
DISC: conheça os 4 perfis e como aplicar nas empresas
Lucas Loconte | 03/07/25Entenda o que é DISC, como funciona o teste e como usar os perfis para desenvolver equipes e lideranças.
Entenda o que é onboarding, por que é estratégico e como aplicá-lo de forma eficiente na jornada do colaborador.
O termo onboarding, cada vez mais presente no vocabulário das empresas, vai muito além do primeiro dia de trabalho. Trata-se de um processo estruturado que acompanha as primeiras etapas da jornada de uma pessoa recém-contratada, com o objetivo de promover adaptação, engajamento e produtividade desde o início da experiência profissional.
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A forma como esse processo é conduzido impacta diretamente a retenção de talentos, o alinhamento com a cultura organizacional e a performance a médio e longo prazo.
Por isso, entender o que é onboarding, como ele funciona na prática e quais são suas etapas fundamentais é essencial para qualquer empresa que deseja crescer de forma sustentável — e para profissionais que buscam ambientes mais acolhedores e eficazes.
Onboarding é o nome dado ao conjunto de ações planejadas para recepcionar, integrar e preparar novas pessoas colaboradoras em uma organização. O termo vem do inglês to board, que remete à entrada em um navio ou avião — uma metáfora que traduz bem a ideia de embarcar em uma nova jornada profissional.
Diferente de um treinamento pontual, o onboarding envolve dimensões práticas, emocionais e culturais. Inclui desde o envio de materiais antes do primeiro dia até encontros periódicos nas primeiras semanas ou meses. Um bom programa de onboarding ajuda a criar senso de pertencimento, reduz a curva de aprendizado e fortalece os vínculos entre áreas e equipes.
Atualmente, o processo vem sendo dividido em três fases principais: pré-onboarding (antes do início formal do trabalho), integração inicial (primeiros dias e semanas) e continuidade da jornada (com acompanhamento até 90 dias ou mais). Cada uma dessas etapas cumpre um papel específico na construção de uma experiência positiva e estratégica para quem chega.
O pré-onboarding é o conjunto de ações realizadas após a contratação e antes do primeiro dia de trabalho. Essa etapa costuma incluir o envio de documentos, orientações práticas, kits de boas-vindas (físicos ou digitais), além de comunicações que antecipam o que está por vir.
Mais do que resolver pendências administrativas, o pré-onboarding cria um primeiro vínculo com a nova pessoa contratada. Demonstrar atenção aos detalhes, oferecer suporte e apresentar informações com clareza ajuda a diminuir a ansiedade e aumentar a confiança antes mesmo do início oficial.
Empresas que investem nessa fase têm maiores chances de garantir uma chegada mais tranquila, com menos dúvidas e maior disposição para o engajamento. Algumas plataformas especializadas em integração de talentos já oferecem soluções automatizadas para esse momento, personalizando mensagens e cronogramas de acordo com a área e o perfil profissional.
A chegada ao novo ambiente é marcada por diversas descobertas: dinâmicas de equipe, ferramentas de trabalho, rituais, linguagem e cultura organizacional. O onboarding formal e cultural tem o papel de tornar essa transição mais fluida, garantindo que a pessoa recém-chegada entenda não apenas o que precisa fazer, mas como e por que aquilo é feito daquela forma.
Nesse estágio, é comum haver apresentações institucionais, encontros com lideranças, reuniões com diferentes áreas e a distribuição de materiais explicativos. Em algumas empresas, esse momento também envolve a designação de um mentor ou colega de apoio, o chamado buddy, que acompanha de perto os primeiros passos da pessoa contratada.
Mais do que repassar regras e valores, essa fase busca criar conexões reais. Quando bem conduzida, fortalece o sentimento de pertencimento e ajuda a construir uma experiência positiva logo no início — o que pode fazer toda a diferença para a retenção de talentos.
Encerrar o onboarding na primeira semana é um erro comum. A adaptação plena a um novo ambiente costuma levar semanas ou até meses, especialmente em cargos de liderança ou posições técnicas. Por isso, o acompanhamento ao longo dos primeiros 30, 60 e 90 dias é fundamental.
Essa etapa pós-inicial permite avaliar o progresso da pessoa recém-contratada, oferecer feedbacks estruturados, ajustar expectativas e identificar possíveis dificuldades. Algumas empresas também aproveitam esse período para sugerir trilhas de desenvolvimento ou cursos de aperfeiçoamento, reforçando o compromisso com o crescimento profissional desde o começo.
Integrar essa fase ao planejamento estratégico de Recursos Humanos contribui para uma jornada mais sólida e duradoura. O onboarding deixa, então, de ser um evento pontual e passa a ser encarado como parte de uma cultura organizacional que valoriza pessoas e potencializa resultados.
Criar um processo de onboarding estruturado traz benefícios concretos para empresas de todos os tamanhos. Muito além de um gesto de boas-vindas, essa prática tem impacto direto na produtividade, na satisfação de quem chega e na capacidade da organização de reter talentos ao longo do tempo.
Dados de mercado apontam que colaboradores que passam por um bom onboarding têm 70% mais chances de se manter em seus cargos por até três anos. Além disso, empresas com programas de integração bem planejados registram níveis mais altos de engajamento e desempenho nos primeiros meses. Esses resultados não são coincidência: são fruto de uma experiência de entrada bem desenhada.
Um dos maiores desafios das empresas hoje é manter os talentos por mais tempo. Altas taxas de rotatividade geram custos operacionais e prejudicam o clima organizacional. O onboarding funciona como uma primeira camada de retenção, ajudando novas pessoas a se sentirem acolhidas, respeitadas e preparadas para suas funções.
A integração cuidadosa contribui para que expectativas sejam alinhadas logo no início. Com isso, diminuem as chances de frustração e aumenta a probabilidade de que a relação profissional evolua de forma saudável. A conexão estabelecida nas primeiras semanas tende a influenciar a decisão de permanecer ou não na empresa.
A forma como os primeiros dias são conduzidos afeta diretamente o engajamento. Quando há clareza, suporte e conexão humana, a adaptação ocorre de forma mais natural — e isso se reflete na entrega de resultados.
Além da performance, o onboarding fortalece a chamada experiência do colaborador, conceito que reúne percepções subjetivas sobre o ambiente de trabalho, as relações interpessoais e as oportunidades de crescimento. Construir uma boa impressão inicial é essencial para que a jornada profissional comece com confiança e motivação.
Para que o processo de onboarding possa evoluir ao longo do tempo, é importante estabelecer indicadores de sucesso. Entre os principais estão:
Acompanhar esses dados permite identificar pontos de melhoria, ajustar a estratégia e tornar o onboarding uma ferramenta viva, que se adapta às necessidades do negócio e das pessoas.
Embora cada empresa tenha suas particularidades, algumas etapas são comuns aos programas de onboarding mais eficazes. Estruturar esse processo com começo, meio e continuidade ajuda a garantir consistência e resultados ao longo do tempo. A seguir, estão os principais marcos que costumam compor um bom plano de integração.
Antes de qualquer contato com a nova pessoa contratada, é fundamental que as equipes internas estejam preparadas para recebê-la. Isso inclui definir cronogramas, responsabilidades, materiais necessários e canais de comunicação. Alinhar expectativas entre o time de Recursos Humanos, lideranças e demais áreas envolvidas garante que o processo ocorra de forma coordenada.
Nesse estágio, também se estabelece o tom da experiência: quais valores se deseja transmitir, quais comportamentos serão incentivados e como a cultura organizacional será apresentada. O planejamento é o alicerce que sustenta todo o resto.
O início oficial é um dos momentos mais delicados da jornada de onboarding. Pequenos gestos — como um kit de boas-vindas, uma mensagem da equipe ou uma reunião de recepção — podem causar uma impressão duradoura.
Do ponto de vista prático, essa etapa costuma envolver o acesso aos sistemas da empresa, a entrega de crachás e equipamentos, e as primeiras orientações sobre rotinas e fluxos de trabalho. Quando tudo funciona de forma simples e acolhedora, a confiança se estabelece com mais rapidez.
Após os ritos iniciais, começa o período de adaptação mais intenso. É aqui que treinamentos técnicos e comportamentais ganham espaço, assim como atividades práticas com a equipe e reuniões de acompanhamento com lideranças diretas.
Muitas empresas optam por implementar programas de mentoria ou designar um colega mais experiente para atuar como ponto de apoio. Essa relação favorece a troca de conhecimentos e ajuda a esclarecer dúvidas com mais agilidade, além de fortalecer vínculos dentro da equipe.
O onboarding não precisa (e não deve) terminar após as primeiras semanas. O ideal é que a pessoa recém-chegada seja acompanhada até atingir estabilidade nas entregas, conforto na equipe e clareza sobre seu papel dentro da organização.
Check-ins periódicos, conversas de alinhamento, ajustes no escopo e até mesmo novos ciclos de aprendizado fazem parte desse período de consolidação. Ao pensar no onboarding como um processo de médio prazo, a empresa amplia as chances de criar uma jornada de trabalho mais sustentável e significativa.
O cenário corporativo vem mudando rapidamente, e o onboarding também acompanha essa evolução. Em 2025, a tendência é que as empresas adotem abordagens mais personalizadas, com apoio de tecnologia e maior atenção à diversidade, ao bem-estar e à experiência humana. O foco não está mais apenas na adaptação técnica, mas na construção de conexões significativas desde o primeiro contato.
Com o avanço da inteligência artificial, surgem novas formas de tornar o onboarding mais eficiente e sob medida. Plataformas especializadas já oferecem experiências customizadas para cada perfil de colaborador, com base em dados como função, área de atuação, localização e objetivos profissionais.
Essas soluções permitem criar trilhas de integração mais relevantes, adaptadas ao ritmo de aprendizagem e às necessidades individuais. O resultado é uma jornada mais fluida, com menos ruídos e mais aderência à cultura da empresa.
Automatizar tarefas operacionais reduz o tempo gasto com burocracias e melhora a experiência de quem está chegando. Ferramentas de automação — como chatbots para dúvidas frequentes, sistemas de workflow e checklists interativos — agilizam a entrada de novos colaboradores e permitem que o time de RH se concentre no acompanhamento mais estratégico.
O uso de recursos digitais também facilita o onboarding em modelos híbridos e remotos, oferecendo acesso rápido a materiais, apresentações e treinamentos em qualquer lugar.
À medida que o trabalho remoto e os modelos flexíveis ganham força, cresce também a importância de ações que criem proximidade e engajamento, mesmo à distância. Em 2025, o onboarding ganha uma dimensão mais relacional, com atividades que reforçam os vínculos com a equipe e com os valores da empresa.
Happy hours virtuais, cafés de boas-vindas, grupos de afinidade e mentorias cruzadas são estratégias cada vez mais adotadas para facilitar a criação de laços. Esses momentos fortalecem a cultura organizacional e ajudam a reduzir o sentimento de isolamento em ambientes híbridos.
Outro ponto essencial nas novas abordagens de onboarding é a preocupação com a inclusão. Adaptar materiais e comunicações para públicos diversos — respeitando diferenças de idioma, gênero, acessibilidade e origem cultural — é um passo importante para construir ambientes mais seguros e acolhedores.
Além disso, cresce o número de empresas que incorporam temas como saúde mental, equilíbrio emocional e qualidade de vida já nos primeiros treinamentos. Iniciar a jornada com esse tipo de cuidado sinaliza respeito e compromisso com o bem-estar de todos.
Um programa de onboarding eficaz depende tanto do que é feito quanto do que é evitado. Pequenas decisões no início da jornada podem influenciar diretamente a percepção de quem chega. A seguir, estão algumas diretrizes que ajudam a estruturar processos mais consistentes, além de armadilhas que costumam comprometer a experiência de integração.
Entre as estratégias mais valorizadas por empresas que obtêm bons resultados com onboarding, estão:
Empresas que aplicam essas práticas tendem a criar ambientes mais receptivos, com maior engajamento logo no início da jornada profissional.
Mesmo com boa intenção, alguns erros ainda são frequentes. Entre os principais, estão:
Evitar essas falhas contribui para que o onboarding cumpra seu papel estratégico e seja lembrado como um início positivo — e não apenas como uma formalidade.
A tecnologia tem ampliado as possibilidades de oferecer experiências de onboarding mais estruturadas, escaláveis e personalizadas. O uso de plataformas especializadas e recursos digitais ajuda a tornar o processo mais ágil, além de permitir um acompanhamento mais preciso da evolução de quem chega à empresa.
Soluções específicas para onboarding vêm ganhando espaço no mercado. Elas reúnem recursos como checklists interativos, trilhas de aprendizagem, gamificação, envio de documentos e canais de comunicação com a equipe. Algumas ainda integram pesquisas de clima, indicadores de desempenho e conteúdos de boas-vindas em formato multimídia.
Essas plataformas permitem que o processo seja padronizado sem perder flexibilidade, facilitando a adaptação de novas pessoas em diferentes áreas e níveis hierárquicos. Além disso, ajudam o time de RH a acompanhar em tempo real o andamento de cada etapa, com dados consolidados e relatórios customizáveis.
A aplicação de tecnologias como inteligência artificial (IA), realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) está começando a transformar a forma como o onboarding é conduzido em empresas mais inovadoras.
Com a IA, é possível criar experiências interativas baseadas no perfil de cada colaborador, recomendando conteúdos relevantes e ajustando o ritmo da jornada. Já a RA e a RV oferecem simulações imersivas que ajudam na ambientação de espaços físicos, na compreensão de processos complexos e no treinamento de situações reais do dia a dia de trabalho.
Embora ainda não sejam amplamente adotadas, essas soluções indicam caminhos promissores para a criação de experiências mais envolventes e memoráveis.
Integrar o onboarding a outras ferramentas da empresa — como sistemas de gestão de pessoas, plataformas de recrutamento, ERPs e CRMs — facilita o fluxo de informações e reduz retrabalho.
Além de acelerar processos como concessão de acessos, entrega de equipamentos e preenchimento de dados cadastrais, essa integração garante mais segurança e fluidez na troca de informações entre áreas. Quando bem implementada, essa conexão entre sistemas ajuda a transformar o onboarding em parte natural da rotina corporativa, e não em uma ação isolada.
À medida que o ambiente corporativo se torna mais complexo e diverso, cresce a necessidade de pensar o onboarding não apenas como um processo funcional, mas como uma experiência completa. Colocar as pessoas no centro da integração significa considerar seus sentimentos, histórias e expectativas desde o primeiro contato com a organização.
Esse olhar mais cuidadoso contribui para uma adaptação mais fluida e fortalece a percepção de que o trabalho pode ser também um espaço de acolhimento e desenvolvimento pessoal.
A maneira como uma pessoa é recebida impacta diretamente a relação que ela vai construir com o trabalho. Desde o primeiro e-mail de boas-vindas até o momento em que conhece os colegas e entende seu papel, cada interação conta para formar a chamada “primeira impressão profissional”.
Criar rituais de entrada, oferecer suporte emocional, facilitar conexões e demonstrar atenção aos detalhes são atitudes que geram segurança e confiança logo nos primeiros dias. Um onboarding bem conduzido ajuda a construir uma relação mais sólida entre o indivíduo e a empresa.
Mais do que entender tarefas e responsabilidades, quem chega a um novo ambiente de trabalho busca compreender o impacto do que faz. Conectar o trabalho diário com os valores e objetivos maiores da organização é uma das formas mais eficazes de promover engajamento.
Incluir essa dimensão no onboarding — seja em conversas com lideranças, seja na apresentação de cases e histórias da empresa — estimula o sentimento de pertencimento e reforça o valor de cada contribuição individual.
Um programa de onboarding eficaz também precisa ser sensível às diferenças. Isso significa adaptar linguagem, formatos e conteúdos para públicos diversos, além de evitar suposições sobre quem está chegando.
A criação de materiais acessíveis, a escuta ativa e o respeito à identidade de cada pessoa são práticas que tornam o processo mais inclusivo. Ao iniciar a jornada com esse cuidado, a empresa sinaliza que valoriza a diversidade e está comprometida com um ambiente de trabalho mais justo e respeitoso.
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