A palavra epistemologia significa ciência do conhecimento e é originária das palavras episteme e logos. A palavra foi usada pela primeira vez pelo filósofo escocês James Ferrier para designar a ciência dedicada a entender a crença e o conhecimento.
A epistemologia é a área da filosofia ligada a entender e a analisar as questões ligadas a crença e o conhecimento, bem como suas limitações, justificativas e racionalidade das crenças e do sistema de crenças de uma sociedade, como um todo.
Em meados da década de 1960, o filósofo britânico Jonathan Dancy expandiu o conceito de epistemologia definido por Ferrier. Na visão de Dancy, a epistemologia trata também das posturas cognitivas que, além das crenças, inclui também a análise das coisas que os indivíduos pensam ser conhecimento.
A partir da expansão feita por Jonathan Dancy, a epistemologia tem como uma de suas finalidades verificar se os indivíduos agem de maneira irresponsável ou responsável a partir do momento que formam e mantêm as crenças.
A área da filosofia denominada epistemologia surgiu pela primeira vez com os filósofos do período pré Socrático. Já no período Clássico, Platão, Sócrates e Aristóteles buscaram criar métodos e explicações para explicar suas dúvidas e questionamentos a partir do uso da racionalidade.
No período da Idade Média é que a epistemologia é redescoberta e ganha força juntamente com as ideias humanistas, renascentistas e iluministas que marcam, em grande parte a maneira de pensar racional do período.
O filósofo austríaco Karl Popper dedicou-se ao estudo da epistemologia a partir da construção de conhecimento de natureza científica. Dentre os temas centrais da pesquisa de Popper estão os critérios necessários para a demarcação, as conjecturas, as refutações e o falseamento nas ciências.
Dentre os conceitos mais importantes e centrais destacados por Popper está o da falseabilidade ou refutabilidade. Popper cria no decorrer da década de 1930 o sistema da falseabilidade, que permite de maneira racional e cientificamente organizada, pôr fim a resolução, a observação e a criação de questionamentos científicos a partir do método de indução.
No período anterior da criação das teorias de Karl Popper, os cientistas e filósofos, de forma geral, consideravam que tudo nas ciências vinha a partir da experimentação. Para Popper, as experiências servem para comprovar ou refutar teorias. O austríaco estabelece então a demarcação para o conhecimento científico e para o não científico.
Os principais conceitos da falseabilidade de Popper são:
Foi a partir das teorias popperianas que a ciência e a filosofia intensificaram as questões referentes ao individualismo e passaram a questionar-se e discutir sobre o que de fato seria ciência.
Leia o texto a seguir.
[...] não exigirei que um sistema científico seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas em sentido negativo [...].
(POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. Trad. L. Hegenberg e O. S. da Mota. São Paulo: Cultrix, 1972. p. 42.)
Assinale a alternativa que corresponde ao critério de avaliação das teorias científicas empregado por Popper.