O horário de verão voltou ao debate público e governamental. Saiba se teremos a medida neste ano e, em qual período de 2024, ela pode ser adotada.
O horário de verão foi adotado no Brasil pela primeira vez em 1931 com o objetivo de economizar energia ao aproveitar melhor a luz natural.
A medida consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses de maior luminosidade, geralmente de novembro a fevereiro. Na prática, isso reduz o consumo de energia elétrica no período noturno, beneficiando o sistema energético.
Para os brasileiros, os impactos incluem ajustes no cotidiano e no sono, enquanto para o governo a medida ajuda na gestão da demanda energética, evitando sobrecargas.
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Ainda não há uma decisão oficial sobre o retorno do horário de verão em 2024. De acordo com o portal G1, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a adoção da medida, que agora depende da aprovação final do presidente Lula.
Estudos indicam que o horário de verão pode reduzir a demanda de energia, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A decisão deve ser anunciada em breve, mas o governo ainda está avaliando a recomendação junto a outros setores
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi criado para garantir a segurança e continuidade do fornecimento de energia no Brasil. Ele é presidido pelo Ministro de Minas e Energia e conta com representantes de órgãos importantes, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O CMSE monitora a geração, transmissão e comercialização de energia, além de avaliar as condições de abastecimento de eletricidade, gás natural e petróleo. Também realiza análises periódicas para assegurar o atendimento do mercado energético.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista que o Brasil não corre risco de apagões em 2024, apesar da maior seca em 94 anos. Ele destacou que medidas como a redução da vazão de hidrelétricas ajudaram a evitar um colapso energético.
Silveira também comentou sobre o retorno do horário de verão, classificando-o como uma “possibilidade real”, e ressaltou que o tema está sendo discutido em diversas áreas do governo, considerando tanto o impacto energético quanto econômico da medida.
“O horário de verão é uma possibilidade real, nós estamos trabalhando nesse sentido. Eu estou dialogando firmemente com todas as áreas do governo, porque o horário de verão é transversal, tem um impacto energético, mas tem também um impacto na economia, em alguns setores muito positivo, outros nem tanto”, disse.
Geralmente, o horário de verão no Brasil começa no primeiro domingo do mês de novembro de cada ano e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte, em parte do território nacional.
Embora a retomada do horário de verão tenha sido cogitada para 2024, a decisão final sobre a adoção da medida ainda não foi tomada e está sob a responsabilidade do Presidente da República.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o principal objetivo do Horário de Verão era o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a reduzir a concentração de consumo no horário entre 18h e 21h.
Ocorria um “achatamento” da curva de consumo, reduzindo o nível do pico deste intervalo temporal e aumentando a permanência da curva em patamares mais baixos.
Dessa forma, entre as 18 e às 21h, conseguia-se um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações, e nos sistemas de distribuição.
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