Entenda como funciona a correção da redação e veja exemplos que seguiram os critérios do exame
Os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), na modalidade ensino fundamental, contam com a prova de redação como parte obrigatória da avaliação.
O exame é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2002, com o objetivo de aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino regular na idade apropriada.
No caso do ensino fundamental, a redação integra o caderno de Linguagens, que também envolve questões de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes e educação física.
O candidato deve alcançar, no mínimo, 100 pontos nas questões objetivas dessa área e nota igual ou superior a 5 na redação, cuja pontuação varia de 0 a 10.
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A proposta de redação é apresentada no início do caderno de questões da área de Linguagens. O candidato deve escrever um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema indicado pela banca.
Para fins de avaliação, a equipe de corretores observa quatro competências: domínio da norma-padrão da língua portuguesa escrita; adequação ao tema e à estrutura do texto dissertativo-argumentativo; organização e argumentação; e uso dos mecanismos linguísticos da coesão e coerência.
Todos os textos são avaliados por, no mínimo, dois profissionais treinados para aplicar os critérios de forma uniforme. Em caso de divergência significativa na pontuação, o texto passa por uma terceira correção, que define a nota final.
Os critérios de anulação da redação também são padronizados e resultam em nota zero nos casos de fuga ao tema, cópia dos textos motivadores, uso de linguagem imprópria, entre outros.
A redação do Encceja recebe nota zero quando apresenta menos de cinco linhas válidas, desrespeita o tema proposto ou não se enquadra no gênero solicitado.
Também são anulados textos com cópia dos materiais de apoio, com impropérios, desenhos ou identificações indevidas, conforme previsto no edital do exame. Linhas rasuradas, ilegíveis, escritas em outro idioma ou com trechos desconectados do tema são igualmente desconsideradas.
As redações devem ser escritas dentro das 25 linhas disponíveis na folha oficial. O uso do rascunho é permitido, mas não obrigatório. O conteúdo escrito fora da folha definitiva não é considerado para a correção.
A seguir, estão reunidas algumas das redações que obtiveram boas notas em edições anteriores do Encceja. Os textos apresentados respeitam os critérios de correção previstos pelo Inep e servem como referência para os participantes do ensino fundamental.
Vale destacar que todos os exemplos abaixo foram retirados da Cartilha do(a) Participante Encceja 2025: Redação Ensino Fundamental.
A alimentação é uma necessidade básica de todo ser-humano, mas o desperdício de alimentos é um problema. Por isso discute-se o tema do combate ao desperdício de alimentos. Essa problemática deve ser combatida com melhorias nos meios de transporte e com a implantação de cozinhas comunitárias.
Primeiramente, é importante destacar que os meios de transporte são os maiores responsáveis pelo desperdício de alimentos no Brasil, segundo estudos da Universidade Federal de Goiás. Rodovias em más condições, falta de ferrovias e portos sem manutenção são os maiores responsáveis por isso. Logo fica claro que para a resolução desse problema é preciso investir e diversificar os meios de transporte.
Além disso, outra ação que teria um efeito significante contra o desperdício seria a implantação de cozinhas comunitárias que aproveitaria alimentos ainda próprios para o consumo. Em um país como o Brasil onde a fome é uma realidade, a distribuição de alimentos com baixo custo é urgente.
Portanto, para que as medidas supracitadas possam ser colocadas em prática cabe ao Governo Federal investir no desenvolvimento de uma malha viária. E aos governos municipais a implantação e gerenciamento das cozinhas comunitárias, com a arrecadação de alimentos junto aos supermercados e nas distribuidoras de alimentos, afim de preparar e distribuir refeições com custo mais baixo ou mesmo de graça para a população mais carente, reduzindo assim o desperdício e a fome.
O desperdício de alimentos é um problema que está continuamente se agravando na sociedade brasileira e nas demais sociedades, sendo o causador principal, o próprio ser humano, pois como disse Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do próprio homem”. Certamente, muitas pessoas não percebem a quantidade de alimentos que desperdiçam todo dia e nem como podem estar prejudicando outros e também prejudicando a si mesmos.
É importante ressaltar o fato de que, aproximadamente, 13% da comida é
desperdiçada desde o momento da colheita até a chegada nos ambientes em que será comercializada, mais outros 17% também são perdidos, porém nas casas e estabelecimentos, sendo o arroz o alimento mais desperdiçado no Brasil, onde ao todo, o país desperdiça 5,3 milhões de quilos do alimento. A quantidade desperdiçada poderia estar sendo consumida por milhares de famílias, incluindo também as 19 milhões de pessoas que se encontram necessitadas de alimento.Também é de extrema importância relembrar que o problema do desperdício não se estende somente pelo Brasil, como visto anteriormente, mas sim por todo mundo, com dados indicando que cada pessoa desperdiça, pelo menos, 74 quilos de comida por ano, sendo um problema significativo e a nível global. Foi necessário intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu o Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos, no dia 29 de setembro, criada com a intenção de incentivar mais pessoas a adotarem medidas para redução do descarte de comida.
Com os fatos apresentados, é possível concluir que o descarte de comida é um problema grave, a nível global, e cabe aos cidadãos e as autoridades governamentais promoverem a criação de medidas contra o desperdício de alimentos e formas de reaproveitá-los, assim extinguindo o desperdício e a fome da vida de milhares de pessoas.
Infelizmente, todos os anos, toneladas de alimentos são descartados em todo o mundo. Toda essa comida é descartada muitas vezes sem motivo, enquanto vários indivíduos que necessitam dela acabam em situação de fome.
Uma das causas dessa perda é o fato de que vários alimentos apodrecem ou azedam em decorrência das más condições de transporte como o ambiente abafado, umidade e calor. Fora isto, é inevitável que o meio externo como insetos e pequenos animais comam os produtos.
Outro problema é a tendência que os consumidores geralmente possuem de selecionar ou dar preferência somente aos alimentos maiores ou mais bonitos. Sendo que, por mais que não pareçam serem apetitosos, os alimentos pequenos e mais feios, se não estiverem estragados, também podem ser consumidos normalmente.
Por último, há o triste fato de que muitos indivíduos desconhecem ou até ignoram a necessidade de comida que algumas pessoas possuem. Devido a essa ignorância, não se esforçam em evitar o descarte desnecessário de suas comidas ou até nem evitam comprarem o que não irão consumir.
Considerando tudo que foi dito, as grandes empresas de agronegócio devem se esforçar para melhorar as condições de transporte, melhorando o refrigeramento, a ventilação e mantendo o local isolado contra insetos. E o governo, juntamente com os meios de comunicação devem aumentar a publicidade voltada para a conscientização da população a respeito do desperdício. Para que, assim, a maior parte do descarte seja evitada.
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Desperdício de alimentos é um problema que ocorre mundialmente. Torna-se urgente o combate a esse desperdício, pois enquanto toneladas de alimentos são perdidos, somente no Brasil, pelo menos 19 milhões de pessoas passam fome. Duas medidas que podemos tomar para reduzir essas perdas, seriam tanto a nível dos supermercados e restaurantes, quanto a nível dos consumidores.
Algo que ocorre nos supermercados e restaurantes, é alimentos não serem adquiridos/consumidos dentro do seu prazo de validade ou condição adequada para consumo. Muitos desses alimentos são simplesmente descartados, sem haver aproveitamento algum.
Assim como, dentro de suas próprias moradias, os consumidores acabam
descartando alimentos, o que poderia ser evitado se cuidassem de adquirir, armazenar e preparar alimentos na quantidade que consomem.Em vista disso, pode-se reduzir o desperdício de alimentos se os restaurantes e supermercados destinarem os alimentos que logo não poderão mais ser comercializados a locais que atendem pessoas carentes, e ser feitas campanhas de conscientização para a população, para reduzir a perda de alimentos nas moradias. Com isso, haveria ainda outra consequência positiva: uma grande redução no índice de fome no mundo.
É de conhecimento geral que desperdício alimentar não é um problema recente. Entretanto, essa situação tem se agravado muito no Brasil a cada ano que passa. Os dados nacionais são alarmantes e essa se tornou uma problemática crítica.
E quando se reflete nas possíveis causas, pensa-se imediata e corretamente na falta de consciência da população e no inegável descuido com o transporte e armazenamento dos alimentos até os comércios. Dados apontam que o arroz, alimento comum nas mesas brasileiras, é o mais desperdiçado no país, tendo milhões de quilos jogados fora diariamente. Além disso, cerca de metade da carga alimentícia se perde no transporte até os locais de abastecimento.
A verdade é que o acesso a alimentos se tornou muito fácil para a maior parte da sociedade, e é comum que haja negligência com as coisas cotidianas. Mas, considerando que, só no Brasil, a quantidade de alimentos desperdiçada é incrivelmente maior do que o índice de fome nacional, deveria ao menos haver uma reflexão e mudança de atitude por parte de todos os cidadãos.
Foi pensando nisso que, há alguns anos, a ONU determinou um dia dedicado ao incentivo do estabelecimento de regulações que diminuam o desperdício alimentar. Não somente a ONU, mas todos precisam fazer o que podem, desde colocar no prato apenas o que consegue comer à campanhas e movimentos informativos e conscientizadores. Ademais, uma maior rigidez no controle do transporte alimentício também seria útil para amenizar o problema. Essas e tantas outras ações podem colaborar no avanço global da redução do descarte alimentar.
A quantidade de comida desperdiçada tem aumentado no Brasil. Por este motivo discute-se sobre combate ao desperdício de alimentos. Este é causado pela falta de programação das pessoas para fazerem suas compras, de tal forma que façam isso de maneira responsável; e pela falta de cuidados com os alimentos comprados.
Primeiramente, é importante destacar que uma das causas desse desperdício é a ausência de um planejamento na hora que as pessoas vão comprar seus alimentos. Por isso elas acabam exagerando e tem que descartar o que não é necessário. Logo, é importante que cada um se programe para adquirir apenas aquilo que vai consumir.
Além disso, convém analisar que muitos não tem os cuidados necessários com os alimentos para que estes se mantenham conservados por mais tempo. Isto ocorre, muitas vezes por ignorância; Sendo assim, a população deveria dar mais atenção às instruções de qual é a forma mais segura de armazenar cada produto, presentes nas embalagens.
Portanto, a fim de diminuir o desperdício, as pessoas deveriam se organizar para que comprem apenas o necessário e se atentar à forma correta de guardar cada produto. Isto pode ser feito por meio de listas, anotando aquilo que precisam adquirir e onde armazenar cada coisa, para que assim essa situação mude.
A quantidade de alimentos desperdiçados no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos. Por esse motivo, é importante discutir sobre o combate ao desperdício de alimentos que é gerado por problemas como a produção incontrolada de produtos pelas empresas alimentícias e pelas compras inconscientes por clientes nos supermercados.
Primeiramente, é válido destacar que a produção incontrolada de produtos pelas empresas alimentícias é uma das principais razões pela perda de toneladas de comida diariamente. Com grandes produções, sem um planejamento prévio das vendas, os produtos são descartados por ultrapassarem a validade, pois não houve clientes o bastante para o consumo dos estoques.
Além disso, é correto afirmar que as compras inconscientes por clientes nos supermercados colabora para que comidas sejam descartadas pelo despreparo no momento de compra, que compram além do que consomem. Com isso, uma providência deve ser tomada para que a situação melhore.
Portanto, a fim de reduzir o desperdício de alimentos, o Governo Federal através do Ministério do Meio Ambiente deve aprovar normas contra o descarte de alimentos e promover um consumo consciente nos supermercados. Estas ações acontecerão por meio da aprovação de leis pelo Senado e por meio de redes sociais e propagandas para ganhar maior amplitude. Isto terá a finalidade de exaltar e aplicar uma produção e consumo sustentável para a população brasileira.
O plano de estudos gratuito para o Encceja, oferecido pela Quero Bolsa, está disponível para download e foi desenvolvido para auxiliar candidatos na organização da rotina de preparação para o exame.
Com duração de 35 dias, o cronograma contempla todas as áreas cobradas na prova, incluindo conteúdos voltados à produção da redação. O material é gratuito, acessível online e pode ser solicitado por meio de um formulário simples no site da Quero Bolsa. Confira:
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