O Dia Mundial do Rock 2025 será celebrado no dia 13 de julho, uma data simbólica, criada em homenagem a um movimento global por causas humanitárias. Atualmente, a data virou sinônimo de celebração ao gênero que revolucionou o comportamento, a política e a cultura ao longo do século 20.
Ao longo de todo o Brasil, diversas cidades organizam shows gratuitos, festivais e homenagens ao rock nacional e internacional. A seguir, descubra a origem da data e confira músicas do rock nacional que podem enriquecer o seu repertório para redações e vestibulares.
Porque 13 de julho é o Dia Mundial do Rock?
O Dia Mundial do Rock surgiu em referência ao Live Aid, um megaevento musical realizado em 13 de julho de 1985. Organizado simultaneamente em Londres e na Filadélfia, o festival reuniu nomes como Queen, U2, David Bowie, The Who e Led Zeppelin, com o objetivo de arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. O evento foi transmitido para mais de 70 países e alcançou uma audiência estimada de 1,5 bilhão de pessoas.
Apesar do nome “mundial”, a data é celebrada oficialmente apenas no Brasil. A popularização do 13 de julho como Dia Mundial do Rock no país aconteceu por influência de rádios de São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 1990.
Para muitos fãs e veículos especializados, o Live Aid representou a união do rock em prol de uma causa global, o que consolidou a data como símbolo do poder transformador da música.
A capital paulista terá 8 shows gratuitos em diferentes locais no sábado e domingo (12 e 13 de julho). Entre as atrações, estão bandas covers e autorais, e os encontros variam, alguns serão realizados no Centro Cultural Tendal da Lapa, Praça do Patriarca e Viaduto do Chá, já outros nos espaços do Sesc, como Sesc 14 Bis, Sesc Itaquera e Sesc Interlagos. Veja a programação completa aqui.
Rio de Janeiro (RJ)
Na cidade do Rio de Janeiro, a comemoração do Dia Mundial do Rock será na Rua Ceará, no bairro do Santo Cristo. A programação conta com mais de 100 bandas, DJs, food trucks e estandes de vinil. O evento é gratuito e terá estrutura de festival, com programação ao longo de todo o fim de semana, começando às 13h e indo até às 23h20.
Curitiba (PR)
A cidade sedia o tradicional Festival Crossroads, com mais de 30 atrações ao vivono sábado (12 de julho), em cinco palcos. O evento irá acontecer em um novo espaço ao ar livre, localizado na Rodovia Curitiba-Ponta Grossa (nº 4303), das 10h às 22h. A programação inclui tributos a ícones como AC/DC, Guns N’ Roses e Pearl Jam, além de atrações gastronômicas e espaços temáticos.
Florianópolis (SC)
Em Floripa, o Dia Mundial do Rock será celebrado com a maior edição do Festival Rock Legends, um evento que acontecerá no Bolsão da Beira-mar Continental, no bairro Estreito, nos dias 12 e 13 de julho, das 11h às 22h. A entrada é gratuita, mas é necessário garantir o ingresso antecipadamente pelo site oficial do evento.
5 músicas do rock nacional para usar como repertório no vestibular
Com letras afiadas e ritmo marcante, o rock conquistou gerações e ainda segue atual: muitas músicas compostas há décadas dialogam diretamente com os desafios enfrentados pela sociedade brasileira.
Para quem está se preparando para o Enem e os vestibulares que acontecerão nos próximos meses, conhecer essas canções pode contribuir significativamente para ampliar o repertório sociocultural exigido nas redações.
“Assim como o cinema e a literatura, a música é um excelente recurso para refletir sobre a realidade brasileira. O rock nacional tem tradição em denunciar desigualdades e debater o papel social da juventude, temas que aparecem frequentemente nos exames”, explica Luã Marins, Diretor de Ensino da Inspira Rede de Educadores.
Assim, confira 5 músicas do rock brasileiro que podem ajudar a enriquecer os argumentos e reflexões na redação:
1. Índios – Legião Urbana (1986)
Escrita por Renato Russo, a música vai além do tema literal dos povos indígenas, abordando frustrações, traumas coletivos e contradições da sociedade contemporânea.
“É uma canção simbólica sobre as dores de uma geração e o desencanto com o mundo adulto, que pode enriquecer reflexões sobre identidade, memória e impacto das relações sociais”, explica Luã. Com tom existencial e poético, é uma representação do pensamento da juventude brasileira nos anos 1980, que ainda encontra eco nos dias de hoje.
2. Admirável Chip Novo – Pitty (2003)
A música faz alusão à obra Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e propõe uma reflexão sobre a padronização comportamental e a perda de autonomia em uma sociedade cada vez mais tecnológica. A letra pode ser usada para discutir temas como alienação, fake news, pressão estética e manipulação digital.
3. Comida – Titãs (1987)
Mais do que denunciar a fome literal, a música amplia o debate ao afirmar que as pessoas precisam de arte, cultura, educação e liberdade.
“Quando a música diz que ‘a gente não quer só comida’, ela está apontando para a ideia de que o ser humano precisa de muito mais que o básico para viver com dignidade”, avalia o professor. “É uma excelente referência para defender a importância do acesso à cultura e ao lazer como parte fundamental da qualidade de vida”, completa.
4. Muros e Grades – Zé Ramalho e 14 Bis (1982)
Com a frase marcante “nenhuma teoria vale essa prisão”, a canção critica as estruturas de repressão e as limitações impostas à liberdade individual. Pode ser mencionada em temas que abordam exclusão social, encarceramento em massa, opressão política e resistência civil.
5. Todas as Mulheres do Mundo – Rita Lee (1993)
A canção homenageia a pluralidade de vivências femininas e celebra a liberdade das mulheres em ser quem quiserem. Com leveza e poesia, é uma boa referência para abordar temas ligados ao feminismo, igualdade de gênero e visibilidade das mulheres na sociedade.
“A música reforça que não existe um único jeito de ser mulher. Ao mostrar essas tantas versões possíveis, ela aponta para o direito de cada uma existir sem ser julgada ou limitada. É uma reflexão valiosa para qualquer debate sobre igualdade de gênero”, afirma Luã.
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