De forma geral, a sociologia tem como seus principais objetos de estudo temas relacionados às classes trabalhadoras e às enormes diferenças entre burguesia e proletariado, nascidas após a Revolução Industrial.
A sociologia como um todo, estuda também temas ligados às relações e conflitos sociais, crises ligadas ao trabalho urbano e rural, à informação, às artes, à cultura de massa e todos os acontecimentos que, de alguma maneira, podem afetar a vida em sociedade e a construção de relações sociais.
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A Sociologia no Brasil é uma disciplina acadêmica bem estabelecida e tem sido um campo de estudo significativo no país desde o século XIX. Ela abrange diversas áreas, como a análise da sociedade brasileira, sua estrutura, mudanças sociais, relações de poder, desigualdades, identidades culturais e questões políticas.
Alguns temas de destaque na Sociologia brasileira incluem:
Desigualdade social: O Brasil é conhecido por suas grandes disparidades econômicas e sociais. A Sociologia estuda as causas e consequências dessas desigualdades e busca soluções para reduzi-las.
Raça e etnia: A história do Brasil está intimamente ligada à escravidão e à miscigenação racial. A Sociologia analisa como as questões de raça e etnia impactam a sociedade brasileira e influenciam as relações sociais.
Movimentos sociais: O país tem uma longa história de movimentos sociais, desde lutas por direitos civis até questões ambientais e indígenas. A Sociologia estuda esses movimentos e suas implicações para a sociedade brasileira.
Política e democracia: A análise das instituições políticas, da participação cívica e da consolidação da democracia também são áreas de interesse para a Sociologia no Brasil.
Cultura e identidade: A diversidade cultural do Brasil é vasta, e a Sociologia explora como a cultura e a identidade influenciam a sociedade e são influenciadas por ela.
No início do século XX tanto a sociologia brasileira quanto os estudos desenvolvidos no restante da América Latina estavam ligados à sociologia marxista. As relações identificadas por Marx foram, em grande parte, fundamentais para o entendimento das relações trabalhistas que em toda a América Latina são marcadas pela desigualdade.
Com o passar dos anos, e principalmente após a fundação da Universidade de São Paulo, a USP, em 1934, e a criação do curso de Ciências Sociais, a sociologia brasileira foi marcada pela influência dos docentes e pensadores franceses, e os sociólogos brasileiros voltaram o foco de seus estudos para a formação do Brasil, os conflitos econômicos, de raça e classe.
A Sociologia no Brasil surgiu no início do século XX, com o intuito de compreender as transformações sociais ocorridas durante a industrialização.
O contexto histórico para o desenvolvimento desta ciência no país foi marcado por questões políticas, econômicas e culturais. O século XX foi marcado por profundas transformações, como o fim da escravidão e a consolidação da República. Essas mudanças criaram um ambiente propício para o surgimento de novos olhares sobre a realidade brasileira. Assim, a Sociologia foi se consolidando como uma forma de compreender o mundo, as relações sociais e os problemas da sociedade.
Os primeiros estudos foram realizados por intelectuais como Gilberto Freyre e Florestan Fernandes, que destacaram a importância da cultura e dos costumes para a compreensão da realidade social brasileira.
Entre as décadas de 1920 e 1930 nasceu a sociologia brasileira, que ganhou força após a criação da USP em 1934. Os sociólogos precursores, em seus primeiros estudos buscaram compreender a formação da sociedade brasileira, a influência desta formação no funcionamento da sociedade da época e, além de tudo, a formação do próprio Brasil - questões ligadas ao longo período de escravidão e a participação de negros e indígenas na formação social do país.
A Sociologia desempenha um papel fundamental para o Brasil em várias áreas e contextos sociais. Algumas das principais contribuições e papéis da Sociologia no país incluem:
Através do estudo sistemático da sociedade, a Sociologia ajuda a compreender a estrutura social, as relações entre diferentes grupos, as instituições e as dinâmicas que moldam a vida dos brasileiros. Isso proporciona uma visão mais profunda e analítica da realidade social do país.
O Brasil é conhecido por suas grandes disparidades sociais e econômicas. A Sociologia desempenha um papel crucial na análise dessas desigualdades, investigando suas origens históricas, causas estruturais e consequências para diferentes grupos sociais. Isso pode ajudar a encontrar soluções para reduzir as desigualdades e promover a justiça social.
A pesquisa sociológica fornece informações valiosas para a formulação de políticas públicas mais eficazes e baseadas em evidências. Através do estudo de questões sociais, como educação, saúde, segurança, habitação e trabalho, os sociólogos podem oferecer insights que ajudam a melhorar as políticas governamentais e a promoção do bem-estar social.
A Sociologia investiga e analisa problemas sociais complexos, como violência, discriminação, pobreza, migração, urbanização, entre outros. Ao entender as causas e consequências desses problemas, a Sociologia pode oferecer abordagens mais abrangentes e eficazes para lidar com eles.
Sociologia também se dedica ao estudo dos movimentos sociais, como movimentos feministas, movimentos indígenas, movimentos LGBT+ e outros. Ao analisar suas reivindicações e impacto na sociedade, a Sociologia pode ajudar a entender o papel desses movimentos na transformação social e no debate político.
O Brasil é um país de grande diversidade cultural, e a Sociologia contribui para a reflexão sobre as identidades e a cultura brasileira. Isso envolve entender as influências históricas, as relações interculturais e como a diversidade contribui para a construção da sociedade brasileira.
A primeira geração de pensadores e sociólogos brasileiros, que produziu entre as décadas de 1920 e 1930, buscou entender a formação do Brasil, a economia de exploração e voltada para a produção de produtos agrícolas e pecuários destinados ao mercado externo, o longo período de escravidão, a abolição e os desdobramentos sociais surgidos com a assinatura da lei Áurea, que pôs fim a escravidão no país.
Nas décadas de 1950 e 1960, os principais temas das pesquisas sociológicas estavam ligados ao trabalho no campo e nas indústrias, as relações de desigualdade e exploração nas relações de trabalhistas, a dependência econômica do mercado externo, a reforma agrária e o fortalecimento de movimentos sociais.
Entre os anos de 1964 e 1985, período da ditadura militar, as pesquisas diminuíram, diante do medo e perseguições empreendidas pelos militares contra sociólogos e estudantes das demais ciências sociais. No período de 1985 em diante, as pesquisas diversificaram-se e os sociólogos estudaram desde as relações de trabalho ao surgimento de ideias neoliberais, e deram grande destaque aos grupos esquecidos durante os períodos anteriores. As relações entre os seres sociais, a tecnologia e as novas relações de trabalho também tiveram destaque no período pós redemocratização.
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Na geração dos pioneiros que estudaram a formação do Brasil e as relações de raça e classe, merecem destaque:
Dentre os nomes da contemporaneidade, cabe destacar a obra do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que dedicou-se aos estudos das relações internacionais e das teorias de desenvolvimento econômico.
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A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação aos conteúdos do enunciado acima.