Sabemos que na Língua Portuguesa existem quatro formas diferentes de “porquês” (porque, por que, porquê e por quê) e cada uma delas tem uma situação específica de uso, mas você consegue diferenciar cada um desses usos?
Na forma escrita, precisamos saber quando e qual dos “porquês” usarmos para que o nosso texto transmita o sentido que queremos passar corretamente, considerando as regras gramaticais que facilitam na hora de determinar em qual contexto usar cada um deles.
Nesta seção, veremos quais são as funções de cada um e suas diferenças de usos, já que essas palavras têm uma diferença mínima entre elas, mas possuem grandes diferenças de sentidos.
Vejamos a seguir o emprego de cada uma das formas a fim de entender o uso dos porquês.
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Porque junto e sem acento é usado em respostas e frases afirmativas. Por funcionar como uma conjunção, ele liga duas orações explicando a relação de causa entre elas. Veja os exemplos:
“Porque” também pode ser substituído por:
Todas essas palavras ou expressões podem substituir o “porque”, pois gramaticalmente também marcam a relação de causa entre duas orações e servem para frases afirmativas ou respostas de perguntas. Veja:
Para memorizarmos com maior facilidade o uso desse “porque”, podemos pensar que ele é determinado gramaticalmente como uma oração subordinativa causal ou explicativa, sendo assim, ele une duas orações que são dependentes entre si para ter o sentido completo.
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Separado e sem acento, “por que” tem duas funções: é usado para fazer perguntas e para estabelecer uma relação com um termo anterior na mesma oração.
“Por que” pode ser usado para introduzir uma pergunta, da seguinte forma:
Assim, “por que” com função interrogativa pode ser substituído, sem perda de sentido, por:
“Por que” também pode ser usado para relacionar termos na mesma oração ou ligar orações, da seguinte forma:
Nesse sentido, “por que” poderia ser substituído sem perda de sentido por:
Exemplo:
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Junto e com acento, “porquê” é sinônimo de “motivo” ou “razão” e funciona como um substantivo, aparecendo sempre antes do pronome “o”, deste modo:
Repare que em todas as orações acima “porquê” poderia ser facilmente substituído por “motivo”, “causa” ou “razão”, sem perda de sentido na frase.
Vejamos alguns exemplos com essas substituições:
Separado e com acento, “por quê” também é usado para perguntas, mas aparece só no final das frases interrogativas, do seguinte modo:
Observe que essa forma também pode aparecer em uma pergunta indireta, em que se questiona algo mas não aparece um ponto de interrogação, assim:
Esse “por quê”, usado em perguntas diretas e indiretas, também traz o sentido de razão e/ou causa.
Vejamos mais alguns exemplos de usos do por quê:
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A maioria dos erros estão ligados ao fato da não compreensão da aplicação dos usos de cada um nos contextos corretos. A solução para esse tipo de deslize é sempre prestar atenção às sentenças que empregam os usos dos porquês e analisar como e quando são utilizados esses termos, considerando os seus sentidos na frase.
Aleḿ disso, podemos considerar que há sempre um desses porquês que é utilizado para respostas: porque; um que é sempre utilizado em começo de perguntas: por que; um que é sempre usado no final de perguntas ou sozinho: por quê; e, por último, o que é substantivado, mantendo um sentido sinônimo às palavras razão e motivo.
Exemplos:
Vamos recapitular os estudos dos porquês para fixarmos melhor cada um de seus usos e os seus sentidos específicos.
O “porque” junto e sem o acento circunflexo é determinado pelas regras gramaticais como uma conjunção causal ou explicativa, ou seja, ele é usado para dar uma explicação ou justificativa/causa de/sobre algo, e geralmente em uma situação de resposta.
Já aprendemos que esse “porque” é aquele que pode ser substituído por outras conjunções como “visto que”, “pois”, “uma vez que”.
Vejamos mais alguns exemplos com a conjunção “porque”:
Agora vejamos exemplos com as conjunções que podem substituir o uso do “porque”:
O “por que” separado e sem acento deve ser usado, segundo as regras gramaticais, em frases interrogativas diretas e indiretas e quando ele possuir o mesmo significado de “razão”, “motivo” ou “causa”.
Existe também o uso do “por que” como a união de por + pronome relativo “que”, entretanto, nesses casos, ele terá o mesmo sentido de “pelo qual”, “pela qual”, “pelas quais” e “pelos quais”.
Vejamos alguns exemplos de usos com “por que”:
Vejamos exemplos de termos que podem ser substitutos do “por que”
Este tipo de “por quê”, separado e com acento circunflexo, é usado no final da frase antes do ponto final, de interrogação ou de exclamação, podendo ser substituído por termos como “por qual motivo” ou “por qual razão”.
Exemplos com “por quê”:
Vejamos exemplos com substitutos do “por quê”:
Finalmente, esse "porquê" junto e com acento circunflexo é usado sempre depois de um artigo definido ou indefinido, passando a valer como um substantivo. Dessa maneira, ele equivale aos sentidos das palavras motivo e/ou causa, podendo ser substituído por essas mesmas palavras.
Vejamos alguns exemplos com “porquê”:
Exemplos com substitutos do “porquê”:
Apesar de agora já sabermos diferenciar os usos dos porquês, às vezes, no momento da escrita, é comum confundirmos ou esquecê-los. Vejamos então algumas dicas para memorizarmos como utilizamos cada um deles e em quais contextos:
Temos já uma boa base de estudos para não confundirmos mais os usos e os empregos dos porquês em nossos textos. Lembrem-se de que é preciso considerar sempre os contextos de cada sentença para que a aplicação dos porquês seja menos complicada.
Outra dica de ouro é praticar exercícios com sentenças utilizando todas as formas dos porquês e, sempre que puder, revisá-los.
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Indique a frase em que se faz uso do “porque” de forma adequada