A palavra burguesia vem do termo latim burgo, nome dado às cidades existentes na Idade Média e habitadas por feirantes e comerciantes, chamados de burgueses.
A burguesia comercial conseguiu acumular capital graças ao intenso comércio. Por conta disso, no decorrer do tempo e com o enfraquecimento da nobreza, passou a dominar a vida social, política e econômica. A partir das Revoluções Francesa e Industrial, a burguesia firmou-se em seu papel de poder.
Durante a Idade Média, a burguesia contribuiu para a fortificação dos Estados Nacionais ao juntar-se com os reis para garantir a compra de terras, expansão das cidades e consequentemente, pagamento de impostos à Coroa. Nesse contexto, reis e burguesia também promoveram a economia mercantil, colaboraram com a manutenção das rotas de comércio e com a expansão colonial.
No entanto, as boas relações entre as monarquias europeias e os burgueses não duraram para sempre. Com o crescimento e expansão das ideias iluministas aumentaram também as denúncias de abusos e benefícios de uma pequena elite.
Os iluministas denunciavam um Estado custoso e pequeno que se mantinha graças à exploração da população trabalhadora e da burguesia, que através do pagamento de impostos garantia os exacerbados gastos monárquicos.
A revolta com os gastos monárquicos teve seu ápice no governo de Luís XVI. Nesse momento, o “terceiro” estado, também composto pela burguesia, declarou uma Assembleia Nacional Constituinte e separou-se dos dois “primeiros” estados, compostos respectivamente pela nobreza e o clero.
A declaração da Assembleia desencadeou o fim da monarquia francesa, a decapitação de Luís XVI e marcou a impopularidade de Maria Antonieta. A movimentação burguesa provocou, com isso, profundas transformações na organização do Estado europeu.