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Atitude Filosófica: veja o que é e características

Filosofia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 7/3/2024

Índice

Introdução

De maneira geral, define-se atitude filosófica  como um comportamento de um grupo ou indivíduo em que são adotadas posturas críticas pautadas na racionalidade em relação aos acontecimentos. A atitude filosófica é, então, romper com o senso comum, com aquilo que é imposto socialmente. É problematizar a partir da racionalidade, fatos, acontecimentos e elementos do cotidiano.

racionalidade e o agir racional são imprescindíveis para que o grupo ou indivíduo desenvolvam posturas críticas. Por pensar e agir racionalmente, entende-se que os indivíduos devam  desenvolver pensamentos a partir da razão, a partir do uso de métodos e de lógica.

Faz parte da atitude filosófica colocar em dúvida as imposições e regras sociais. A partir disso, a sociedade fundamenta o comportamento crítico e passa a atuar como questionadora e problematizadora das imposições, das regras e das padronizações sociais.

O posicionamento crítico determina a atitude filosófica, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade e consequentemente, estabelece a crítica ao modelo em que vive. São as perplexidades e incômodos cotidianos que permitem ao cidadão entender e adotar um posicionamento crítico e racional, que, por sua vez, colaboram para a reação do indivíduo ou grupo diante de problemas e questões que abalam direta ou indiretamente a  vida cotidiana.

A partir do posicionamento, o grupo social talvez consiga realizar mudanças e posteriormente, garantir que os resultados alcançados façam parte da vida e do cotidiano.

O homem racional passa a agir ativamente e deixa de ser levado e dominado pelo outro. Toda atitude do próprio ser social e dos outros atores que convivem no seu meio passam a ser racionalmente questionadas. A racionalidade pauta, portanto, a ação dos indivíduos.

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O que é uma atitude filosófica?

Apesar de possuir uma definição geral, a atitude filosófica apresenta quatro aspectos que podem complementar sua definição: o espanto, a dúvida, o rigor e a insatisfação.

O espanto

espanto é considerado o ponto de partida para uma atitude filosófica. A partir do espanto, o indivíduo deixa de ser indiferente à sua realidade, as ações e os acontecimentos. Assim que o espanto é gerado há a impulsão para que seja construída a atitude críticaracionalcontestadora e problematizadora.

Aristóteles foi um dos primeiros a defender a origem da filosofia a partir do espanto do ser social, da estranheza e da perplexidade em relação aos acontecimentos da natureza, do universo e da vida. Para Aristóteles, o espanto é o ponto de partida para a formulação de perguntas críticas e racionais e, consequentemente, para a busca por respostas e soluções que possam minimizar ou solucionar definitivamente as questões que geram dúvidas, incômodos e desconfortos.

A dúvida

dúvida também é elemento essencial para a construção da filosofia e da atitude filosófica. É preciso que o filósofo duvide de todos os conceitos, todas as verdades e todas as imposições sociais. O filósofo não deve naturalizar os conhecimentos, deve problematizar tudo que é posto e apresentado, sempre usando a racionalidade.

Se não houver dúvida, não será possível repensar e discordar do que já está estabelecido. Sem a dúvida, não é possível reformular, já que todas as respostas e teorias deixariam de ser questionadas.

O rigor

A atitude filosófica depende basicamente do rigor para garantir bases sólidas para seus questionamentos e atitudes. É preciso rigor para evitar ambiguidade, informações e críticas contraditórias aos fatos que são postos em xeque.

O rigor é um dos elementos importantes para que o filósofo ou o questionador não use de falsas informações ou lógica rasa e falaciosa para basear suas críticas e atitudes. O rigor, aliado à racionalidade, garante as bases para sustentação das críticas ao modelo socialmente imposto, que é o alvo principal daqueles que adotam a atitude filosófica.

A insatisfação

Não é tarefa da filosofia garantir respostas prontas e satisfatórias às questões e dúvidas pessoais. O que mais se encontra na filosofia são questionamentos e dúvidas. Não há certezas, as teorias não estão prontas e acabadas. É preciso sempre que o filósofo duvide do senso comum, duvide das informações que recebe, duvide de suas próprias conclusões e certezas

O filósofo deve evitar a satisfação diante das respostas que encontra, pois a insatisfação garantirá a busca por outras respostas, por outros pontos de vista, outras teorias e outras visões de mundo diante da sociedade e das práticas que estão sendo questionadas.

A atitude filosófica é, portanto, um posicionamento, um modelo de ação que discordaquestiona e busca respostas e possíveis ações para o padrão social imposto pela  sociedade na qual o filósofo vive. Assim, ao questionar, duvidar ou se espantar de forma racional, o indivíduo ou o grupo social passam do estado de atitude costumeira, aquela que já tem sua imposição normalizada, e passa a adotar o comportamento de quem tem atitude filosófica.

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Três perguntas que caracterizam atitude filosófica 

Para ajudar no trabalho de passar da atitude costumeira para a filosófica, Marilena Chauí apresenta ao pensador três questionamentos que devem ser levantados para auxiliar na tarefa de iniciar um comportamento baseado na atitude filosófica. A seguir, estão apresentadas as questões:

  • O que é? - Consiste em questionar qual o significado de algo, que pode ser um valor, um conceito, uma ideia, uma realidade, uma verdade, um comportamento, um valor ou uma realidade. 
  • Por que é? - É preciso tentar desvendar qual a origem do valor, conceito, ideia, verdade, comportamento, valor ou realidade que está sendo questionado.
  • Como é?- Cabe à filosofia indagar quais sistemas de relação e estruturas sustentam os valores, ideias, verdades, conceitos e comportamentos.

Dermeval Saviani e a atitude filosófica

Alguns pensadores desenvolveram suas próprias teorias e definições para caracterizar a atitude filosófica. Dentre eles, destaca-se o filósofo e pedagogo Dermeval Saviani, que determina que adotar uma atitude filosófica significa ter posturas críticas frente às imposições sociais, colocar em dúvida questionar todo tipo de determinação e regra imposta.

O pensador atrela a necessidade de desenvolver atitude filosófica, a partir da educação, como uma das posturas necessárias às classes marginalizadas, para que consigam superar a condição de dominação e subalternidade. No desenvolvimento de suas ideias, Saviani apresenta as seguintes características da atitude filosófica: busca da verdade e sabedoria.Tanto a busca da sabedoria e da verdade, principalmente a partir da educação, colaboram para a superação da dominação das classes. Em determinados pontos, o pensamento de Saviani aproxima-se ao do educador Paulo Freire.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UEG/2013

O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia:

A é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.
B existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.
C inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.
D surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.
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