O que é coerência textual? Se procurarmos em um dicionário o significado da palavra coerência, é provável que encontremos uma definição relacionada à conexão entre ideias, à harmonia entre as partes de um todo. Essa ideia pode ser aplicada a um texto, dando origem ao que chamamos de coerência textual.
A coerência textual é, portanto, o que permite o entendimento de um texto, o que possibilita a adequada compreensão de uma produção. Essa compreensão vai além do entendimento da leitura, ela permite que saibamos qual é o tópico principal de um texto, quais são os elementos que fundamentam as ideias de um texto, entre outros.
Sabendo dessa definição de coerência textual, é fácil confundi-la com outro elemento importante para a construção de texto claros: a coesão. Apesar de estarem relacionados, esses dois conceitos são diferentes, mas ambos se fazem essenciais para a elaboração de um bom texto.
Por isso, é de suma importância ter clareza sobre cada um deles a fim de conseguir explorar seus elementos de maneira apropriada.
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Em avaliações de textos, seja em vestibulares ou em escolas, é comum que a coerência seja avaliada juntamente com a coesão. Do mesmo modo, esses dois conceitos costumam ser ensinados juntos, o que pode gerar certa confusão entre os estudantes.
Afinal, qual é a diferença existente entre coesão e coerência? É possível um texto ser coerente, mas são ser coeso? Ou, ainda, um texto incoerente pode ter coesão?
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A coesão está relacionada ao modo como as ideias dentro de um texto (ou um parágrafo ou uma frase e assim por diante) se relacionam linguisticamente. Ou seja, para construir a coesão, utilizamos elementos linguísticos que expressam a ligação de ideias. Esses termos podem ser, por exemplo, pronomes (este, esta, aquele, aquela, entre outros) ou conectivos (mas, porém, portanto, assim, dessa forma, etc).
A coerência, por sua vez, está mais relacionada ao entendimento do texto (ou de qualquer outra construção linguística) como um todo. Ao deparar-se com um texto e identificar, por exemplo, seu assunto principal, tem-se um indício de que o texto apresenta coerência.
Embora a coesão costume levar à coerência, isso nem sempre acontece. Um exemplo disso é que podemos ter uma seleção de frases que, embora coesas entre si, não apresentam um entendimento final, são apenas informações soltas que não produzem uma interpretação.
Nesse caso, apesar de existirem elementos coesivos, não houve a construção da coerência. É possível, ainda, que um texto que não apresenta recursos coesivos apresente coerência.
Há alguns tipos de coerência dentro de um texto.
Relaciona-se à estrutura linguística de um texto e, consequentemente, à coesão. É por meio dela que eliminamos ambiguidades e sentidos inadequados ao texto. Ela se relaciona, também, à escolha vocabular e ao bom uso de conectivos.
Está relacionada ao processo de entendimento de um texto, pois estabelece relações entre as estruturas que o compõem. Assim, para que haja a coerência semântica, o texto não pode, por exemplo, ser contraditório.
Relaciona-se com a relevância das informações apresentadas. É necessário selecionar ideias pertinentes para o tema proposto.
Está relacionada ao modo de organizar o texto como ação. Um regulamento, por exemplo, tem o objetivo de dar normas e, por isso, não é coerente que ele seja escrito com um tom de sugestão, devendo apresentar um tom mais categórico.
Relaciona-se à adequação do registro escolhido para determinadas situações. Em uma carta de apresentação para um emprego, por exemplo, a linguagem utilizada não deve apresentar gírias.
Está relacionada à adequação da construção textual ao gênero que ela pertence. Um bilhete, por exemplo, tem como característica ser conciso, ou seja, mais breve. Por outro lado, uma carta pode ser mais extensa.
Nuances
Euforia:alegria barulhenta. Felicidade:alegria silenciosa.
Gravar:quando o ator é de televisão. Filmar:quando ele quer deixar claro que não é de televisão.
Grávida:em qualquer ocasião. Gestante:em filas e assentos preferenciais.
Guardar:na gaveta. Salvar:no computador. Salvaguardar:no Exército.
Menta:no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã:na horta ou no suco de abacaxi.
Peça:quando você vai assistir. Espetáculo:quando você está em cartaz com ele.
(Adaptado de: DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014)
O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada considerando-se a(s)