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Conheça os principais tipos de benchmarking e como utilizá-los para aumentar a competitividade da empresa com base em dados do mercado
Entender os diferentes tipos de benchmarking é um passo estratégico para as empresas que buscam transformar boas ideias em resultados concretos. Essa prática permite observar o que outras organizações estão fazendo bem — dentro ou fora do setor — e aplicar esses aprendizados para melhorar processos, corrigir falhas e alcançar novos níveis de desempenho.
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Neste artigo, conheça os principais tipos de benchmarking e como eles podem ser implementados para potencializar o crescimento e a inovação dentro das organizações.
Benchmarking é uma técnica de gestão que consiste em comparar práticas, processos e indicadores de desempenho entre organizações, com o objetivo de identificar referências de excelência e adaptar essas estratégias à realidade interna.

O termo vem do inglês benchmark, que significa “ponto de referência” — e é exatamente isso que ele representa: uma base sólida para promover melhorias contínuas.
A prática envolve uma investigação estruturada do desempenho de produtos, serviços ou processos, buscando identificar as causas de sucesso por meio da comparação com boas práticas do mercado, com foco na aprendizagem e na superação de lacunas de desempenho – os chamados gaps.
Mais do que copiar o que já dá certo em outras empresas, o benchmarking ajuda a entender por que algo funciona bem e como isso pode ser ajustado ao contexto da organização. A prática pode envolver desde a análise de concorrentes diretos até a observação de setores completamente diferentes, ampliando a visão estratégica e revelando caminhos antes invisíveis.
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O conceito moderno de benchmarking ganhou força a partir dos estudos de Robert C. Camp, executivo da Xerox Corporation. Em seu livro “Benchmarking: The Search for Industry Best Practices that Lead to Superior Performance”, de 1989, Camp detalhou como a empresa usou a comparação sistemática de processos com líderes de mercado para superar desafios de desempenho e recuperar sua competitividade.
A proposta de Camp influenciou modelos adotados por consultorias, instituições de ensino e organizações públicas ao redor do mundo. No Brasil, esse conhecimento foi adaptado à realidade nacional, incluindo outras classificações complementares de benchmarking.
Os diferentes tipos de benchmarking podem ser aplicados de forma isolada ou combinada, dependendo do objetivo da análise, da maturidade da empresa e da facilidade de acesso a dados confiáveis.
Independentemente da abordagem escolhida, o benchmarking é sempre uma ferramenta de aprendizado estratégico, voltada à evolução contínua e à geração de vantagem competitiva.
A seguir, confira os tipos de benchmarking mais utilizados atualmente, com base em autores clássicos e nas abordagens mais recentes aplicadas à gestão empresarial.
O benchmarking interno se baseia na análise comparativa de práticas e resultados entre áreas, departamentos, unidades ou equipes da mesma empresa. Seu principal objetivo é identificar e replicar padrões de excelência já existentes na própria organização, promovendo melhorias com baixo custo e alta agilidade.
Essa abordagem funciona bem em empresas com operações descentralizadas ou filiais em diferentes regiões, onde nem sempre há uma uniformidade nos processos. Por estar restrito ao ambiente interno, facilita o acesso a dados confiáveis, métricas padronizadas e abertura para troca de informações.
Esse tipo de benchmarking analisa os processos, produtos, serviços e estratégias de concorrentes diretos. A ideia é entender como outras empresas do mesmo setor estão se destacando e quais práticas podem servir como referência para melhoria.
O desafio aqui está na coleta de dados, já que muitas informações estratégicas não são públicas. Por isso, a análise costuma se apoiar em relatórios de mercado, pesquisas setoriais, avaliações públicas, informações divulgadas em sites institucionais, redes sociais e feedbacks de clientes.
No benchmarking funcional, a comparação se dá com empresas de outros segmentos que executam funções similares com excelência. Ou seja, não se observa o mercado concorrente, mas sim referências em processos específicos, como logística, atendimento ao cliente, marketing digital, entre outros.
Esse tipo permite a introdução de soluções inovadoras que ainda não fazem parte das práticas comuns do setor da empresa analisadora, o que amplia o diferencial competitivo e favorece o desenvolvimento de uma cultura de inovação.
O benchmarking genérico é uma modalidade mais ampla, que não está limitada a funções específicas nem ao setor de atuação. Ele busca boas práticas de gestão e excelência operacional em qualquer contexto organizacional, com foco na inspiração e adaptação para diferentes realidades.
É bastante utilizado em fases iniciais de amadurecimento de processos, quando a empresa ainda busca modelos de referência a serem adotados, ou quando quer repensar sua forma de operar com base em padrões reconhecidos globalmente.
O benchmarking colaborativo ocorre quando duas ou mais organizações se unem para trocar informações, experiências e dados estratégicos de forma estruturada e mútua. É comum em redes empresariais, consórcios, fóruns setoriais e até entre empresas que não competem diretamente entre si, mas que compartilham desafios semelhantes.
Essa abordagem fortalece o aprendizado coletivo, acelera a identificação de boas práticas e favorece a construção de soluções mais robustas, com base em realidades variadas.
Voltado à alta gestão, o benchmarking estratégico busca referências em modelos de negócio, estruturas organizacionais e posicionamento de mercado. Aqui, a comparação não é apenas tática ou operacional, mas voltada à transformação de longo prazo, impactando diretamente decisões estratégicas.
Essa abordagem é comum em momentos de expansão, reestruturação ou reposicionamento da marca — e requer uma análise aprofundada do cenário macroeconômico, tendências de consumo e posicionamento competitivo.
O benchmarking não é uma simples comparação de dados; é um processo estruturado, com etapas bem definidas, que parte da identificação de uma lacuna de desempenho e culmina na adoção de práticas superiores. Seu funcionamento envolve desde a coleta e análise de dados até a adaptação de estratégias à realidade da organização.

O guia britânico “Best Practice in Benchmarking”, publicado pelo Department of Trade and Industry (UK), propõe uma abordagem baseada em quatro pilares essenciais:
O uso de modelos de gestão da qualidade e melhoria contínua, como o ciclo PDCA, Kaizen e Six Sigma, ajuda a transformar o benchmarking em uma prática duradoura e incorporada à cultura organizacional — e não apenas um projeto pontual.
Um exemplo emblemático de aplicação bem-sucedida do benchmarking foi o caso da Xerox, nos anos 1980, ao estudar concorrentes asiáticos e redesenhar seus processos internos, recuperando sua competitividade.
Outro caso conhecido é o da Southwest Airlines, que adotou práticas da indústria automotiva japonesa para otimizar a logística de embarque e desembarque de aeronaves — transformando eficiência operacional em vantagem competitiva.
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A partir do benchmarking, as empresas passam a enxergar com mais clareza onde está, onde pode chegar e como fazer isso com eficiência. Um dos principais ganhos é o aprimoramento da tomada de decisão baseada em dados reais, e não apenas em percepções ou tendências de mercado.
Outro benefício é o estímulo à inovação orientada por evidências. Em vez de reinventar a roda, o benchmarking ajuda a identificar o que já funciona — e adaptar essas soluções ao contexto da organização. Ele também favorece a criação de uma cultura de melhoria contínua, ao estimular a busca constante por novas soluções, ajustes e inovações.
Além disso, empresas que adotam o benchmarking tendem a se adaptar melhor às mudanças do mercado, pois conseguem antecipar movimentos da concorrência e responder de forma mais ágil frente a desafios.
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