Unicamp 2024: 7 dicas para arrasar na redação
Confira 7 dicas de como se preparar para prova de redação da Unicamp. Veja também o calendário do vestibular 2022 da universidade e conheça a instituição.
É comum que os alunos se preocupem com os estudos para o vestibular, principalmente com a prova de redação, que tem um forte impacto na nota final. No caso do processo seletivo para entrar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a redação vale até 12 pontos.
No vestibular 2024 da Unicamp são 64.705 candidatos concorrendo a 2.537 vagas, de acordo com dados divulgados pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest). Isso significa que é preciso mandar muito bem na redação da Unicamp para se destacar e ingressar nessa universidade.
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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) faz parte da tríade das tradicionais universidades públicas paulistas, juntamente com a Universidade Estadual de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Diferentemente da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), da Unesp e da Fuvest, a Unicamp não exige todo ano o mesmo modelo de texto. Além disso, outra singularidade do vestibular da Unicamp é que ele dispõe duas propostas de redação e cabe ao aluno escolher uma única opção.
A segunda fase da Unicamp 2024 está marcada para o dia 3 e 4 de dezembro de 2023. Enquanto essa data não chega, é bom se preparar para a prova de redação desse vestibular. Pensando nisso, a redação da Revista Quero conversou com dois especialistas no assunto: a coordenadora de redação do Poliedro Curso Campinas, Gabrielle Gulgueira Cavalin e o professor de redação da Oficina do Estudante de Campinas, Milton Costa.
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Veja 7 dicas para arrasar na redação da Unicamp
1. Produzir textos com regularidade
Essa é uma dica unânime entre os especialistas entrevistados. Ter contato com os diversos gêneros do discurso é uma forma de estar antenado ao que a Unicamp pode cobrar. “O candidato que produz textos escritos com regularidade não enfrenta problemas no disputado vestibular campineiro”, diz o professor Milton Costa.
A professora Gabrielle Gulgueira Cavalin também concorda com essa prática: “A melhor forma
[de se preparar para a redação da Unicamp] é fazer provas antigas da Unicamp e começar a perceber as decisões que precisam ser tomadas de acordo com o enunciado da prova”.Até os alunos que não fizeram uma preparação durante o ano todo podem se beneficiar dessa prática. A professora Gabrielle sugere que os que se enquadram nessa situação façam pelo menos as redações dos últimos vestibulares para treinar.
2. Não tentar decorar os aspectos de cada gênero
Acreditar que exista uma espécie de “dicionário de gêneros” que descreva exatamente o que cada gênero pede é um engano. O ideal é saber interpretar e reconhecer um gênero.
“A ideia da Unicamp é entender que quando pensamos em gênero pensamos nas nossas práticas sociais e no fato de que todos os dias somos obrigados a produzir textos, sejam orais, sejam escritos, que variam de acordo com a função e com o contexto de comunicação”, pontua a professora Gabrielle.
Gabrielle ainda acrescenta que “os gêneros são infinitos tanto quanto são infinitas nossas práticas sociais”. Logo, não adianta tentar esgotar uma lista de gêneros. O melhor na preparação para Unicamp é entender o que é interlocução e situação de produção, para assim conseguir fazer um projeto de texto conforme os dados da proposta.
“O que conta é o quão familiar aquela situação descrita pelo enunciado soa ao candidato. E essa familiaridade só se adquire vivendo a vida real, e não apenas a virtual”, o professor Milton destaca.
Além disso, a cada dia surgem novos gêneros, como a thread do twitter, exemplifica a professora Gabrielle. Dessa forma, o mais aconselhável é estar apto a identificar o que é pedido na proposta.
“Se alguém leva uma bronca pelo WhatsApp, sabe que está levando uma bronca, pelas características daquele texto, que não tem um tom amigável, que pende para o formal, que relaciona verbos no imperativo, que propõe uma interlocução peculiar, chamando a vítima da bronca a todo momento.”, explicou o professor Milton.
3. Assinar um grande jornal diário
De acordo com o professor Milton Costa dedicar uma hora de leitura diariamente a esses jornais é uma boa forma de adquirir repertório conteudístico, referente ao que está acontecendo no mundo; e repertório técnico, ou seja, como os discursos são estruturados.
Essa dica também é válida para aqueles que deixaram os estudos para última hora. Nesse caso, Milton aconselha ampliar a leitura desse conteúdo para 2 horas ao dia e, juntamente a isso, ficar ligado nas retrospectivas do ano.
4. Ler atentamente a proposta da redação
Essa dica é muito importante pois é preciso saber interpretar a situação de produção dada para produzir um texto autoral que atinja uma boa nota.
Por exemplo: a Unicamp já cobrou diversas vezes carta e sempre de forma diferente. Isso porque o discurso do texto muda dependendo se você é um vereador, estudante, trabalhador rural, etc.
Logo, prestar atenção no que a proposta está pedindo e ler com cuidado os textos fornecidos é indispensável.
5. Aproveitar os materiais fornecidos pela própria Unicamp e Comvest
A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) e os próprios professores da Unicamp fornecem materiais analisando e explicando a prova de redação do vestibular.
Um exemplo de um bom conteúdo a ser estudado é a coletânea anual organizada pela Comvest com as redações que mais se destacaram na última edição do vestibular. A professora Gabrielle conta que, no vestibular 2021, três alunos seus do Poliedro Campinas, trabalhando de forma adequada à Unicamp, tiveram suas produções selecionadas para esse livro de melhores redações.
A professora Gabrielle ainda comenta alguns passos que podem ser úteis aos estudantes que não puderam se dedicar o ano todo à preparação para Unicamp. O primeiro deles é acessar as aulas da Unicamp sobre a segunda fase no YouTube. Em segundo lugar, no site da Comvest há provas antigas com comentários disponíveis, que também são boas opções de estudo.
Essa dica é importante pois é preciso saber como funciona a prova e também como interpretar a situação de produção dada para elaborar um texto que atinja uma boa nota.
6. Ler as duas propostas antes de escolher entre elas
Parece uma dica boba, mas ler por inteiro cada proposta de redação oferecida no vestibular é importante para o estudante tomar a melhor decisão.
O aluno deve escolher a proposta na qual ele se sente mais confortável no entendimento da situação de produção e tem mais clareza do projeto de texto que vai ter que fazer a partir do que foi lido.
“A prova da Unicamp é uma prova de leitura, tudo que o aluno vai ter que fazer ele extrai do enunciado da prova e dos textos que ela oferece. É na leitura que ele vai decidir.”, diz Gabrielle.
7. Focar na autenticidade
A autenticidade conta muito para os critérios de avaliação da Unicamp.
“Saia dos limites de parecer uma redação de vestibular e pareça uma redação real, que realmente funcionaria dentro do contexto de produção que a Unicamp criou” diz Gabrielle.
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Calendário Unicamp 2024
A Unicamp 2024 teve início com a abertura do período de inscrição foi de 31 de julho a 6 de setembro, considerando que a Comvest prorrogou uma semana.
A primeira fase, composta por 72 questões objetivas de conhecimento gerais, se deu em um único dia: 29 de outubro de 2023.
A segunda fase, formada por 30 questões, será dividida em dois dias de prova e acontecerá nos dias 3 e 4 de dezembro de 2023. A prova tem uma parte comum para todos os candidatos e outra parte de acordo com a área de conhecimento do curso escolhido como primeira opção.
A publicação da primeira chamada de aprovados está prevista para o dia 29 de janeiro de 2024.
Conheça a Unicamp
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), idealizada pelo médico Zeferino Vaz, surgiu em outubro de 1966. Atualmente ela está presente em três campi: Campinas, Piracicaba e Limeira; e oferece 70 cursos de graduação em diversas áreas do conhecimento.
A Unicamp é uma instituição muito bem conceituada no Brasil. A prova disso é que em 2019 ela foi classificada como segunda melhor universidade do país, segundo o ranking internacional do Times Higher Education (THE). Além disso, ela é responsável por 8% da pesquisa acadêmica do Brasil, segundo informações sobre pesquisa disponibilizadas em seu site.
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