O cigarro é um tipo de droga lícita no Brasil. Ele pode ser encontrado vendido em maços contendo vinte unidades. É considerado como a droga mais utilizada na atualidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro é a principal causa de morte evitável do mundo.
Geralmente, a fabricação do cigarro usa como substrato o tabaco presente em plantas do gênero Nicotiana que contém a Nicotina, principal substância que causa dependência.
A OMS estima que quase três bilhões de pessoas no mundo sejam fumantes (quase 40% da população mundial), sendo que sua maioria se reconhece como homens.
Nos países subdesenvolvidos, 48% dos fumantes se identificam com o gênero masculino e 7% se identificam com o gênero feminino. Em países desenvolvidos, a população de fumantes masculinos caem ligeiramente, atingindo os 42%, enquanto que a população fumante feminina triplica para 24%.
No Brasil, uma pesquisa do IBGE em 2014 mostrou uma pequena redução no número de fumantes. Segundo o instituto, o total de usuários foi de 18% da população (2008) para 15% (2013). Como principais motivos para a redução de 3%, são apontadas as políticas públicas de conscientização e a proibição do fumo em locais fechados.
O número de mortes decorrente do uso do cigarro (aqui analisados apenas os cigarros à base de tabaco) atinge quase cinco milhões de mortes ao ano.
As primeiras informações da utilização do tabaco como fumo são da América Central em rituais religiosos e datam por volta do século IX, embora estudos suponham que o consumo de tabaco se iniciou muito antes de Cristo.
Só a partir do século XX, após a colonização, que o cigarro se espalhou por todo o mundo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, quando houve distribuição gratuita de tabaco para as tropas.
A forma de consumo do cigarro é através da inalação da fumaça após a combustão. A fumaça, uma vez inalada, vai para o pulmão onde é absorvida pelos alvéolos e transportada pela corrente sanguínea até o cérebro e demais regiões.
Estima-se que componham apenas um cigarro mais de quatro mil substâncias diferentes.
Dentre elas, temos:
Cada substância age ou contribui de uma forma diferente para os efeitos cigarro no organismo.
Alcalóide que age no cérebro interagindo com os receptores nicotínicos liberando dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina e noradrenalina, neurotransmissores responsáveis pelos efeitos de prazer e sedação do cigarro. Também é responsável pela dependência.
Responsáveis pelas alterações dos mecanismos de defesa do pulmão como constrição brônquica e estimulação da secreção. Essas substâncias como a Acroleína, fenóis, amoníaco, ácido cianídrico e peróxido de nitrogênio provocam as tosses características dos fumantes.
São as substâncias que contribuem para o surgimento de tumores associados ao consumo de tabaco. Principalmente o alfabenzopireno.
Quando inalado se associa permanentemente à hemoglobina, diminuindo assim a capacidade de transporte de oxigênio.
Os efeitos de curto prazo do uso do cigarro à base de tabaco ocorrem poucos minutos após o consumo e são relacionados aos seus efeitos psicoativos, podendo ser estimulantes e depressores:
A fumaça do cigarro prejudica a circulação do pulmão. Os alvéolos pulmonares ficam incapacitados de realizar as trocas gasosas, deixando o organismo com uma baixa taxa de oxigenação nos tecidos, ocasionando os efeitos a longo prazo do uso contínuo do cigarro:
Outro fator preocupante do uso contínuo do tabaco é sua alta taxa de dependência, sendo, inclusive, mais intensa que a dependência a maconha, cocaína e até ao crack.
A falta de cigarro pode causar fortes crises de abstinência que podem ocorrer algumas horas depois do consumo do último cigarro e prevalecendo por até quatro semanas, o que pode gerar transtornos alimentares, depressão, tonturas, irritabilidade, ansiedade, insônia e até vômitos freqüentes em alguns casos.
A OMS e o Ministério da Saúde diferenciam os fumantes em dois grupos: os fumantes ativos e fumantes passivos.
Os fumantes ativos são todos aqueles dependentes de tabaco, que consomem cigarro de forma contínua e tem acesso aos seus efeitos.
Entende-se por fumantes passivos todos os indivíduos que não fumam ou são dependentes de cigarro, mas que estão constantemente na presença de fumantes ativos.
Os fumantes passivos acabam inalando a fumaça proveniente de um fumante ativo, podendo apresentar alguns efeitos como o fumante ativo.
O contato com a fumaça liberada do tabaco pode provocar coceira nos olhos, tosses, falta de apetite, ausência de olfato e paladar.
Além disso, pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer revelaram que pelo menos sete brasileiros fumantes passivos morrem diariamente por doenças provocadas pela exposição à fumaça do Tabaco. Por ano, no Brasil, ocorrem aproximadamente duzentas mil mortes em decorrência do uso do cigarro.
A principal preocupação com os fumantes passivos é o contato direto com substâncias voláteis e cancerígenas que são liberadas na forma de fumaça e não são absorvidas pela inalação do fumante ativo, mas apenas pelo passivo.