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TDI: O que é e quais são os profissionais que tratam o transtorno?

por Amanda Nonato em 21/08/23 510 visualizações

Você já ouviu falar sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade, ou simplesmente TDI? Se você está aqui, é provável que tenha pelo menos alguma curiosidade sobre esse transtorno que fala sobre exatamente a identidade e a consciência humana.

No mundo da saúde mental, o TDI é um tópico de grande importância. Não apenas por sua singularidade, mas também por sua complexidade e as implicações profundas que tem na vida das pessoas que o experimentam. 

Neste domingo (20), por exemplo, o Fantástico fez uma reportagem sobre o transtorno. O programa entrevistou duas pessoas brasileiras que possuem a condição e mostrou quais são os desafios para o diagnóstico e viver com o TDI.

Para quem não conhece o transtorno, o filme “Fragmentado” apresenta o protagonista Kevin e suas 24 personalidades. Estrelado por James McAvoy, a obra dá um cenário fictício do TDI, que não deve ser levado ao pé da letra.

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Mas, por via das dúvidas, vamos te explicar o que é o transtorno dissociativo de identidade, explorar suas causas, sintomas e, o mais importante, entender como os profissionais da saúde mental desempenham um papel importante para essas pessoas. Confira!


O que é o TDI?

O TDI, também conhecido como Transtorno de Personalidade Múltipla, é um distúrbio mental raro e complexo, caracterizado pela presença de duas ou mais identidades distintas. 

Essas identidades podem ter atitudes, memórias e até mesmo habilidades diferentes, e geralmente se manifestam de maneira intercambiável na vida da pessoa afetada.

Uma característica fundamental do TDI é a perda de continuidade na percepção de si mesmo. Isso significa que as pessoas com TDI podem experimentar lapsos de memória significativos, onde não conseguem lembrar de eventos, ações ou até mesmo de períodos de tempo em que uma das personalidades alternativas estava no controle.

É importante destacar que essas diferentes identidades muitas vezes não estão cientes umas das outras, criando uma sensação de despersonalização e desrealização para a pessoa afetada. 

Imagine acordar um dia e descobrir que você fez coisas das quais não se lembra, ou que tem habilidades que não sabia possuir. Essa é a realidade para muitos que vivem com TDI.

 

Duração típica dos episódios dissociativos

A duração dos episódios dissociativos varia de pessoa para pessoa e também com base na gravidade do transtorno. 

Alguns podem experimentar breves lapsos de memória ou mudanças de identidade que duram apenas minutos, enquanto outros podem ter períodos mais prolongados de transição entre identidades.

É importante notar que o TDI não é uma escolha, mas sim uma manifestação da mente em resposta a eventos traumáticos e estressantes. 

As personalidades alternativas frequentemente surgem como mecanismos de enfrentamento para proteger a pessoa de situações dolorosas.

Causas e fatores de risco do TDI

A compreensão das causas e fatores de risco associados ao TDI é essencial para a identificação precoce e o tratamento eficaz desse transtorno mental complexo.

Embora a origem exata do TDI ainda seja objeto de pesquisa e debate, a maioria dos especialistas concorda que esse transtorno é geralmente desencadeado por experiências traumáticas na infância. Abuso físico, sexual ou emocional, especialmente quando ocorre repetidamente, é frequentemente apontado como um fator desencadeante.

A mente humana, como um mecanismo de defesa, pode criar identidades alternativas para lidar com situações traumáticas insuportáveis.

 Essas identidades assumem a dor e o sofrimento, permitindo que a pessoa sobreviva psicologicamente. Portanto, as experiências traumáticas podem ser consideradas como uma das possíveis causas do TDI.

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Fatores de risco associados ao desenvolvimento do TDI

Além das experiências traumáticas, diversos fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do TDI. Estes incluem:

  • Idade em que o trauma ocorre: Traumas que ocorrem em uma idade mais jovem têm maior probabilidade de resultar em TDI, uma vez que a personalidade ainda está em formação e é mais flexível.

  • Gravidade do trauma: Traumas mais graves e prolongados aumentam o risco de TDI. Isso pode incluir abuso repetido ou abuso de longo prazo.

  • Fatores genéticos: Embora a genética não seja a única causa do TDI, pode haver predisposição genética para a dissociação em resposta ao trauma.

  • Fatores ambientais: Um ambiente familiar disfuncional ou a falta de apoio social podem contribuir para o desenvolvimento do TDI, especialmente quando não há recursos emocionais para lidar com o trauma.

  • Outros transtornos mentais: A presença de outros transtornos mentais, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou transtorno de ansiedade, pode aumentar o risco de desenvolver TDI.


Diagnóstico e avaliação

O diagnóstico do Transtorno Dissociativo de Identidade é um processo delicado que requer a experiência de profissionais de saúde mental. 

Compreender como o TDI é diagnosticado e a importância da avaliação é fundamental para garantir que aqueles que sofrem com esse transtorno recebam o apoio adequado.

Por isso mesmo é um desafio devido à complexidade do transtorno e à sobreposição de sintomas com outros transtornos mentais, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) ou a depressão. O processo de diagnóstico geralmente inclui os seguintes passos:

  • Entrevista Clínica: O profissional de saúde mental conduz uma entrevista detalhada com o paciente para entender sua história médica, psicológica e social. Questões sobre sintomas dissociativos, experiências traumáticas e história de tratamento anterior são exploradas.

  • Avaliação Psicológica: Testes psicológicos e questionários podem ser usados para avaliar a gravidade dos sintomas e a presença de identidades alternativas.

  • Avaliação da Família e dos Amigos: Informações fornecidas por familiares e amigos próximos podem ser cruciais para o diagnóstico, pois eles podem observar mudanças de comportamento e lapsos de memória que o paciente possa não perceber.

  • Exclusão de Outras Condições: O profissional de saúde mental deve descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar causando os sintomas do paciente.

  • Critérios Diagnósticos: O diagnóstico é feito com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que inclui a presença de duas ou mais identidades distintas que controlam o comportamento do indivíduo.

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Tratamento e abordagens terapêuticas

O tratamento do TDI é um processo complexo e desafiador, mas com intervenções apropriadas, muitos indivíduos podem alcançar uma melhora significativa na qualidade de vida. 

Veja algumas opções de tratamento disponíveis e as abordagens terapêuticas que desempenham um papel crucial no manejo do TDI:

  • Terapia Individual: A terapia individual é uma pedra angular no tratamento do TDI. Ela oferece um ambiente seguro onde o paciente pode explorar suas identidades alternativas, traumas passados e aprender a integrar essas identidades para criar uma consciência unificada.

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é frequentemente usada no tratamento do TDI. Ajuda os pacientes a identificar e mudar padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos autodestrutivos.

  • Terapia de Integração de Identidade: Esta abordagem terapêutica é especificamente projetada para o TDI. Envolve a colaboração entre o paciente e o terapeuta para integrar as identidades alternativas em uma personalidade coesa.

  • Terapia de Apoio: A terapia de apoio é essencial para fornecer suporte emocional contínuo durante todo o processo de tratamento.

  • Medicamentos: Embora não existam medicamentos específicos para tratar o TDI, podem ser prescritos medicamentos para abordar sintomas comórbidos, como ansiedade, depressão ou transtorno de estresse pós-traumático.

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Profissionais que tratam o TDI

O tratamento eficaz do Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) exige uma equipe de profissionais de saúde mental altamente qualificados e experientes. Como por exemplo:

  • Psicólogos: Os psicólogos que se especializam em transtornos dissociativos têm um profundo conhecimento da mente humana e das complexidades do TDI. 

Eles desempenham um papel central na avaliação, diagnóstico e tratamento do TDI. Para se tornarem especialistas nesse campo, os psicólogos geralmente buscam treinamento adicional e experiência clínica com pacientes que sofrem de transtornos dissociativos.

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  • Psiquiatras: Esses médicos se especializam em saúde mental. Eles podem prescrever medicamentos quando necessário e também oferecer terapia. 

Psiquiatras que se concentram em transtornos dissociativos possuem um profundo entendimento das implicações médicas e neurológicas do TDI, bem como das intervenções terapêuticas adequadas.

Outros profissionais de saúde mental envolvidos no tratamento

  • Terapeutas de Família e Casais: O TDI afeta não apenas o indivíduo, mas também suas relações familiares e sociais. Terapeutas de família e casais desempenham um papel importante na ajuda às famílias a entender e apoiar o processo de tratamento.

  • Assistentes Sociais Clínicos: Assistentes sociais clínicos podem oferecer suporte prático e recursos para pacientes com TDI, ajudando-os a navegar em questões como seguro de saúde, acesso a serviços públicos e assistência financeira.

Qualificações e treinamento necessários para esses profissionais

Profissionais que tratam o TDI devem atender a rigorosos padrões de formação e certificação. Para se qualificarem para o tratamento do TDI, eles geralmente passam por:

  • Educação de nível superior: Tanto psicólogos quanto psiquiatras precisam de formação no ensino superior para atuação, além de uma especialização em suas respectivas áreas.

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  •  Licenciamento: Todos os profissionais de saúde mental devem obter licenças para praticar em suas jurisdições.
  • Treinamento especializado: Aqueles que desejam se especializar no tratamento de transtornos dissociativos procuram treinamento adicional, frequentemente em centros especializados ou com supervisão de profissionais experientes e pós-graduações.

  • Experiência clínica: A experiência prática no tratamento de pacientes com TDI é fundamental para o desenvolvimento de habilidades necessárias.

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