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Giovana Murça | 20/09/25Conheça os principais tipos de empatia e saiba como usá-los no trabalho para criar um ambiente mais colaborativo e harmonioso
Conheça o Fit for Purpose Framework (F4P), método de adequação ao propósito do cliente para gerar valor nos negócios
Mais do que um jargão em inglês, o Fit for Purpose é uma forma de repensar a maneira como empresas desenham e entregam valor. A ideia do conceito é garantir que cada produto, serviço ou processo realmente atenda ao propósito que motivou a escolha do cliente.
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Essa abordagem permite entender de forma mais clara por que determinadas ofertas prosperam e outras não, além de direcionar ajustes estratégicos com base em dados objetivos.
A tradução literal da expressão “Fit for Purpose” é “adequado ao propósito”. O termo foi desenvolvido por David J. Anderson e Alexei Zheglov no livro “Fit for Purpose: How Modern Businesses Find, Satisfy & Keep Customers”.
A obra apresenta um framework prático para avaliar a adequação das entregas, estabelecer métricas de valor e orientar decisões que impactam diretamente a satisfação e a fidelização do público.
No contexto empresarial, o Fit for Purpose, ou F4P, representa a capacidade de entregar algo que realmente corresponde ao motivo da escolha do cliente. Não basta ter qualidade técnica ou preços competitivos; o valor percebido depende da utilidade no momento certo e para a necessidade certa.
Essa lógica muda a forma de analisar produtos e serviços, pois coloca o propósito como métrica central. Em vez de perguntar apenas “essa solução é boa?”, a questão passa a ser “essa solução cumpre o papel esperado por quem a escolheu?”.
É esse raciocínio que diferencia empresas capazes de gerar satisfação consistente daquelas que acabam frustrando expectativas, mesmo com boas intenções ou investimentos elevados.
O Fit for Purpose pode ser utilizado em diferentes setores, como transporte, varejo online, educação e tecnologia. Em cada um, critérios distintos — preço, rapidez, conforto, prazos ou usabilidade — determinam se a entrega cumpre o propósito do cliente. A essência do conceito está em reconhecer que qualidade não é absoluta, mas depende da adequação às expectativas que motivaram a escolha.
O framework Fit for Purpose foi estruturado por David J. Anderson, conhecido por difundir o método Kanban no ambiente corporativo, em parceria com o consultor empresarial Alexei Zheglov. A proposta surgiu como uma resposta à dificuldade que muitas organizações enfrentam ao avaliar se estão realmente atendendo às demandas do mercado.
Inspirado em práticas de Lean e na lógica do Jobs to Be Done (JTBD) — que analisa as razões pelas quais pessoas “contratam” um produto ou serviço para resolver uma situação —, o modelo estabelece critérios objetivos para identificar se uma entrega é adequada ao propósito declarado pelo cliente.
Ao reunir esses elementos, Anderson e Zheglov criaram um guia prático para segmentar mercados, desenhar ofertas alinhadas às expectativas e tomar decisões de investimento ou descontinuidade de forma mais assertiva.
A abordagem também conecta gestão de portfólio, design de serviços e métricas de valor em uma estrutura única, capaz de orientar tanto grandes corporações quanto negócios em crescimento.
Veja também: O que é Job to Be Done e como inovar com foco no consumidor
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O Fit for Purpose Framework (F4P) reúne práticas que ajudam a identificar se um produto, serviço ou processo realmente corresponde às expectativas do cliente e gera valor concreto para o mercado.
Representado em modelos visuais, o framework coloca o propósito no centro da estratégia e organiza métricas, critérios e mecanismos de feedback para orientar decisões de negócio.
Entre os elementos mais relevantes do F4P estão:
Esses componentes dão às empresas clareza sobre onde investir, o que ajustar e até quando encerrar iniciativas que não entregam valor real.
IMAGEM GRAFICO
No Fit for Purpose, a segmentação deixa de lado apenas fatores demográficos ou perfis de consumo e passa a considerar o motivo que leva alguém a escolher um produto ou serviço. Essa lógica se aproxima da ideia do Jobs to Be Done (JTBD), que parte da pergunta: “Qual trabalho essa solução está sendo contratada para realizar?”.
Com esse olhar, um mesmo produto pode atender a propósitos diferentes. Um aplicativo de transporte, por exemplo, pode ser usado tanto para viagens rápidas em rotinas diárias quanto para trajetos mais longos que exigem conforto extra. Em vez de enxergar apenas “um público de usuários”, o framework identifica segmentos baseados nas intenções por trás da escolha.
Esse tipo de abordagem amplia a capacidade das empresas de ajustar ofertas, criar diferenciais competitivos e alinhar investimentos a necessidades reais, fortalecendo a adequação ao propósito em cada decisão.
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Um dos pilares do framework é o uso de métricas de adequação (fitness criteria), que funcionam como indicadores objetivos para avaliar se uma solução realmente cumpre o papel esperado. Esses critérios podem variar de acordo com o segmento de propósito, mas costumam incluir aspectos como:
Ao transformar percepções subjetivas em indicadores mensuráveis, o modelo permite identificar quando uma empresa está superando expectativas, entregando o mínimo necessário ou falhando em pontos críticos.
Assim, as decisões estratégicas deixam de ser baseadas em “achismos” e começam a se apoiar em dados claros sobre o que realmente importa para o cliente.
O framework Fit for Purpose também se conecta a práticas de gestão de fluxo, como SLA (Service Level Agreement) e classes de serviço. Enquanto os SLAs formalizam prazos e condições de entrega, as classes de serviço ajudam a organizar demandas segundo critérios como urgência, previsibilidade ou valor estratégico.
Esse alinhamento garante que recursos não sejam distribuídos de forma aleatória: uma solicitação crítica recebe prioridade, enquanto atividades menos urgentes seguem um ritmo planejado.
Dessa forma, a empresa consegue equilibrar eficiência operacional com a percepção de valor do cliente, evitando tanto falhas de atendimento quanto o excesso de investimento em aspectos pouco relevantes para o propósito identificado.
Implementar o Fit for Purpose no dia a dia das organizações exige mais do que conhecer o conceito. É preciso transformar a lógica de “adequação ao propósito” em práticas contínuas que guiem decisões e investimentos. Um caminho possível envolve cinco etapas principais:
Esse passo a passo fortalece a cultura de decisão orientada a dados e ajuda a empresa a alinhar suas ofertas a propósitos claros, aumentando a satisfação e a fidelização de clientes.
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