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Características da filosofia medieval: fé, razão e conhecimento explicados

Filosofia - Manual do Enem
Última atualização: 30/7/2025

Introdução

A filosofia medieval é um período fundamental para o desenvolvimento do pensamento ocidental, marcado pela íntima ligação entre a filosofia e o cristianismo. 

Durante a Idade Média, a busca pelo conhecimento esteve profundamente relacionada à tentativa de conciliar a fé e a razão, e esse diálogo foi essencial para a formação do pensamento filosófico e teológico da época. 

O teocentrismo, a ideia de que Deus é o centro de tudo, guiava a visão de mundo e o conhecimento, influenciando como os pensadores abordavam questões filosóficas e científicas. 

Para estudantes que se preparam para o Enem e para o ensino superior, compreender as características da filosofia medieval é essencial para entender como as bases do saber ocidental foram construídas.

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Imagem gerada por IA

Índice

Contexto histórico e origem da filosofia medieval

A filosofia medieval surgiu a partir da transição entre o pensamento clássico da Antiguidade e a nova realidade social e cultural da Idade Média. 

Neste período, que vai aproximadamente do século V ao XV, a Igreja Católica assumiu o papel de guardiã do saber, concentrando o ensino e a produção intelectual. O mundo medieval era marcado pelo teocentrismo, uma visão de mundo que colocava Deus como o fundamento de toda existência e conhecimento.

Além disso, foi nesse contexto que surgiram as primeiras universidades medievais, como as de Bolonha, Paris e Oxford, que se tornaram centros de estudo e debate filosófico. 

A filosofia greco-romana, principalmente as ideias de Aristóteles, foi adaptada para o contexto cristão, servindo de base para o desenvolvimento da chamada filosofia cristã. Essa adaptação buscava harmonizar o legado clássico com a doutrina cristã, abrindo caminho para a consolidação da escolástica.

Principais características da filosofia medieval

A filosofia medieval apresenta algumas características fundamentais que a distinguem dos períodos anteriores e posteriores. Entre elas, destacam-se:

  • Teocentrismo: Deus é o centro e a finalidade do conhecimento, baseando toda a existência na divindade.

  • Integração entre fé e razão: a fé e a razão não eram vistas como opostas, mas como caminhos complementares para alcançar a verdade.

  • Influência da escolástica: método baseado na lógica, no debate e na síntese entre filosofia e teologia, amplamente utilizado nas universidades.

  • Importância da lógica: a lógica era a ferramenta principal para argumentação e construção do conhecimento filosófico e teológico.

  • Papel da patrística: movimento filosófico inicial da filosofia cristã, com pensadores que fundamentaram os princípios do cristianismo na filosofia.

Teocentrismo e a visão de mundo medieval

O teocentrismo é a concepção filosófica que coloca Deus no centro de todo o conhecimento e existência. 

Diferentemente do antropocentrismo da filosofia moderna, que foca no ser humano, o teocentrismo medieval entende que a verdade e o sentido da vida só podem ser plenamente compreendidos em Deus. 

Essa visão orientava todos os campos do saber, desde a ética até a metafísica, mostrando a dependência do conhecimento em relação à divindade.

Fé e razão: caminhos complementares para o conhecimento

Na filosofia medieval, fé e razão eram considerados dois caminhos que, juntos, levavam à verdade. Diferente de uma oposição, os pensadores buscavam mostrar que a razão poderia sustentar a fé e vice-versa. 

Essa integração é um dos grandes legados da filosofia medieval, especialmente nas obras de grandes filósofos que tentaram demonstrar que o conhecimento racional e a revelação divina são compatíveis e complementares.

Escolástica: método e influência

A escolástica foi o método predominante da filosofia medieval, caracterizado pelo uso da lógica, do debate estruturado e da síntese entre filosofia e teologia. 

Esse método buscava organizar e sistematizar o conhecimento para esclarecer dúvidas e resolver contradições, especialmente nas universidades medievais. A escolástica marcou profundamente o ensino da época e influenciou o desenvolvimento da filosofia ocidental.

Principais pensadores e sua contribuição para a filosofia medieval

Dois nomes são essenciais para compreender a filosofia medieval: Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho. Santo Agostinho, ligado à patrística, foi responsável por fundar as bases da filosofia cristã, enfatizando a importância da fé aliada à razão para a busca do conhecimento.

Já Santo Tomás de Aquino, maior representante da escolástica, aprofundou essa relação, usando a lógica aristotélica para defender que fé e razão se complementam na busca pela verdade. 

Ele sistematizou o conhecimento filosófico e teológico, consolidando o pensamento medieval em obras como a “Suma Teológica”. A contribuição desses pensadores foi fundamental para a construção da filosofia medieval, influenciando o ensino e o pensamento cristão.

Influência da Igreja Católica e a teologia medieval

A Igreja Católica teve papel central na filosofia medieval, não apenas como guardiã do saber, mas como promotora e orientadora do conhecimento filosófico. A teologia medieval era considerada a “rainha das ciências” e orientava o estudo filosófico para que estivesse sempre alinhado com a doutrina cristã. Essa relação entre filosofia e teologia fortaleceu a ideia de que a busca pelo conhecimento deve respeitar e complementar a fé religiosa, sendo um elemento-chave para entender a filosofia medieval.

Legado da filosofia medieval e sua transição para a filosofia moderna

A filosofia medieval foi a base para o desenvolvimento do pensamento moderno, embora haja uma ruptura importante: o deslocamento do teocentrismo para o antropocentrismo, com a valorização do ser humano como centro da reflexão. 

O uso da razão também passou por transformações, tornando-se independente da fé em muitos aspectos. Assim, o legado da filosofia medieval permanece como um elo fundamental que preparou o terreno para o Renascimento e a filosofia moderna.

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