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Juliana Gottardi | 24/06/25As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela internet, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior
No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 não caíram questões sobre ditadura militar. Essa é a quarta vez consecutiva que o tema não é cobrado na prova, pois desde 2019 o assunto não aparece.
Nas edições de 2015 a 2018, os quatros anos anteriores à gestão de Jair Bolsonaro, a temática chegou a representar 25% das questões de Brasil República da prova de História do Enem. A informação foi levantada pela Revista Quero com base na plataforma Anglo Analisa, do curso Anglo.
Além disso, outros temas comuns estiveram ausentes. Segundo o professor Marcus Vinícius Morais, da banca de história do Oficina do Estudante, entre os conteúdos importantes que não foram pedidos pelo exame estão: Independência do Brasil, Semana de Arte Moderna e Nazifascismo.
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Além da ditadura militar, outros temas foram deixados de fora da prova ou receberam menos destaque nos últimos anos. “Preservação e Biodiversidade” é um dos assuntos pouco vistos: em 2017, 60% das perguntas da prova de Geografia eram sobre questões ambientais. Enquanto isso, entre 2018 e 2020, a temática apareceu apenas em 2 questões.
O tema “Movimentos Sociais” também foi menos recorrente, em comparação com anos anteriores. Em 2015, o conteúdo representou 20% das questões de Sociologia. Em contrapartida, o assunto não foi abordado em 2019 e teve apenas uma pergunta em 2020.
Vale lembrar que a gestão de Jair Bolsonaro foi marcada por diversas tentativas de interferência na prova. Em 2021, servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que realiza a prova, denunciaram pressão ideológica na formulação das questões do Enem daquele ano. Na época, o então presidente do órgão, Danilo Dupas, negou as acusações
No ano de 2020, uma questão que abordava a diferença salarial entre os jogadores de futebol Neymar e Marta fizeram com que Jair Bolsonaro afirmasse que a prova tem questões “ridículas”.
Já em 2019, o Inep criou uma comissão para analisar as perguntas da prova, com o objetivo de “verificar a pertinência com a realidade social”.
No ano de 2018, em seu primeiro ano de governo, Jair Bolsonaro criticou uma pergunta do Enem que falava sobre o dialeto de gays e travestis (pajubá). Na ocasião, o político disse que na edição seguinte, tentaria ficar por dentro do conteúdo da prova.
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