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Vale a pena fazer uma pós-graduação de 6 meses?

Descubra os prós e contras das pós-graduações de curta duração e saiba se um curso intensivo de 6 meses pode realmente impulsionar sua carreira

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), uma pós-graduação lato sensu deve ter, no mínimo, 360 horas-aula. Em tempo corrido, normalmente os cursos mais tradicionais duram entre 10 e 12 meses. Mas sabia que é possível concluir a sua especialização em apenas 6 meses?

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É exatamente isso que Valesca Sobreira Dias Rodrigues, de 28 anos, está fazendo. Ela, que é enfermeira e sonha em dar aula para alunos da graduação, está fazendo a pós-graduação de um semestre em Docência no Ensino Superior, na Faculdade de Macapá (Fama).

“Optei por esse curso justamente por causa do tempo. Em 6 meses consigo completar a minha pós-graduação e, então, começar a dar aula” , diz a estudante.

E o tempo mais enxuto é o principal motivo pelo qual esses cursos intensivos são buscados. É o que afirma Carlos Pagani, Diretor Acadêmico de Pós-Graduação do grupo Kroton.

Segundo o especialista, o número de pessoas em busca desse tipo de pós graduação vem crescendo a cada dia. “Mas existem público para todas as opções. Pessoas que preferem fazer um curso presencial e mais longo e outros que têm mais tempo para investir nos estudos de uma pós mais intensiva.”

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Vale a pena fazer uma pós em 6 meses?

“A pós de 6 meses não tem prejuízo em relação a um curso presencial ou de maior tempo. Isso porque o conteúdo é o mesmo, só que oferecido em um tempo menor. Por isso os alunos precisam ter mais tempo disponível, pois o estudo será muito mais intensivo”, explica o especialista Pagani.

A tecnologia é uma grande aliada a esses cursos, pois, justamente por meio dela e de seus recursos, o aluno poderá realizar suas atividades, ter acesso ao material e às aulas sem nenhum prejuízo em relação a um curso mais extenso ou presencial.

Além disso, conforme Pagani ressalta, o aluno consegue, nesse caso, ter acesso livre às aulas, conferindo o conteúdo quantas vezes quiser. 

Como são as pós intensivas?

Fazer uma pós-graduação mais intensiva e de curto período é o mesmo que estudar o conteúdo de anos na metade do tempo. Para isso é necessário que o aluno tenha uma disponibilidade maior de tempo, pois terá mais conteúdo durante a semana e avaliações com uma frequência maior.

“Com a correria do dia a dia e do trabalho eu não consegui fazer um curso presencial, então optei por um a distância. E nessa pós que estou fazendo tenho várias disciplinas e uma prova a cada duas semanas. Ao final terei uma avaliação presencial que abrangerá o conteúdo do semestre inteiro”, conta Valesca.

A estudante comenta que costuma fazer suas aulas e atividades três vezes por semana, de segunda à sexta-feira. Por outro lado, todos os sábados e domingos são dedicados ao seu curso.

Vale dizer que, em um curso de mais tempo, normalmente as aulas acontecem duas vezes por semana (com exceção de trabalhos e atividades extras).

Essa é a primeira vez que Valesca faz uma especialização a distância. Ela conta já ter cursado Obstetrícia, que teve duração de 2 anos e conta como uma residência e, em 2018, o curso de Dermatologia com ênfase em feridas, o qual durou 10 meses.

“Para mim a melhor parte de um curso a distância é a flexibilidade de adaptar a minha rotina ao ambiente virtual e acessar o conteúdo de acordo com o meu tempo disponível. Acho ótimo ter a opção de gerenciar meu próprio tempo”, comenta a pós-graduanda.

Além disso, Valesca aponta a curta duração como um incentivo para seus estudos. Isso porque o seu desejo é começar a dar aulas o quanto antes e, para isso, uma especialização de menor período foi ideal.

“Tenho o mesmo conteúdo que uma especialização maior, só que consigo concluí-la em menos tempo. Isso é bom porque quero ir logo para esse mercado de trabalho”, conta a estudante.

Nos cursos de 6 meses de pós-graduação não é necessário apresentar um trabalho de conclusão de curso para garantir o seu certificado. Pagani explica que, desde a nova resolução do MEC (N.01/06.04.2018), a entrega e defesa do TCC deixaram de ser obrigatórios para todas as especializações lato sensu (excluindo, então, os cursos stricto sensu.

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