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Violência infantil: bater é a solução?

Bater em crianças é uma atitude muito grave de ser feita. Veja quais alternativas para a violência infantil.

Todo pai ou mãe, independentemente de serem novos nessa função ou não, possuem o objetivo de proporcionar a melhor educação possível para seus filhos. E a violência infantil não é uma dessas soluções.

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Para alcançar esse objetivo, é fundamental que se lide sempre com respeito, amor e paciência. No entanto, em certos casos, os pais acabam recorrendo à agressão física e verbal como forma de educar seus filhos. Em outras situações, as palmadas são uma resposta à raiva, explosões e à falta de limites — como quando os filhos fazem birras em lugares públicos, por exemplo.

Entretanto, já está mais do que claro que praticar a violência infantil ou bater para educar está longe de ser a melhor medida. Inclusive, na maioria das vezes, acaba gerando o efeito contrário: em vez de respeito e educação, os filhos desenvolvem sentimentos como medo e rancor. Continue a leitura para saber mais detalhes sobre a violência infantil e suas consequências.

Quais as consequências da violência infantil?

A violência infantil não é a resposta para educar um filho por várias razões importantes:

1) Impacto emocional negativo: 

A violência física e verbal causa danos emocionais significativos nas crianças. Elas podem desenvolver medo, baixa autoestima, ansiedade e problemas de comportamento como resultado do abuso. Esse ato não constrói uma relação saudável entre pais e filhos e pode levar a um distanciamento emocional.

2) Modelagem de comportamento inadequado: 

Quando os pais usam violência como forma de disciplina, estão ensinando às crianças que a agressão é uma maneira aceitável de resolver conflitos e impor autoridade. Isso pode levar as crianças a replicarem esse comportamento agressivo em outros aspectos de suas vidas, como nas interações com colegas e na resolução de problemas.

Leia também: + Como lidar quando meu filho não aceita ser contrariado?

3) Falta de comunicação efetiva: 

A violência infantil impede o desenvolvimento de habilidades de comunicação saudáveis. Em vez de aprenderem a expressar seus sentimentos e resolver conflitos de maneira construtiva, os pequenos podem se sentir intimidados e suprimir suas emoções, o que pode resultar em dificuldades emocionais e de relacionamento no futuro.

4) Alternativas mais eficazes: 

Existem várias abordagens disciplinares positivas e não violentas que têm se mostrado mais eficazes para educar as crianças. Essas estratégias envolvem o estabelecimento de limites claros, o estímulo de comportamentos positivos, o uso de recompensas e consequências adequadas, a comunicação aberta e o estabelecimento de um ambiente seguro e amoroso.

5) Legislação e proteção da criança: 

A violência infantil é considerada ilegal em muitos países e é amplamente condenada por organizações internacionais de direitos humanos e proteção à criança. Há leis que visam proteger as crianças de abusos físicos e verbais, reconhecendo que todos os indivíduos têm direito a uma infância segura e livre de violência.

É fundamental que os pais busquem alternativas saudáveis e não violentas para educar seus filhos, a fim de garantir seu bem-estar emocional e físico, promover um relacionamento de confiança e construir uma base sólida para o seu desenvolvimento. Vamos dar uma olhadinha em algumas delas?

Alternativas que podem substituir a violência infantil

1) Imponha o respeito através do carinho

Quando os pais não batem no filho, eles se apresentam como autoridade diante da atitude da criança. É exatamente com essa atitude de saber lidar com carinho e paciência com as manhas dos pequenos, que os pais mostram que sabem manter o controle de si mesmos, agindo como pessoas que se preocupam com o filho e têm capacidades para lidar com as situações problemáticas sem se descontrolar e recorrer aos tapas ou gritos.

Leia também: + O que fazer com filhos mal educados?

É importante lembrar que a força física de um adulto é muito maior do que a de uma criança, e se amplia nos momentos de raiva. Ou seja, quando você não bate, você evita machucar seu filho seriamente.

Lidar com os problemas dos filhos com carinho e diálogo e explicar os limites sem impôr violência fazem com que o desenvolvimento das crianças seja saudável. Com isso, você garante melhor que o seu filho não tenha dificuldades para respeitar autoridades e receber ordens, já que ele não será controlado na infância pela força física e sim por normas e diálogos bem compreendidos.

2) Saiba diferenciar autoridade de autoritarismo

Apesar de parecerem bem semelhantes, esses dois conceitos são muito diferentes. V Ter autoridade significa agir com o poder que se tem para estipular regras e zelar pelo bom convívio. Agir com o autoritarismo, porém, significa abusar do poder que lhe cabe, impondo regras de forma rude e criando uma relação de tensão entre a família.

Usar a autoridade para estipular limites e educar é perfeitamente cabível para os responsáveis que querem uma alternativa às palmadas. É muito importante, entretanto, que você saiba deixar claro para o seu filho que você tem esse poder de decisão sobre ele e que as atitudes que toma são sempre visando o bem de toda a família. A criança precisa entender que ela pode escolher o que quer, mas que a decisão final será sua.

3) Eduque com palavras e saiba escutar

Muitos pais acreditam na prática de castigar com palmadas, gritos e outras formas de agressão como uma alternativa para a correção do mau comportamento, da falta de limites e da falta de respeito por parte dos filhos. Porém, um grande passo para transmitir a imagem de autoridade para os filhos é saber ouvi-los e conversar sempre que algo não estiver indo para o caminho certo.

Quando os filhos notam que podem se expressar e que você se importa com o que eles querem e pensam, eles se sentem importantes e, consequentemente, atribuem a você uma imagem de alguém que deve ser respeitado.

Para se aprofundar mais sobre as consequências da violência infantil 

Dica de série documental: O caso de Gabriel Fernandez é uma tragédia que ocorreu nos Estados Unidos em 2013. Gabriel Fernandez, um menino de 8 anos, foi vítima de abuso físico e emocional extremo, resultando em sua morte. Sua história foi documentada na série “The Trials of Gabriel Fernandez” da Netflix. A série trata do caso de uma maneira sensível.

Gabriel foi espancado, torturado e submetido a uma série de abusos ao longo de meses, cometidos por sua mãe e seu padrasto. A série explora os eventos que levaram à morte de Gabriel, bem como as falhas do sistema de proteção à criança que permitiram que essa tragédia acontecesse.

O caso de Gabriel Fernandez levantou debates e discussões sobre a importância de identificar e intervir em situações de abuso infantil, destacando a necessidade de melhorar os sistemas de proteção à criança e conscientizar a sociedade sobre os sinais de abuso.

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