
Liderança situacional: entenda o valor de um líder adaptável
Giovana Murça | 12/07/25Descubra como a liderança situacional se adapta ao perfil da equipe e melhora a gestão de pessoas nas empresas
Descubra como a liderança situacional se adapta ao perfil da equipe e melhora a gestão de pessoas nas empresas
Ao longo dos anos, diversos estilos de liderança foram estudados na tentativa de identificar o mais eficiente dentro das organizações. A Teoria da Liderança Situacional, desenvolvida na década de 1960, apresentou uma resposta pragmática: não existe um único modelo ideal.
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A proposta central da teoria é que o comportamento do líder deve variar conforme o nível de maturidade dos liderados, levando em conta aspectos como competência, motivação e autonomia.
Esse modelo se destaca por valorizar a adaptabilidade e colocar os colaboradores no centro da tomada de decisão gerencial. Mais do que um conceito, a liderança situacional se tornou uma abordagem prática que impacta no engajamento das equipes e na eficácia na gestão de pessoas.
Neste artigo, conheça mais sobre a liderança situacional, uma teoria que se consolidou como uma das principais referências em gestão contemporânea.
A Teoria da Liderança Situacional foi apresentada por Paul Hersey, especialista em comportamento organizacional, e Kenneth Blanchard, autor e consultor em gestão. A proposta surgiu na década de 1960 como alternativa aos modelos tradicionais que tratavam a liderança como um estilo fixo.
Ao observar diferentes contextos corporativos, os autores perceberam que a eficácia de uma liderança dependia mais da capacidade de adaptação do que de um comportamento único e constante.
O diferencial dessa teoria está no foco: o ponto de partida não é o líder, mas sim os liderados. A ideia é que o comportamento do gestor deve se ajustar de acordo com o nível de prontidão da equipe. Em vez de aplicar um modelo padronizado, a liderança situacional sugere a escolha do estilo mais adequado para o momento e para o perfil do grupo.
Esse estilo de liderança mais flexível se mostrou muito eficiente em cenários de mudança, onde equipes enfrentam novos desafios, assumem novas funções ou passam por processos de transformação interna.
Na liderança situacional, os colaboradores são classificados de acordo com seu nível de maturidade profissional, que envolve a combinação entre competência técnica e engajamento com a tarefa. Essa avaliação permite ao líder identificar o estilo de condução mais adequado para cada situação.
Os níveis de maturidade dos liderados são divididos em quatro estágios:
Identificar corretamente esses níveis é essencial para que o líder adote um comportamento coerente e proporcione um ambiente propício ao desenvolvimento e à entrega de resultados.
A partir da análise do nível de maturidade dos liderados, a liderança situacional propõe quatro estilos que variam em grau de direção e apoio oferecidos:
Esses estilos não são estáticos. Um mesmo colaborador pode evoluir entre eles conforme o contexto ou as tarefas atribuídas. Por isso, o papel do líder envolve diagnóstico contínuo e sensibilidade para adaptar sua conduta.
Por exemplo, em uma área comercial, pode ser necessário adotar um estilo mais diretivo com novos colaboradores. Já em equipes experientes, mas desmotivadas, o foco pode estar no apoio e escuta ativa.
Em contextos de alta autonomia, como projetos de inovação, o estilo delegador se mostra mais eficaz. A escolha do comportamento do líder é sempre orientada pelas necessidades concretas dos liderados.
A liderança situacional se apoia em princípios que favorecem ambientes colaborativos, adaptáveis e com foco no desenvolvimento de pessoas. Entre as principais características desse modelo, destaca-se a flexibilidade do líder, que ajusta sua atuação conforme o perfil e a necessidade da equipe.
Outro ponto central é a capacidade de diagnóstico, ou seja, a habilidade de perceber em que estágio de maturidade está cada colaborador para então aplicar o estilo de liderança mais coerente. Isso exige escuta ativa, observação constante e sensibilidade emocional.
A comunicação também exerce um papel essencial. Líderes situacionais adotam uma postura clara, objetiva e ao mesmo tempo empática, promovendo diálogo constante com seus liderados. Esse tipo de abordagem ajuda a criar relacionamentos de confiança, fortalece o senso de propósito coletivo e impacta positivamente o clima organizacional.
Além disso, esse modelo valoriza a autonomia progressiva, já que o objetivo final é preparar os membros da equipe para atuar com independência e segurança, estimulando engajamento e protagonismo no dia a dia.
A adoção da liderança situacional pode trazer impactos significativos para a dinâmica interna de empresas de diferentes portes e setores, melhorando o desempenho individual e coletivo.
Entre os principais benefícios, destaca-se o aumento do engajamento. Quando os colaboradores percebem que estão sendo conduzidos de acordo com suas reais necessidades, tendem a se sentir mais valorizados e motivados. Isso favorece um ambiente de confiança, onde o diálogo e a troca são estimulados.
Outra vantagem é a redução de conflitos e ruídos de comunicação. Ao ajustar o nível de direção e suporte oferecido, o líder evita excessos de cobrança ou abandono, o que contribui para relações mais equilibradas.
O modelo situacional também ajuda a promover uma liderança humanizada, que respeita as diferenças individuais e reconhece que cada pessoa pode ter um ritmo e um processo distintos de evolução. Essa abordagem ajuda na retenção de talentos, fortalece a cultura organizacional e amplia a vantagem competitiva da empresa.
Os quatro estilos propostos pela liderança situacional — Direção, Treinamento, Apoio e Delegação — não são apenas categorias conceituais. Na prática, cada um desses tipos impacta diretamente a forma como as equipes se desenvolvem, tomam decisões e entregam resultados.
O impacto de cada estilo varia conforme o perfil da equipe e o momento do negócio. O sucesso está na capacidade do líder de transitar entre eles de forma estratégica, favorecendo o crescimento contínuo das pessoas e dos resultados.
Entenda melhor como é o líder de cada estilo:
Quando o líder atua de forma diretiva (S1), ele assume o controle da situação e oferece instruções claras, o que é essencial para profissionais que ainda estão em fase de adaptação.
Esse estilo de liderança tende a gerar mais agilidade e organização em contextos com prazos curtos ou tarefas padronizadas, mas pode ser percebido como autoritário se usado em excesso.
O estilo treinador (S2) combina direcionamento com incentivo, funcionando bem em situações onde há potencial, mas ainda falta confiança ou experiência. Ele favorece o aprendizado e fortalece o vínculo entre líder e liderado.
O estilo apoio (S3) traz um tom mais colaborativo. Aqui, o líder atua como facilitador, ouvindo, acolhendo ideias e ajudando a remover barreiras. Isso estimula o senso de pertencimento e a motivação da equipe.
O tipo delegador (S4) é caracterizado por uma postura mais distante, mas ainda presente. Indicado para profissionais maduros e autônomos, esse modelo aumenta a produtividade e demonstra confiança nos liderados, gerando senso de responsabilidade e proatividade.
A liderança situacional se destaca pela flexibilidade e adaptação ao contexto. Enquanto outros estilos mantêm uma abordagem fixa, o modelo situacional ajusta a forma de condução conforme o nível de preparo e motivação da equipe. Veja como ela se diferencia:
A implementação da liderança situacional começa com um olhar atento sobre a equipe. O primeiro passo é diagnosticar o nível de maturidade de cada colaborador, identificando o quanto essa pessoa domina determinada tarefa e o quanto está disposta a executá-la. Esse mapeamento permite ao gestor escolher o estilo de liderança mais adequado.
A partir disso, o líder pode seguir alguns caminhos:
Aplicar a liderança situacional com eficácia exige mais do que conhecimento técnico ou domínio de métodos. É preciso desenvolver habilidades emocionais para lidar com diferentes perfis, necessidades e comportamentos dentro da equipe.
A inteligência emocional é um pilar essencial para a liderança situacional. Ela permite que o gestor identifique comportamentos, reconheça necessidades emocionais e adapte sua abordagem com empatia e equilíbrio.
Essa habilidade fortalece a comunicação, melhora o relacionamento com a equipe e potencializa a escolha do estilo de liderança mais eficaz para cada situação.
Além de conduzir tarefas, o líder situacional atua como facilitador do crescimento profissional dentro da equipe, pois contribui para o fortalecimento da autonomia, da autoconfiança e do engajamento.
Essa postura transforma o ambiente de trabalho em um espaço de aprendizado contínuo. Cada interação se torna uma oportunidade para identificar potencialidades, corrigir rotas e estimular o protagonismo.
Empresas que investem nesse tipo de liderança colhem resultados não só em produtividade, mas também em retenção de talentos, clima organizacional e alinhamento com a cultura interna.
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