Celebrado em 22 de agosto, o Dia do Folclore é uma oportunidade para valorizar e preservar as tradições que compõem a identidade cultural de um povo.
No Brasil, a data ganha destaque por reunir personagens, lendas, danças e costumes transmitidos de geração em geração, que ajudam a manter viva a memória coletiva. Mais do que uma comemoração, o dia é uma forma de reconhecer o papel do folclore na formação social e cultural do país.
A seguir, confira por que a data é celebrada em 22 de agosto, quais são os principais personagens do folclore brasileiro e sugestões de atividades para celebrar em escolas e comunidades.
Por que em 22 de agosto é comemorado o Dia do Folclore?
A escolha de 22 de agosto remete ao dia em que, em 1846, o pesquisador britânico William John Thoms publicou, no jornal londrino The Athenaeum, um artigo sugerindo o uso do termo “folklore” para designar o conjunto de saberes e tradições populares. Essa foi a primeira vez em que a palavra apareceu de forma oficial, marcando o início dos estudos sistemáticos sobre a cultura popular.
No Brasil, a data foi oficializada pelo Decreto nº 56.747 de 1965, justamente em referência a essa publicação. O objetivo era valorizar a herança cultural do povo brasileiro, além de estimular pesquisas e a preservação das tradições nacionais.
Inclusive, o movimento de preservação do folclore ganhou força especialmente após a Semana de Arte Moderna de 1922 e, posteriormente, com a criação da Comissão Nacional de Folclore, em 1947.
Desde então, a data passou a integrar o calendário escolar e cultural do país, e escolas e instituições culturais realizam ações educativas e festivas nesse dia, conhecido também como Dia do Folclore Brasileiro.
O folclore nacional é marcado por personagens que misturam elementos indígenas, africanos e europeus, resultando em narrativas únicas. Entre os mais conhecidos estão:
Saci-Pererê: menino travesso de uma perna só, usa gorro vermelho e cachimbo. Gosta de pregar peças em viajantes e está associado às forças da natureza, como redemoinhos.
Iara: sereia amazônica que vive nos rios. Encanta pescadores com seu canto hipnótico e simboliza a sedução e os perigos das águas.
Curupira: protetor das florestas, possui cabelos vermelhos e pés virados para trás. Sua missão é confundir caçadores e preservar os animais.
Boitatá: cobra de fogo que percorre os campos e matas à noite. Representa a defesa contra incêndios criminosos e a destruição da natureza.
Boto cor-de-rosa: golfinho amazônico que se transforma em homem nas festas ribeirinhas. Conhecido como sedutor, volta ao rio ao amanhecer.
Mula sem cabeça: figura ligada a lendas coloniais e crenças religiosas. Aparece como um animal em chamas, punindo transgressões.
Cuca: bruxa presente em cantigas e histórias infantis, conhecida por assustar crianças desobedientes. Foi muito popularizada no “Sítio do Picapau Amarelo”.
Essas figuras representam valores, medos, ensinamentos e a relação do povo com a natureza, reforçando a diversidade cultural brasileira.
Atividades para fazer no Dia do Folclore
O Dia do Folclore é especialmente celebrado nas escolas, que desenvolvem atividades criativas e educativas para crianças.
Confira 10 ideias práticas para ajudar as crianças a aprenderem de forma lúdica, reforçando o vínculo com a cultura popular e a valorização das raízes brasileiras:
Contação de histórias – organize um momento de leitura ou dramatização de lendas como o Saci ou a Iara. Use recursos como livros ilustrados, imagens ou até um cenário simples para prender a atenção das crianças.
Teatro de fantoches: incentive os alunos a confeccionar fantoches com papel, tecido ou meia. Depois, eles podem apresentar pequenas peças representando personagens do folclore brasileiro.
Rodas de cantigas: promova uma roda com músicas tradicionais, como “Ciranda Cirandinha” ou “Escravos de Jó”. Além de resgatar o repertório popular, essa prática estimula ritmo, coordenação e socialização.
Oficinas de arte: proponha atividades de pintura, colagem e escultura em argila ou massinha para retratar personagens folclóricos. Cada aluno pode criar sua versão de um mito, que depois pode ser exposta na escola.
Brincadeiras tradicionais: resgate jogos como amarelinha, peteca, pular corda, cabra-cega ou cabo de guerra. São atividades simples que não exigem muito material e ainda incentivam a coletividade.
Gincanas culturais: crie provas com adivinhas, trava-línguas e provérbios populares. Divida os alunos em grupos e estimule a competição saudável, com pontos para cada acerto.
Apresentações de dança: ensine passos de manifestações culturais como o frevo, o bumba meu boi ou o maracatu. Os alunos podem se apresentar para a comunidade escolar em um momento de confraternização.
Culinária típica: monte uma oficina de culinária simples, preparando pratos regionais, como bolo de fubá, pipoca ou pamonha. É uma forma de trabalhar o folclore ligado à alimentação.
Exposição de trabalhos: reserve um espaço para expor desenhos, cartazes, esculturas e pesquisas feitas pelos alunos sobre o folclore. Isso valoriza o esforço coletivo e torna o aprendizado mais visível.
Produções audiovisuais: incentive os estudantes a gravarem vídeos encenando lendas, cantando cantigas ou apresentando pesquisas. O material pode ser exibido em sala ou compartilhado em redes da escola.
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