O período de exílio de Paulo Freire, que ocorreu entre 1964 e 1980, foi um dos momentos mais difíceis de sua vida.
Freire foi preso pouco depois do golpe militar de 1964 no Brasil, acusado de ser um agitador comunista e uma ameaça à segurança nacional.
Ele passou 70 dias na prisão, onde sofreu tortura e humilhação. Depois de ser libertado, Freire exilou-se no Chile, onde trabalhou com o governo de Salvador Allende na reforma educacional do país.
Em 1969, Freire mudou-se para a Suíça, onde trabalhou na Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.
Durante seu exílio, ele viajou por toda a Europa, África e América Latina, dando palestras e ensinando sua pedagogia para professores e líderes comunitários.
Ele continuou a escrever e publicar livros, incluindo "Pedagogia do Oprimido", que foi traduzido para várias línguas e tornou-se uma das obras mais influentes da educação crítica.
Freire só retornou ao Brasil em 1980, depois que a anistia foi concedida aos exilados políticos pelo governo militar.
Ele foi recebido com entusiasmo e reconhecido como um dos intelectuais mais importantes do país. Freire continuou a ensinar e a escrever até sua morte em 1997, deixando um legado duradouro na educação e na luta pela justiça social.