O racismo estrutural é um conceito que descreve sistemas sociais, econômicos e políticos que perpetuam desigualdades com base na raça. O racismo estrutural são as práticas racistas enraizadas na sociedade.No Brasil,o racismo estrutural é reflexo dos mais de 350 anos de escravização.
O racismo estrutural, portanto, não diz respeito a práticas racistas isoladas, mas a processos que dificultam o acesso, geralmente, de negros a estruturas sociais, políticas e econômicas, enquanto provilegia o acesso a esses mesmos serviços para brancos.
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O racismo estrutural refere-se a padrões institucionalizados e práticas arraigadas que discriminam e marginalizam grupos raciais específicos. Ele não se limita a ações individuais, mas está incorporado nas políticas, normas e estruturas que moldam a vida cotidiana.
São diversas as manifestações do racismo estrutural na sociedade. No Brasil, essas manifestações atingem principalmente a população negra, vítima por mais de 350 anos da escravização. O tráfico e a escravização, deixaram impactos duros, violentos e significativos na sociedade brasileira. Abaixo estão algumas manifestações que impactam sociedades em que o racismo está institucionalizado e que podem impactar diversos grupos sociais.
Alguns grupos raciais, não necessariamente minoritários, frequentemente enfrentam barreiras ao acesso igualitário a oportunidades educacionais, empregos, habitação e serviços de saúde. Essas desigualdades resultam de práticas sistêmicas que favorecem certos grupos.
O sistema de justiça criminal muitas vezes apresenta disparidades raciais, desde prisões injustificadas até sentenças mais severas para indivíduos pertencentes a alguns grupos. Isso evidencia a influência do racismo estrutural no sistema legal.
Prisões e sentenças são impactadas pela raça dos indivíduos.
O racismo estrutural é perpetuado por estereótipos negativos e preconceitos enraizados na sociedade. Essas percepções distorcidas contribuem para a perpetuação de desigualdades.
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Historicamente, alguns grupos tem sofrido mais dura e diretamente os impactos do racismo estrutural. Veja abaixo algumas dessas consequências e como elas estão diretamente ligadas as diversas manifestações do racismo estrutural.
O racismo estrutural é um fenômeno complexo que permeia várias esferas da sociedade, perpetuando desigualdades profundas e persistentes. Compreender suas manifestações e impacto é essencial para buscar soluções que promovam igualdade e justiça para todos, independentemente da raça.
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Texto 1
Após a aprovação da Lei Complementar nº 150, em 2015, que regulamentou a Emenda Constitucional nº 72, conhecida como a PEC das Domésticas, foi estendido à empregada doméstica os direitos dos demais trabalhadores registrados com carteira assinada (em regime CLT). “A empregada doméstica deve receber, pelo menos, um salário-mínimo, ter jornada estabelecida de até 44 horas semanais e, no máximo, 8 horas diárias, podendo ser contratada em regime parcial. É obrigatório o controle individual de frequência, hora extra, FGTS, entre outros”, explica a advogada Denise Lago, especialista em Direito Trabalhista.
Jus Brasil. Saiba tudo sobre a Lei da Empregada Doméstica
Texto 2
A branquitude, como fundante da escravidão e mantedora dos seus resquícios escravocratas, dialoga com a permanência da mentalidade e prática da maioria dos serviços considerados subalternos, a exemplo do trabalho doméstico. A rapper e historiadora carioca, Preta Rara, lançou um livro em 2019 chamado “Eu, empregada doméstica”, onde ela reúne uma série de relatos desumanos que estruturam o ofício doméstico no Brasil. Em sua maioria, desempenhado por mulheres negras e periféricas. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 2018, mais de 6,24 milhões de mulheres negras estão no serviço doméstico. Os dados revelam que, mesmo com a implementação da PEC, as domésticas têm uma das piores escalas salariais e a maioria ainda está na informalidade, sem carteira assinada.
Lorena Lacerda. Empregos domésticos: serviços “essenciais” ou necessidades “coloniais”? Portal Geledés
Levando em consideração os dois textos, pode-se afirmar sobre o trabalho doméstico no Brasil: