evento foi realizado em São Paulo e teve como objetivo promover a arte moderna no país e romper com o academicismo que até então predominava nas artes plásticas brasileiras.
A Semana de Arte Moderna foi um marco na história das artes no Brasil, pois foi a primeira vez que artistas modernos tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos de maneira ampla e pública no país.
Anita Malfatti foi uma das artistas que expôs seus trabalhos, totalizando 20 telas, na qual se destaca “O Homem Amarelo”.
Alguns dos artistas mais importantes da Semana de Arte Moderna foram, além de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade, entre outros.
Anita Malfatti foi uma importante figura do modernismo no Brasil. Ela foi uma das primeiras artistas modernas a expor suas obras no país e foi uma das principais representantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
Além de pintora, Anita Malfatti também foi desenhista e ilustradora. Suas obras foram influenciadas por vários movimentos artísticos da época, como o expressionismo, o fauvismo e o cubismo. Ela foi uma defensora da arte moderna no Brasil e lutou pela sua aceitação e valorização no país.
Anita Malfatti foi uma artista que experimentou diversos estilos artísticos ao longo de sua carreira. No início de sua produção, ela se inspirou em movimentos artísticos como o expressionismo e o fauvismo, produzindo obras com cores vibrantes e formas expressivas. Mais tarde, ela passou a se interessar pelo cubismo e pelas técnicas de desenho e pintura modernas, produzindo obras mais abstratas e geométricas.
Além disso, Anita Malfatti também foi influenciada pelo art nouveau e pelo simbolismo, o que se reflete em algumas de suas obras. Em resumo, o estilo artístico de Anita Malfatti pode ser descrito como uma mistura de elementos modernistas e simbolistas, com forte influência do expressionismo, do fauvismo e do cubismo.
Vejamos agora algumas das principais obras da artista
Anita Malfatti se tornou conhecida pelo protagonismo e pioneirismo no modernismo brasileiro, e, junto de Tarsila do Amaral, foi uma das primeiras mulheres pintoras a ganhar destaque no Brasil.
Mesmo tendo recebido muitas críticas por suas inovações plásticas, Anita foi uma artista certa da arte que gostaria de manifestar.
Sua história e suas inúmeras obras, expostas em diversos museus, são fruto de seu legado.
“Procurei todas as técnicas, mas voltei à simplicidade diretamente. Não sou mais moderna nem antiga, mas escrevo e pinto o que me encanta.”
“[…] Nada ainda me revelara o fundo da minha sensibilidade. Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência: sofrer a sensação absorvente da morte. […] Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura.“
Anita Malfatti é considerada umas das principais pintoras brasileiras do século XX. Suas pinturas abalaram os conservadores e foram um marco para o Modernismo brasileiro.
Sua história também demonstra que a artista sempre buscou enfrentar seus medos e diversificar por meio da arte.
Juntamente com Tarsila do Amaral, deu voz às mulheres nesse período.
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Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros modernistas