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Uso dos Porquês: veja frases com porque, por que, porquê e por quê

Português - Manual do Enem
Alice Martins Publicado por Alice Martins
 -  Última atualização: 7/11/2023

Índice

Introdução

Sabemos que na Língua Portuguesa existem quatro formas diferentes de “porquês” (porque, por que, porquê e por quê) e cada uma delas tem uma situação específica de uso, mas você consegue diferenciar cada um desses usos?

Na forma escrita, precisamos saber quando e qual dos “porquês” usarmos para que o nosso texto transmita o sentido que queremos passar corretamente, considerando as regras gramaticais que facilitam na hora de determinar em qual contexto usar cada um deles.

Nesta seção, veremos quais são as funções de cada um e suas diferenças de usos, já que essas palavras têm uma diferença mínima entre elas, mas possuem grandes diferenças de sentidos.
Vejamos a seguir o emprego de cada uma das formas a fim de entender o uso dos porquês.

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Porque

Porque junto e sem acento é usado em respostas e frases afirmativas. Por funcionar como uma conjunção, ele liga duas orações explicando a relação de causa entre elas. Veja os exemplos:

  • Não viajei porque não tinha dinheiro. (liga a oração “não tinha dinheiro” a “não viajei”, explicitando a relação de causa)
  • Quero ir embora porque estou cansada.
  • Eu mesma cortei as plantas porque o jardineiro não pôde vir.
  • Porque o cachorro era grande, as crianças tinham medo.

“Porque” também pode ser substituído por:

  • Pois;
  • Uma vez que;
  • Já que;
  • Visto que;
  • Como.

Todas essas palavras ou expressões podem substituir o “porque”, pois gramaticalmente também marcam a relação de causa entre duas orações e servem para frases afirmativas ou respostas de perguntas. Veja:

  • Não viajei, já que não tinha dinheiro.
  • Quero ir embora pois estou cansada.
  • Eu mesma cortei as plantas uma vez que o jardineiro não pôde vir.
  • Como o cachorro era grande, as crianças tinham medo.

Para memorizarmos com maior facilidade o uso desse “porque”, podemos pensar que ele é determinado gramaticalmente como uma oração subordinativa causal ou explicativa, sendo assim, ele une duas orações que são dependentes entre si para ter o sentido completo.

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Por que

Separado e sem acento, “por que” tem duas funções: é usado para fazer perguntas e para estabelecer uma relação com um termo anterior na mesma oração.

Para perguntas

“Por que” pode ser usado para introduzir uma pergunta, da seguinte forma:

  • Por que você não foi à escola ontem?
  • Por que ela está tão brava?

Assim, “por que” com função interrogativa pode ser substituído, sem perda de sentido, por:

  • por que motivo
  • por que razão
  • por qual razão
  • Por que você está tão alegre hoje? / Por que motivo você está tão alegre hoje?
  • Por que ele faltou ao treino de basquete a semana inteira? / Por que razão ele faltou ao treino de basquete a semana inteira?
  • Por que você me respondeu daquela maneira? / Por qual razão você me respondeu daquela maneira?
  • Por que não para de chover? / Por qual razão não para de chover?

Para estabelecer relação com termo anterior

“Por que” também pode ser usado para relacionar termos na mesma oração ou ligar orações, da seguinte forma:

  • As dificuldades por que passei já foram superadas.

Nesse sentido, “por que” poderia ser substituído sem perda de sentido por:

  • Por qual
  • Por quais
  • Pelo qual
  • Pela qual
  • Pelos quais
  • Pelas quais

Exemplo:

  • As dificuldades pelas quais passei já foram superadas.
  • Desconheço o motivo pelo qual ele quis se afastar de todos nós.
  • Os parques pelos quais passei naquela viagem pareciam tão cheios de vida.

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Porquê

Junto e com acento, “porquê” é sinônimo de “motivo” ou “razão” e funciona como um substantivo, aparecendo sempre antes do pronome “o”, deste modo:

  • Não sei o porquê ele não veio.
  • Este é o porquê de eu preferir almoçar em casa.
  • Não encontro os porquês de não poder esperar aqui fora.

Repare que em todas as orações acima “porquê” poderia ser facilmente substituído por “motivo”, “causa” ou “razão”, sem perda de sentido na frase.

Vejamos alguns exemplos com essas substituições:

  • Não sei o porquê de tanta decepção. / Não sei a razão de tanta decepção.
  • Deveríamos descobrir o porquê de tudo isso. / Deveríamos descobrir a razão de tudo isso.
  • Engraçado! Não entendo o porquê dessa tosse constante / Engraçado! Não entendo a causa dessa tosse constante.

Por quê

Separado e com acento, “por quê” também é usado para perguntas, mas aparece só no final das frases interrogativas, do seguinte modo:

  • Ele não veio hoje por quê?
  • Sua mãe vai viajar por quê?

Observe que essa forma também pode aparecer em uma pergunta indireta, em que se questiona algo mas não aparece um ponto de interrogação, assim:

  • Ela não apareceu e eu não sei por quê.

Esse “por quê”, usado em perguntas diretas e indiretas, também traz o sentido de razão e/ou causa.

Vejamos mais alguns exemplos de usos do por quê:

  • Vocês ainda estão aqui fora por quê?
  • Andar a pé, por quê? Vamos de bicicleta!
  • Ele disse que não iria mais, não sei por quê. Por que será?


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Dicas práticas

  • Porque junto (com ou sem acento) = geralmente usados para respostas
  • Por que separado (com ou sem acento) = geralmente usado para perguntas
  • Por quê = final de frase
  • Porquê = se puder trocar por “motivo” e a frase mantiver o sentido, use porquê.

Erros comuns

A maioria dos erros estão ligados ao fato da não compreensão da aplicação dos usos de cada um nos contextos corretos. A solução para esse tipo de deslize é sempre prestar atenção às sentenças que empregam os usos dos porquês e analisar como e quando são utilizados esses termos, considerando os seus sentidos na frase.

Aleḿ disso, podemos considerar que há sempre um desses porquês que é utilizado para respostas: porque; um que é sempre utilizado em começo de perguntas: por que; um que é sempre usado no final de perguntas ou sozinho: por quê; e, por último, o que é substantivado, mantendo um sentido sinônimo às palavras razão e motivo.

Exemplos:

  • Por que você foi embora?
  • Eu preciso sair porque tenho compromisso.
  • Você mal tocou na comida hoje, por quê?
  • Não entendo o porquê de tanta chateação.

Resumo

Vamos recapitular os estudos dos porquês para fixarmos melhor cada um de seus usos e os seus sentidos específicos.

“Porque” junto

O “porque” junto e sem o acento circunflexo é determinado pelas regras gramaticais como uma conjunção causal ou explicativa, ou seja, ele é usado para dar uma explicação ou justificativa/causa de/sobre algo, e geralmente em uma situação de resposta.

Já aprendemos que esse “porque” é aquele que pode ser substituído por outras conjunções como “visto que”, “pois”, “uma vez que”.

Vejamos mais alguns exemplos com a conjunção “porque”:

  • Não fui ao cinema porque perdi o bilhete do filme.
  • Estou feliz porque meus pais vão me levar ao parque de diversões.
  • Pedro não trouxe o dever de casa porque esqueceu a data de entrega.
  • Me arrumei com antecedência porque sabia que eles chegariam pontualmente.
  • O carro enguiçou porque não o levamos para a revisão recomendada pelo mecânico.

Agora vejamos exemplos com as conjunções que podem substituir  o uso do  “porque”:

  • Não fui ao cinema, visto que perdi o bilhete do filme.
  • Estou feliz pois meus pais vão me levar ao parque de diversões.
  • Pedro não trouxe o dever de casa pois esqueceu a data de entrega.
  • Me arrumei com antecedência uma vez que sabia que eles chegariam pontualmente.
  • O carro enguiçou pois não o levamos para a revisão recomendada pelo mecânico.

“Por que” separado

O “por que” separado e sem acento deve ser usado, segundo as regras gramaticais,  em frases interrogativas diretas e indiretas e quando ele possuir o mesmo significado de “razão”, “motivo” ou “causa”.

Existe também o uso do  “por que” como a união de por + pronome relativo “que”, entretanto, nesses casos, ele terá o mesmo sentido de “pelo qual”, “pela qual”,  “pelas quais” e “pelos quais”.

Vejamos alguns exemplos de usos com “por que”:

  • Por que ele não apareceu hoje na aula?
  • Não sei por que você não sai logo da casa dos seus pais.
  • As ruas por que caminhamos eram floridas e arborizadas.
  • Por que você decidiu se mudar agora?
  • Por que só agora você lembrou o papai de que amanhã teremos apresentação na escola?

Vejamos exemplos de termos que podem ser substitutos do “por que”

  • Por que motivo não apareceu hoje na aula?
  • Não sei por qual razão você não sai logo da casa dos seus pais.
  • As ruas pelas quais caminhamos eram floridas e arborizadas.
  • Por qual motivo você decidiu se mudar agora?
  • Por qual razão só agora você lembrou o papai de que amanhã temos apresentação na escola?

“por quê” separado e com acento

Este tipo de “por quê”, separado e com acento circunflexo, é usado no final da frase antes do ponto final, de interrogação ou de exclamação, podendo ser substituído por termos como “por qual motivo” ou “por qual razão”.

Exemplos com “por quê”:

  • Você saiu antes de almoçar com a gente por quê?
  • Eles sabem por quê.
  • Eu sei por quê!
  • Fazer todo esse esforço por quê? Vamos descansar!

Vejamos exemplos com substitutos do “por quê”:

  • Você saiu antes de almoçar com a gente por qual motivo?
  • Eles sabem por qual motivo.
  • Eu sei por qual razão!
  • Fazer todo esse esforço por qual razão? Vamos descansar!

 “porquê” junto e com acento

Finalmente, esse "porquê" junto e com acento circunflexo é usado sempre depois de um artigo definido ou indefinido, passando a valer como um substantivo. Dessa maneira, ele equivale aos sentidos das palavras motivo e/ou causa, podendo ser substituído por essas mesmas palavras.

Vejamos alguns exemplos com “porquê”:

  • Não entendi o porquê de tanta insegurança, já que ela estava arrasando.
  • O porquê do sumiço não foi esclarecido até agora.
  • Ainda não foi explicado o porquê de terem cancelado a aula de última hora.
  • Diga-me um porquê para eu me convencer de comprar aquele presente.
  • Mesmo sabendo que não vale a pena ir atrás, eu gostaria de entender o porquê.

Exemplos com substitutos do “porquê”:

  • Não entendi o motivo de tanta insegurança, já que ela estava arrasando.
  • A razão do sumiço não foi esclarecida até agora.
  • Ainda não foi explicado o motivo de terem cancelado a aula de última hora.
  • Diga-me uma razão para eu me convencer de comprar aquele presente.
  • Mesmo sabendo que não vale a pena ir atrás, eu gostaria de entender a razão.

Alguns macetes para lembrar dos usos e diferenças dos porquês

Apesar de agora já sabermos diferenciar os usos dos porquês, às vezes, no momento da escrita, é comum confundirmos ou esquecê-los. Vejamos então algumas dicas para memorizarmos como utilizamos cada um deles e em quais contextos:

  • Por que: Escrito separado e sem acento é usado em frases interrogativas e também como a união de "por'' + um pronome relativo. Pode ser substituído por “pelo qual”, “pelos quais” etc.
  • Por quê: Escrito separado e com o acento, serve para quando a expressão aparecer sozinha ou ao final das frases, possuindo o mesmo significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
  • Porque: Escrito junto e sem acento, é uma conjunção explicativa ou causal, utilizado geralmente em respostas. Ele pode ser substituído por “pois”, “uma vez que”, “visto que”.
  • Porquê: Escrito junto e com acento, é usado quando a sentença for substantivada, possuindo o mesmo sentido de “motivo” ou “razão”.

Temos já uma boa base de estudos para não confundirmos mais os usos e os empregos dos porquês em nossos textos. Lembrem-se de que é preciso considerar sempre os contextos de cada sentença para que a aplicação dos porquês seja menos complicada.

Outra dica de ouro é praticar exercícios com sentenças utilizando todas as formas dos porquês e, sempre que puder, revisá-los.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Quero Bolsa

Indique a frase em que se faz uso do “porque” de forma adequada

A Não irei ao seu aniversário por que trabalho à noite
B Ela não apareceu e ninguém sabe por quê
C Porque você acha que não pode fazer isso?
D Ninguém sabe o por quê de ela não ter aparecido
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