
Como funciona a escala 12×36 e o que mudou com a Reforma Trabalhista
Giovana Murça | 09/07/25Saiba o que é a escala 12×36, o que mudou na legislação e quais são os impactos dessa jornada nos direitos, salário e descanso do trabalhador
Entenda o conceito de escuta ativa, seus benefícios no ambiente corporativo e veja 6 técnicas para colocá-la em prática
Num ambiente corporativo marcado por prazos, metas e interações constantes, a habilidade de escutar com atenção genuína — a chamada escuta ativa — se torna cada vez mais valiosa.
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Mais do que ouvir palavras, escutar ativamente envolve interpretar emoções, identificar intenções e criar conexões verdadeiras. Trata-se de uma competência essencial para relações profissionais mais colaborativas, empáticas e produtivas.
Nesse contexto, a escuta ativa é uma ferramenta estratégica. Ao ser incorporada na rotina de equipes, lideranças e profissionais de diferentes áreas, contribui diretamente para a redução de ruídos na comunicação, o fortalecimento dos vínculos interpessoais e a construção de uma cultura organizacional mais saudável.
A escuta ativa é uma prática de atenção plena durante o ato de ouvir. Ela vai além da audição passiva: exige envolvimento emocional, disposição para compreender o ponto de vista do outro e ausência de julgamentos.
Essa escuta é considerada uma habilidade interpessoal fundamental e base para o desenvolvimento de outras competências socioemocionais, como empatia e inteligência emocional.
O termo se popularizou com base nos estudos do psicólogo Carl Rogers, mas foi profundamente estruturado por Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não Violenta (CNV). Nesse modelo, escutar ativamente significa acolher com presença, sem pressa de responder ou corrigir, focando no entendimento antes da reação.
A CNV propõe um caminho prático para desenvolver a escuta ativa a partir de quatro elementos: observação, sentimento, necessidade e pedido. Essa abordagem busca interromper padrões automáticos de julgamento, criando espaço para escutar com empatia e responder com autenticidade.
Ao ser aplicada em contextos profissionais — especialmente em áreas como atendimento, RH e liderança — a CNV ajuda a evitar conflitos desnecessários e contribui para diálogos mais construtivos.
O ato de ouvir é fisiológico, mas escutar é intencional. No ambiente de trabalho, essa distinção é muito importante. Isso porque muitos conflitos se iniciam por falhas de escuta — não por falta de informação, mas por ausência de atenção ao que foi dito e ao que ficou subentendido.
Escutar ativamente requer desacelerar, fazer pausas, observar a linguagem corporal e demonstrar interesse real. Pequenos gestos, como acenar com a cabeça ou reformular o que foi dito, mostram que há presença e acolhimento, elementos centrais na construção de um diálogo saudável.
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Empresas que incentivam uma comunicação mais consciente e empática colhem resultados não apenas nas relações interpessoais, mas também em indicadores de performance. A escuta ativa melhora o clima organizacional, fortalece os vínculos entre equipes e impulsiona a resolução de conflitos com mais agilidade.
Além disso, ela colabora para a construção de ambientes mais inclusivos, em que diferentes opiniões são ouvidas e respeitadas. A consequência direta da implementação da escuta ativa é uma cultura baseada em confiança, colaboração e autonomia.
A escuta ativa sustenta o que se chama de comunicação empática: uma troca baseada em acolhimento e respeito mútuo. Isso favorece não só as relações entre pares, mas também entre líderes e liderados, criando um espaço mais seguro para opiniões e sugestões.
Quando há escuta real, aumenta-se a disposição para cooperação. Com o tempo, isso gera um ambiente de confiança mútua, no qual as pessoas se sentem confortáveis para se expressar, propor ideias ou admitir dificuldades.
Um dos benefícios mais visíveis da escuta ativa no trabalho é a redução de mal-entendidos. Ao evitar interpretações precipitadas e julgamentos automáticos, ela ajuda na prevenção de atritos. Mesmo quando há discordâncias, o diálogo se torna mais produtivo.
Outro ganho relevante está na qualidade dos feedbacks. Escutar com atenção antes de responder permite construir devolutivas mais coerentes, respeitosas e eficazes. Isso fortalece o desenvolvimento individual e melhora o desempenho das equipes de forma contínua.
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A escuta ativa pode — e deve — ser desenvolvida com treino. Apesar de parecer algo natural, ela exige intenção, atenção plena e prática constante. Incorporar essa habilidade no dia a dia de trabalho exige adotar atitudes que ajudam a qualificar as interações e promover trocas mais equilibradas.
Líderes, profissionais de RH e membros de equipe que investem na escuta ativa fortalecem sua comunicação e criam ambientes mais receptivos. O primeiro passo é reconhecer que ouvir bem é uma decisão, não uma reação automática.
Existem diversas técnicas que ajudam a transformar a escuta em um processo ativo e empático. Confira algumas das mais eficazes:
Apesar dos benefícios, alguns fatores podem dificultar a prática da escuta ativa nas organizações. Reconhecer essas barreiras é o primeiro passo para superá-las. Alguns pequenos ajustes já podem fazer muita diferença, como silenciar notificações, desligar o celular em conversas importantes ou fazer perguntas antes de responder.
Entre os principais desafios estão:
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No contexto corporativo, a escuta ativa ultrapassa o campo das habilidades individuais. Quando integrada à cultura organizacional, torna-se uma ferramenta poderosa de gestão de pessoas, alinhamento de expectativas e desenvolvimento de talentos. É também um diferencial competitivo para lideranças e áreas de Recursos Humanos que buscam engajar, motivar e reter profissionais.
As organizações que cultivam a escuta atenta conseguem identificar sinais de desmotivação, captar ideias inovadoras e construir ambientes de maior colaboração. Por isso, a prática contínua da escuta ativa ajuda a antecipar conflitos, adaptar processos e personalizar estratégias de desenvolvimento humano.
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A escuta ativa é um dos pilares da liderança empática — modelo cada vez mais valorizado em empresas que prezam por relações mais horizontais e humanizadas. Líderes que escutam com presença e abertura fortalecem o vínculo com suas equipes e criam espaços mais acolhedores para diálogo, aprendizado e inovação.
Essa prática não significa abdicar de posicionamentos ou decisões difíceis. Na verdade, se trata de entender o contexto do outro antes de agir, acolher visões diferentes e demonstrar que cada pessoa é ouvida e respeitada.
No RH, a escuta ativa qualifica etapas importantes da jornada do colaborador, desde o recrutamento até o desligamento. Em entrevistas, por exemplo, escutar com atenção permite identificar valores, motivações e potenciais aderências culturais com mais clareza.
Durante o onboarding e a avaliação de desempenho, a escuta ativa ajuda a captar feedbacks mais honestos, detectar desafios ocultos e ajustar processos de forma mais precisa.
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A escuta ativa está no centro do desenvolvimento de diversas competências comportamentais essenciais para a atuação profissional nos dias atuais. Habilidades como empatia, comunicação não violenta, colaboração e inteligência emocional se fortalecem a partir da escuta qualificada.
Em treinamentos de soft skills, a escuta ativa costuma ser uma das primeiras competências abordadas. Isso porque escutar com qualidade amplia o repertório emocional, estimula o pensamento crítico e melhora a capacidade de resolução de conflitos.
Profissionais que escutam bem se comunicam melhor, tomam decisões mais assertivas e se relacionam com mais confiança. Além disso, investir nessa competência reduz a necessidade de retrabalho e reforça uma cultura de aprendizado contínuo.
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