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Uri Levine: conheça o empreendedor por trás do Waze e Moovit

Conheça Uri Levine, o fundador do Waze e Moovit, e suas lições de empreendedorismo para transformar negócios

Uri Levine é um dos nomes mais influentes no cenário das startups e inovação tecnológica. Conhecido por ser o cofundador do Waze, o aplicativo de navegação mais utilizado no mundo, Levine também teve um papel fundamental na criação do Moovit, plataforma de mobilidade urbana.

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Suas contribuições vão além de apenas criar empresas bem-sucedidas. Levine tem se destacado por sua capacidade de identificar problemas reais e transformá-los em soluções inovadoras, uma habilidade que o tornou um dos empreendedores mais admirados da atualidade.

A história de Uri Levine e seus primeiros passos no empreendedorismo

Uri Levine nasceu em Israel em 1965 e desde cedo se mostrou interessado em tecnologia e inovação. Após concluir seus estudos na Universidade de Tel-Aviv, onde se formou em Engenharia, Levine trabalhou na prestigiosa unidade de inteligência cibernética 8200 do exército israelense.

(Reprodução/Forbes)

Antes de se aventurar no mundo das startups, Levine trabalhou em empresas como a Comverse Technology e a Openwave, lugares em que adquiriu uma vasta experiência no mercado de telecomunicações. 

No entanto, foi em 2007, ao cofundar o Waze, que ele realmente deu o grande salto no mundo dos negócios. Ao lado de Ehud Shabtai e Amir Shinar, Levine ajudou a criar um aplicativo de navegação baseado em dados colaborativos, revolucionando a maneira como as pessoas lidam com o trânsito.

O sucesso do Waze não foi apenas uma questão de sorte, mas sim fruto de um profundo entendimento do problema do usuário — o tráfego congestionado. Ao focar no problema real e na experiência do usuário, Levine criou uma solução que conquistou milhões de motoristas ao redor do mundo. Esse foco no problema, ao invés de se apegar à solução, tornou-se o princípio fundamental de sua carreira como empreendedor.

Waze: a revolução na navegação e trânsito inteligente

O Waze nasceu com a proposta de transformar o trânsito caótico em uma experiência mais fluida e menos estressante. O diferencial do aplicativo foi a criação de uma plataforma colaborativa na qual os próprios motoristas poderiam fornecer informações sobre as condições das estradas em tempo real, como acidentes, engarrafamentos e até a presença de radares.

Com o tempo, o Waze foi ganhando popularidade, alcançando milhões de usuários ao redor do mundo. O uso de dados em tempo real e a colaboração dos usuários permitiram que o Waze oferecesse uma experiência de navegação mais precisa do que qualquer outro serviço disponível na época — o que representou uma revolução no mercado de apps de GPS.

Em 2013, o Waze chamou a atenção do Google, que adquiriu a empresa por 1,1 bilhão de dólares. A aquisição não apenas consolidou o Waze como um dos maiores aplicativos de navegação do mundo, mas também permitiu que o Google integrasse a tecnologia de dados colaborativos em seus próprios produtos, como o Google Maps.

Moovit: a solução para a mobilidade urbana

Após o sucesso do Waze, Uri Levine continuou sua jornada empreendedora e, mais uma vez, focou em resolver um grande problema: a mobilidade urbana. Em 2012, Levine se tornou investidor e membro do conselho do Moovit, um aplicativo criado para facilitar o uso do transporte público

O Moovit oferece informações sobre horários, rotas e condições do transporte público em tempo real, ajudando milhões de usuários a se deslocarem de forma mais eficiente e planejada pelas cidades.

O conceito por trás do Moovit é similar ao do Waze: usar dados colaborativos para melhorar a experiência do usuário. Contudo, dessa vez, a plataforma se baseia em passageiros do transporte público, que contribuem com informações sobre as condições das linhas e horários dos ônibus, trens e metrôs. 

O aplicativo ajudou a resolver um problema global: a falta de informações precisas sobre o transporte público. Em 2020, o Moovit foi adquirido pela Intel por cerca de 1 bilhão de dólares, consolidando a plataforma como uma referência em mobilidade urbana inteligente.

Confira: Qual a importância do empreendedorismo na transformação social
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“Fall in Love with the Problem, Not the Solution”: a filosofia de Uri Levine

Em seu livro “Fall in Love with the Problem, Not the Solution”, Uri Levine compartilha as lições que aprendeu ao longo de sua carreira e como essas experiências ajudaram a moldar seu sucesso. 

O conceito central do livro é a ideia de que os empreendedores devem se apaixonar pelo problema, não pela solução. Levine acredita que entender profundamente o problema a ser resolvido é o primeiro passo para criar uma solução de impacto e que realmente atenda às necessidades dos consumidores.

(Reprodução/Dylan’s Dev Blog)

No livro, Levine descreve como ele e seus parceiros, ao desenvolverem o Waze, começaram com a identificação de um problema simples, mas significativo: o caos do trânsito. Ao invés de se fixarem em uma solução complexa, o foco estava em entender as frustrações dos motoristas e como a tecnologia poderia aliviar esse problema.

Em sua palestra no Web Summit 2015, Uri fala mais sobre o processo de criação de uma solução. Ele explica que o empreendedor deve primeiro identificar o problema a ser resolvido e, em seguida, entender como os usuários que realmente enfrentam esse problema percebem a situação. Com essas informações, é possível criar uma solução que realmente atenda às necessidades do público.

Outro conceito apresentado por Levine é a importância da validação do problema. Para ele, antes de qualquer desenvolvimento de produto ou solução, é preciso validar a verdadeira relevância do problema para os usuários. Isso ajuda a garantir que o produto seja bem-sucedido, além de evitar desperdício de tempo e recursos em ideias que não resolvem problemas reais.

Veja: Empresas de sucesso: lições de 7 gigantes do mercado
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3 lições de empreendedorismo com Uri Levine

Ao longo de sua carreira, Uri Levine compartilhou diversas lições valiosas sobre empreendedorismo, que foram essenciais para o sucesso do Waze, Moovit e outras startups criadas por ele. 

Essas lições são baseadas não apenas em suas vitórias, mas também em seus fracassos, e mostram como perseverança, inovação e uma abordagem focada no problema podem levar ao sucesso. 

A seguir, veja as três as principais lições de Levine para empreendedores:

1. Aprender com o fracasso

Uri Levine sempre enfatizou que o fracasso é uma parte inevitável e importante do ciclo empreendedor. Para ele, falhar não é um obstáculo, mas uma oportunidade de aprendizado. Ao longo de sua jornada, Levine enfrentou dificuldades que poderiam ter desmotivado qualquer outro, mas ele as encarou como lições cruciais. 

Segundo ele, aprender com os erros, entender o que não deu certo e aplicar esses aprendizados nas próximas tentativas são passos fundamentais para o crescimento. A habilidade de aceitar e aprender com o fracasso, em vez de se deixar derrotar por ele, é uma característica essencial de todo empreendedor de sucesso.

2. Inovação em mercados ineficientes

Uma das chaves para o sucesso de Levine foi sua capacidade de identificar mercados ineficientes e transformá-los por meio da tecnologia. Ele acreditava que os maiores sucessos vêm de startups que conseguem disruptar mercados existentes, onde há soluções ineficazes ou obsoletas. 

O Waze é um exemplo claro disso: o aplicativo surgiu em um mercado de navegação já estabelecido, mas ofereceu uma proposta totalmente nova. Da mesma forma, o Moovit surgiu para melhorar a mobilidade urbana. Para Levine, a inovação é mais eficaz quando vem de um diagnóstico claro de problemas reais e a criação de soluções simples, mas poderosas.

3. Escalando startups com tração

Escalar um negócio é um dos maiores desafios para qualquer empreendedor, e Levine é direto sobre o que é necessário para alcançar esse objetivo: tração. Ele afirma que uma startup só pode crescer de forma sustentável quando o produto atende de forma eficaz às necessidades reais do mercado, visão que está intimamente ligada ao conceito de Product-Market Fit (PMF).

Após alcançar esse ajuste, o próximo passo é garantir que o negócio tenha tração, ou seja, um crescimento constante no número de usuários ou clientes. Para Levine, escalar envolve não apenas ampliar a base de clientes, mas também fortalecer a infraestrutura e os processos internos da empresa, garantindo que o crescimento seja controlado e alinhado com a demanda do mercado.

Veja também: Saiba como medir o product market fit e validar seu produto
+ Inovações que mudam negócios: veja tipos e exemplos reais 

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