Logo após a segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), muitos candidatos ficam ansiosos para descobrir se passaram ou não no curso de interesse.
Isso acontece porque a divulgação da lista final de aprovados da Unicamp acontece somente em janeiro do ano seguinte.
Até lá, ainda existe bastante ansiedade já que a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) usa o período entre a aplicação e o resultado para corrigir as provas e fazer os cálculos das notas finais.
Diferente de outros vestibulares, a nota final de cada candidato da Unicamp não corresponde diretamente à quantidade de acertos obtidos nas provas. Isso porque é feita uma padronização das notas e um cálculo específico para chegar à nota final.
Se você quiser entender exatamente como é calculada a nota final da Unicamp, a Revista Quero explica tim-tim por tim-tim. Confira!
Como é calculada a nota da primeira fase?
Na prova de Conhecimento Gerais da primeira fase do vestibular da Unicamp, cada questão objetiva vale um ponto. Mas, como já dito, a nota da primeira fase não equivale diretamente ao número de acertos na prova, porque há uma padronização.
De acordo com o edital da Comvest, essa padronização atribui 500 pontos à média e 100 pontos ao desvio padrão das notas da primeira fase. Assim, a nota da primeira fase (NPF1) é calculada pela fórmula:
NPF1 = 500 + (N – M) x 100/DP
Em que:
N é a nota da primeira fase;
M é a média de acertos dos candidatos presentes na 1ª fase, excluídas as notas iguais a zero;
DP é o desvio padrão da nota dos candidatos presentes na 1ª fase, excluídas as notas iguais a zero.
Como é calculada a nota final da Unicamp?
Já na segunda fase da Unicamp, os cálculos ficam um pouco mais complicados, pois a composição das notas consideram tanto as provas comuns a todos os candidatos quanto as provas específicas (aquelas provas que estão relacionadas a áreas do conhecimento). Veja abaixo:
4 provas comuns a todos os candidatos:
Redação; Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa; Matemática; Interdisciplinar (Inglês, Ciências Humanas e Ciências da Natureza).
2 provas específicas:
Biologia e prova de Química (para Ciências Biológicas/Saúde); Física e prova de Química (para Exatas/Tecnológicas); Geografia e prova de História (para Humanas/Artes).
1 prova de Habilidades Específicas (somente para os cursos que a exigem).
Diferentemente da primeira fase, cada questão da segunda fase vale, no máximo, quatro pontos. Já a redação vale, no máximo, 12 pontos e as provas de Habilidades Específicas, 48 pontos.
Para chegar às notas da segunda fase, a Comvest realiza a mesma padronização da primeira fase, considerando 500 pontos à média e 100 pontos ao desvio padrão. Assim, a nota padronizada (NP) da segunda fase é calculada da seguinte forma:
NP = 500 + (N – M) x 100/DP
Em que:
N é a nota bruta obtida pelo candidato na segunda fase;
M é a média da prova entre todos os candidatos que a fizeram e obtiveram nota maior do que zero;
DP é o desvio padrão da distribuição de notas da prova entre todos os candidatos que a fizeram e obtiveram nota maior do que zero.
Agora, para definir a classificação final de cada candidato nas listas de aprovação, é feita uma outra padronização, que obtém a Nota Padronizada de Opção (NPO), para cada opção de curso escolhido. Veja:
NPO = 0,15xNF1 + 0,20xNR + 0,65xNF2
Em que:
NF1 é a Nota Final da primeira fase;
NR é a nota padronizada da prova de Redação;
NF2 é a nota das questões da segunda fase.
A nota das questões da segunda fase (NF2) é obtida pela média ponderada das provas de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Matemática, Interdisciplinar, Provas de Conhecimentos Específicos e Habilidades Específicas, considerando os pesos atribuídos a cada prova de acordo com a opção de curso escolhida.
Além dos pesos atribuídos, cada opção de curso também define quais são as provas prioritárias e a Nota Mínima de Opção (NMO) dessas provas, que é utilizada para classificação e convocação dos candidatos em cada opção.
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