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Universidades

A importância da leitura para aprender a usar melhor o seu celular

por Adriana Nakamura em 02/05/18 2,2 mil visualizações

Recentemente, meu pai quis fazer uma surpresa para minha mãe e comprou-lhe um celular, exatamente o modelo que ela queria, não pelas funcionalidades, mas pelo design moderno e pela tela grande, ótima para ver fotos.

O celular, de última geração, no entanto passou a ser um problema na vida da minha mãe, uma senhora de 61 anos de idade.

“Filha, tudo em que eu clico aparece uma janelinha perguntando se eu aceito fazer isso ou aquilo. Eu tenho medo de clicar e fazer algo errado”, disse ela. “Mãe, é só ler o que está escrito”, eu respondi. E ela concluiu: “eu leio, mas não entendo”.

O analfabetismo funcional está muito mais presente na nossa sociedade do que muitos podem imaginar. O Instituto Paulo Montenegro, em estudo realizado em parceria com a ONG Ação Educativa, divulgado em 2016, identificou que 27% dos mais de 2 mil brasileiros com idades entre 15 e 64 anos que participaram da pesquisa eram analfabetos funcionais, ou seja, não conseguiam realizar tarefas simples que envolvessem leitura de palavras e frases. Apenas 8% dos participantes foram considerados proficientes.

Lute é chargista de opinião do jornal Hoje em Dia

Assim, não é de se espantar que a interpretação de textos e a habilidade de desenvolver redações dissertativas-argumentativas, como aquelas que são cobradas em provas como vestibulares e Enem, seja uma das maiores barreiras para que estudantes conquistem vagas no Ensino Superior público no Brasil. O fato de a matéria “5 possíveis temas de Redação do Enem 2018” ser a terceira publicação mais acessada da Revista Quero retrata a necessidade do público vestibulando de se preparar para a prática da escrita e interpretação dos textos de apoio.

Uma das formas de melhorar as taxas de alfabetização funcional é o incentivo à leitura. O Instituto Pró-Livro defende que “a leitura seja a principal ferramenta para melhorar a qualidade da educação e para construir um país que ocupe os primeiros lugares quando se avalia educação e desenvolvimento humano”. No entanto, relatório divulgado em fevereiro de 2018 pelo Banco Mundial revelou que o Brasil levará 260 anos para chegar ao nível de leitura de países desenvolvidos.

O levantamento Retratos da Leitura no Brasil (2016), encomendado ao Ibope Inteligência pelo Instituto Pró-Livro, estimou que 44% da população brasileira com cinco anos ou mais é considerada não leitora, ou seja, declarou não ter lido nenhum livro nos três meses anteriores à pesquisa.


Não se pode ignorar, ainda, a importância da escola no processo de alfabetização. Em artigo escrito para o Estadão, a atual presidente-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz, afirma que o grande desafio educacional do início do século 21 é “garantir a todos a alfabetização plena, pré-requisito para a garantia do aprendizado ao longo de toda a vida escolar de crianças e jovens”. Para isso, Priscila defende que “é preciso atrair os melhores professores para essa etapa do ensino [Educação Infantil], os mais experientes e mais bem preparados para trabalhar com as crianças que cursam os anos iniciais. As faculdades de Educação precisam ser reformuladas, colocando o foco na aprendizagem dos futuros alunos de seus alunos”.

Mas o que isso tem a ver com o seu celular? Tem tudo a ver! O analfabetismo funcional, fruto da má qualidade da educação básica no Brasil e do infeliz hábito de leitura de grande parte da nossa população, é o primeiro passo para a exclusão digital. A pesquisa do Instituto Pró-Livro mostrou que a proporção de pessoas consideradas leitoras que são usuárias de internet é relativamente superior à proporção de usuários de internet na população em geral (81% e 63%, respectivamente). Embora esse dado tenha outras influências relevantes, como o acesso à educação, a computadores e smartphones e à banda larga, a conclusão final a que se pode chegar é de que quem lê mais também acessa mais a internet.

Assim, a partir de uma boa educação de base que possibilite a inclusão digital, a prática da leitura é o próximo passo essencial para o exercício da interpretação de textos, estejam eles em ambientes físicos ou digitais, sejam eles os de um livro, de um jornal, do enunciado de uma prova, de um manual de instruções ou das funções do seu celular.

A dobradinha leitura e inclusão digital cria um círculo virtuoso de acesso a melhores oportunidades. Pessoas capazes de interpretar textos plenamente e que têm acesso à internet aproveitam a navegação qualitativamente melhor e, assim, têm também mais oportunidades de fazer cursos online, inclusive superiores.


Segundo o último Censo da Educação, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quase 2 milhões de brasileiros se inscreveram em cursos superiores a distância em 2016 (último dado disponível). Quase 25% a mais do que no ano anterior. O menor custo de implantação do EaD para as faculdades permite oferecer educação a mais pessoas por um preço mais baixo em relação ao curso presencial, democratizando o acesso à educação superior, independentemente da localização geográfica do aluno. “Hoje um estudante de Toledo (interior do Estado do Paraná), por exemplo, pode escolher entre 160 opções de cursos de graduação, em dez instituições de ensino diferentes, pagando menos de R$ 300 por mês com bolsa de estudo. Isso acontece em praticamente todo o País. E o diploma de quem se forma num curso a distância é exatamente o mesmo do aluno formado presencialmente”, afirmou Pedro Balerine, diretor de Inteligência do Quero Bolsa, em entrevista à Revista Quero em janeiro deste ano.

No entanto, para que se alcance o aproveitamento adequado de um curso superior à distância é essencial a inclusão digital, que só é plenamente possível às pessoas funcionalmente alfabetizadas. E a alfabetização funcional se alcança com leitura.


Em maio se dá o período de inscrições para o Enem 2018, e o exame será tema de grande parte das matérias da Revista Quero neste mês. Por isso, fique atento às notícias e leia, leia muito: jornais, revistas, livros de ficção e não ficção, religiosos ou de autoajuda. Leia o que você gosta. Prepare-se para os temas relacionados à atualidade e procure fazer uma leitura profunda do conteúdo, relacionando os temas com fatos históricos, geográficos e do seu cotidiano. Pense durante a leitura, exercite o raciocínio lógico e o lúdico, amplifique sua imaginação. Preencha o seu cérebro com informação e conteúdo bem escrito. Tudo isso vai te ajudar no Enem, nos vestibulares e, principalmente, no seu dia a dia. A vida exige interpretações, e a leitura nos ajuda a traduzir as mensagens que estão em todo lugar, inclusive no seu celular.

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