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Cigarro

Biologia - Manual do Enem
William Mira Publicado por William Mira
 -  Última atualização: 30/7/2022

Índice

Introdução

cigarro é um tipo de droga lícita no Brasil. Ele pode ser encontrado vendido em maços contendo vinte unidades. É considerado como a droga mais utilizada na atualidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),  o cigarro é a principal causa de morte evitável do mundo

Geralmente, a fabricação do cigarro usa como substrato o tabaco presente em plantas do gênero Nicotiana que contém a Nicotina, principal substância que causa dependência.

Fumantes no Brasil e no mundo

A OMS estima que quase três bilhões de pessoas no mundo sejam fumantes (quase 40% da população mundial), sendo que sua maioria se reconhece como homens. 

Nos países subdesenvolvidos, 48% dos fumantes se identificam com o gênero masculino e 7% se identificam com o gênero feminino. Em países desenvolvidos, a população de fumantes masculinos caem ligeiramente, atingindo os 42%, enquanto que a população fumante feminina triplica para 24%.

No Brasil, uma pesquisa do IBGE em 2014 mostrou uma pequena redução no número de fumantes. Segundo o instituto, o total de usuários foi de 18% da população (2008) para 15% (2013). Como principais motivos para a redução de 3%, são apontadas as políticas públicas de conscientização e a proibição do fumo em locais fechados.

O número de mortes decorrente do uso do cigarro (aqui analisados apenas os cigarros à base de tabaco) atinge quase cinco milhões de mortes ao ano.

Origens

As primeiras informações da utilização do tabaco como fumo são da América Central em rituais religiosos e datam por volta do século IX, embora estudos suponham que o consumo de tabaco se iniciou muito antes de Cristo.

Só a partir do século XX, após a colonização, que o cigarro se espalhou por todo o mundo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, quando houve distribuição gratuita de tabaco para as tropas.

Forma de consumo

A forma de consumo do cigarro é através da inalação da fumaça após a combustão. A fumaça, uma vez inalada, vai para o pulmão onde é absorvida pelos alvéolos e transportada pela corrente sanguínea até o cérebro e demais regiões. 

Componentes do cigarro

Estima-se que componham apenas um cigarro mais de quatro mil substâncias diferentes.

Dentre elas, temos:

  • nicotina: responsável pelos efeitos e sensações de bem estar;
  • monóxido de carbono (CO);
  • acroleína: que garante o sabor amargo
  • amônia (NH3);
  • agrotóxicos: oriundos de um tabaco oriundo de uma cultura que faz uso de agrotóxicos;
  • formolmercúrioníquel e mais de cinqüenta substâncias carcinogênicas (que estimulam o aparecimento de tumores).

Como agem os componentes

Cada substância age ou contribui de uma forma diferente para os efeitos cigarro no organismo.

Nicotina

Alcalóide que age no cérebro interagindo com os receptores nicotínicos liberando dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina e noradrenalina, neurotransmissores responsáveis pelos efeitos de prazer e sedação do cigarro. Também é responsável pela dependência.

Irritantes

Responsáveis pelas alterações dos mecanismos de defesa do pulmão como constrição brônquica e estimulação da secreção. Essas substâncias como a Acroleína, fenóis, amoníaco, ácido cianídrico e peróxido de nitrogênio provocam as tosses características dos fumantes.

Agentes cancerígenos

São as substâncias que contribuem para o surgimento de tumores associados ao consumo de tabaco. Principalmente o alfabenzopireno.

Monóxido de Carbono

Quando inalado se associa permanentemente à hemoglobina, diminuindo assim a capacidade de transporte de oxigênio.

Efeitos

Os efeitos de curto prazo do uso do cigarro à base de tabaco ocorrem poucos minutos após o consumo e são relacionados aos seus efeitos psicoativos, podendo ser estimulantes e depressores:

  • Diminuição dos Reflexos;
  • Sensação de prazer;
  • Sedação em alguns casos;
  • Diminui o aumento de peso e apetite;
  • Arritmia;
  • Aumento da frequência respiratória e da tensão arterial;
  • Tosses.

A fumaça do cigarro prejudica a circulação do pulmão. Os alvéolos pulmonares ficam incapacitados de realizar as trocas gasosas, deixando o organismo com uma baixa taxa de oxigenação nos tecidos, ocasionando os efeitos a longo prazo do uso contínuo do cigarro:

  • Inflamação dos brônquios;
  • Enfisema pulmonar (obstrução crônica do pulmão);
  • Menor resistência física e cansaço;
  • Câncer de pulmão;
  • Arteriosclerose (endurecimento da parede arterial gerando hipertensão);
  • Enfarte do miocárdio;
  • Trombose (obstrução das veias e artérias impossibilitando o fluxo da corrente sanguínea);

Outro fator preocupante do uso contínuo do tabaco é sua alta taxa de dependência, sendo, inclusive, mais intensa que a dependência a maconha, cocaína e até ao crack.

A falta de cigarro pode causar fortes crises de abstinência que podem ocorrer algumas horas depois do consumo do último cigarro e prevalecendo por até quatro semanas, o que pode gerar transtornos alimentares, depressão, tonturas, irritabilidade, ansiedade, insônia e até vômitos freqüentes em alguns casos.

Tipos de Fumantes

A OMS e o Ministério da Saúde diferenciam os fumantes em dois grupos: os fumantes ativos e fumantes passivos.

Os fumantes ativos são todos aqueles dependentes de tabaco, que consomem cigarro de forma contínua e tem acesso aos seus efeitos.

Entende-se por fumantes passivos todos os indivíduos que não fumam ou são dependentes de cigarro, mas que estão constantemente na presença de fumantes ativos. 

Os fumantes passivos acabam inalando a fumaça proveniente de um fumante ativo, podendo apresentar alguns efeitos como o fumante ativo.

O contato com a fumaça liberada do tabaco pode provocar coceira nos olhos, tosses, falta de apetite, ausência de olfato e paladar. 

Além disso, pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer revelaram que pelo menos sete brasileiros fumantes passivos morrem diariamente por doenças provocadas pela exposição à fumaça do Tabaco. Por ano, no Brasil, ocorrem aproximadamente duzentas mil mortes em decorrência do uso do cigarro. 

A principal preocupação com os fumantes passivos é o contato direto com substâncias voláteis e cancerígenas que são liberadas na forma de fumaça e não são absorvidas pela inalação do fumante ativo, mas apenas pelo passivo.

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