Entenda o que é a síndrome de impostor, como identificar seus principais sinais e quais ações práticas — individuais e organizacionais — ajudam a reduzir o fenômeno no trabalho e na academia
A síndrome de impostor é a experiência de duvidar da própria competência e atribuir conquistas a fatores externos, mesmo diante de evidências de desempenho.
O fenômeno é comum em ambientes competitivos, com avaliações constantes e alta comparação social. A condição traz impactos em bem-estar, produtividade e decisões de carreira, especialmente quando há falta de critérios claros e baixa segurança psicológica.
A síndrome de impostor é a dificuldade de reconhecer competência e internalizar sucesso. Conquistas são atribuídas à sorte, ao contexto ou a esforço excessivo.
O termo surgiu em 1978 e desde então foi associado a perfeccionismo, ansiedade, autoestima reduzida e estilos de atribuição que minimizam mérito.
Diferenças em relação a ansiedade e baixa autoestima
Ansiedade: resposta ampla a antecipação de ameaça; pode aparecer em muitas situações.
Baixa autoestima: avaliação global negativa de si.
Impostorismo: situacional, focado em desempenho, comparação e critérios avaliativos. Pode coexistir com os dois, mas tem narrativa própria (“não sou tão capaz quanto pensam”).
Por que surge em profissionais competentes?
Contextos competitivos, critérios pouco transparentes e cultura que pune erros ampliam dúvidas.
Ambientes com vieses, padrões rígidos de desempenho e baixa segurança psicológica reforçam a percepção de inadequação.
O fenômeno também é mais frequente em grupos sub-representados e em transições profissionais e acadêmicas.
Quando vira risco para saúde e para o negócio?
O impostorismo está ligado a exaustão, presenteísmo, decisões defensivas e menor satisfação. Em equipes, reduz autonomia, inovação e engajamento. Sem segurança psicológica, o ciclo se intensifica e afeta performance de longo prazo.
Sinais mais comuns da síndrome de impostor
A seguir, confira os principais sintomas atribuídos a síndrome de impostor:
Onde aparece a síndrome de impostor com mais força?
A síndrome do impostor é comum em dois tipos de ambiente, sendo eles:
No trabalho
Tarefas públicas, avaliação constante e entregas de alto impacto tornam o fenômeno mais perceptível. Sinais incluem evitar projetos estratégicos, deslocar crédito e trabalhar excessivamente antes de validações.
Na academia
Transições (ingresso, qualificação, pós-graduação) e exposição contínua a desempenho público intensificam a sensação de inadequação.
Como lideranças podem reduzir a síndrome do impostor?
Confira algumas práticas que diminuem o risco de síndrome de impostor:
Tornar critérios e expectativas visíveis;
Criar rotinas de aprendizagem e pós-mortem sem punição;
Incentivar perguntas e validações públicas;
Reconhecer progresso contínuo, não apenas grandes marcos;
Modelar comportamentos realistas, compartilhando processos e não apenas resultados finais.
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