O maior segredo que aprendi com os melhores líderes: Eles nunca param de aprender
Quando olho para a minha própria trajetória, percebo que tudo o que conquistei, e também tudo o que precisei reaprender, teve uma origem comum: o hábito de continuar estudando.
Quando olho para a minha própria trajetória, percebo que tudo o que conquistei, e também tudo o que precisei reaprender, teve uma origem comum: o hábito de continuar estudando.
Não apenas de forma acadêmica, mas aprendendo com pessoas, erros, culturas e contextos diferentes.
Durante anos, trabalhei em ambientes onde o conhecimento era quase um ativo estratégico, como no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, por exemplo. Lá, era impossível liderar sem aprender todos os dias.
Cada novo projeto exigia compreender tecnologias, lidar com incertezas e aprender com equipes multidisciplinares. Foi nesse cenário que percebi algo que me acompanha até hoje: quem lidera sem aprender, repete todos os erros do passado.
E o contrário também é verdadeiro.
Os líderes mais inspiradores que conheci, dentro da engenharia, da gestão ou do meio acadêmico, têm em comum uma curiosidade genuína. Eles não estudam por obrigação, mas por inquietação.
Aprender é o que nos impede de ficar presos em velhos modelos mentais, é o que transforma experiência em sabedoria e mantém o pensamento estratégico vivo.
Por isso, quando falo em movimento, não é sobre velocidade, mas sobre evolução. É sobre manter a mente aberta o suficiente para continuar mudando, mesmo depois de décadas de carreira.
Ser professor é continuar aprendendo todos os dias
Ensinar nunca foi, para mim, sobre transferir conhecimento. Foi sobre descobrir junto com os outros, novas formas de enxergar o mesmo tema.
Eu ensino há muitos anos em universidades, empresas, eventos e projetos no Brasil e fora dele, e uma coisa nunca mudou, toda vez que entro em sala, eu também aprendo com as pessoas.
Não existe aula igual à anterior, nem turma igual à próxima. Cada grupo traz perguntas que me fazem pensar diferente, desafiam minhas certezas e me obrigam a revisitar o que eu acreditava dominar.
Ser professor é um exercício permanente de humildade intelectual, é aceitar que o conhecimento tem prazo de validade, e que, se você não estiver aprendendo constantemente, logo estará ensinando algo que já ficou para trás.
Houve momentos em que um simples comentário de um aluno virou um insight que levei para um projeto real e outras vezes, uma experiência prática de consultoria se transformou em um novo caso para discutir em aula.
Essa troca é o que mantém viva a chama de ensinar.
No fundo, percebi que ser professor é um ato de liderança. Não de autoridade, mas de influência positiva, de inspirar curiosidade, criar segurança psicológica e abrir espaço para que os outros também descubram seu próprio caminho.
E é por isso que, cada vez mais, acredito que todo líder de verdade também é um educador.
O elo entre ensinar e liderar
Com o tempo, percebi que ensinar e liderar são partes de um mesmo processo. Depois de tantos anos em sala de aula e em cargos de gestão, ficou claro para mim que as duas funções se baseiam nos mesmos princípios: escuta, empatia e propósito. A diferença está apenas no ambiente.
Na sala de aula, o objetivo é preparar as pessoas para o mercado. Na liderança, é prepará-las para lidar com a complexidade do mundo real, tomar decisões, resolver problemas e continuar aprendendo de forma autônoma. É por isso que um bom professor e um bom líder compartilham a mesma mentalidade, ambos trabalham para que os outros se tornem independentes.
Os melhores líderes que conheci foram também grandes educadores. Eles entendiam que liderar não é exercer autoridade, mas criar condições para que as pessoas cresçam. Não se trata de acumular poder, e sim de multiplicar conhecimento. Esse tipo de liderança forma outros líderes, estimula a autonomia e cria um ambiente em que as pessoas se sentem seguras para se desenvolver.
Quando uma empresa consegue consolidar essa cultura, ela não depende mais de processos engessados para funcionar. Ela se torna um organismo vivo, em que o aprendizado constante mantém todos em evolução. No fim das contas, ensinar e liderar não são papéis distintos, são dimensões complementares de um mesmo compromisso: o de fazer as pessoas e as organizações crescerem juntas.
As empresas que mais crescem aprendem todos os dias
No mundo corporativo, os resultados falam e costumam estar alinhados com a cultura de aprendizado. Organizações com forte mentalidade de desenvolvimento tendem a crescer mais rápido, inovar com mais frequência e reter talentos por mais tempo.
Por exemplo, estudos de desenvolvimento corporativo apontam que empresas que oferecem treinamentos bem estruturados podem chegar a um aumento de até 17 % em produtividade e 21 % em lucratividade. Harvard Business School Online.
As empresas que mais crescem não são as que apenas contratam os melhores talentos, mas as que formam os melhores profissionais. Elas entendem que o conhecimento é um ativo que se multiplica quando compartilhado.
Quando líderes cultivam o hábito de aprender e ensinar, as equipes ganham autonomia, pensam criticamente e enxergam oportunidades onde outros veem barreiras. E é essa mentalidade de aprendizado contínuo que permite às organizações crescer de forma sustentável, mesmo diante de incertezas.
O papel da Allevo for Business
A Allevo for Business nasceu desse mesmo princípio: o aprendizado é o que move pessoas e empresas. Nossa missão é tornar o desenvolvimento corporativo acessível, prático e conectado às necessidades reais das organizações: educação com propósito, resultado e significado.
Mais do que oferecer treinamentos, ajudamos empresas a construir culturas de aprendizado sustentável. Isso significa desenvolver líderes que ensinam, equipes que aprendem e organizações que evoluem juntas.
Capacitar pessoas não é um custo, é investimento, e talvez o mais seguro que exista, porque o conhecimento é o único ativo que se multiplica quando é compartilhado.
Por isso, neste Dia dos Professores, reforço uma convicção que me acompanha há décadas: a educação corporativa é o novo diferencial competitivo.
Ela cria empresas mais humanas, líderes mais conscientes e resultados mais consistentes.
Aos professores, mentores e líderes que me inspiraram
Nada do que construí seria possível sem os professores que marcaram minha jornada. Alguns deles me ensinaram em sala de aula; outros, na vida.
Lembro de conselhos simples, de desafios que me tiraram da zona de conforto e de exemplos de generosidade que moldaram a forma como enxergo o papel do educador.
E lembro também dos alunos, porque foram eles que mais me ensinaram. Cada pergunta inesperada, cada dúvida, cada discussão trouxe uma nova perspectiva. É por isso que sempre acreditei que ensinar e aprender são dois lados do mesmo processo.
Ensinar é um ato de generosidade e aprender é um ato de coragem. E quando os dois se encontram, nasce algo transformador: a sabedoria compartilhada.
A todos os professores, das escolas, universidades e empresas, deixo minha admiração e gratidão.
O ciclo que nunca termina
Nunca pare de aprender.
Aprender é o que nos mantém curiosos, vivos e relevantes. É o que nos conecta uns aos outros e o que transforma ideias em impacto real.
Os melhores líderes que conheci não eram os mais poderosos, eram as pessoas que sabiam ouvir, desaprender e recomeçar.
Porque entenderam que o verdadeiro poder não está em saber tudo, mas em continuar aprendendo, sempre.
Feliz Dia dos Professores.
A todos que ensinam com propósito, e a todos que têm a coragem de continuar aprendendo, meu reconhecimento e minha admiração.