O mito faz uma analogia à vida humana e a aquisição do conhecimento. A caverna representa o mundo, todos os indivíduos encontram-se dentro da caverna e acreditam apenas nas imagens que são refletidas pela fogueira. As crenças, culturas e opiniões do senso comum são consideradas verdades, as únicas verdades, assim como as sombras da caverna.
O indivíduo que se liberta das correntes, liberta-se também do senso comum, das ideias propagadas por outros e tidas como verdadeiras. Ao entrar em contato com o conhecimento, representado pelo sol, os indivíduos ficam temporariamente cegos, confusos. A insegurança com a quebra das noções do senso comum, a apresentação de outras realidades e possibilidades, causa incômodo, por isso, a reação mais comum é voltar para a caverna e continuar com uma visão já conhecida e confortável.
O conhecimento pode ser chocante, incômodo e confuso para aqueles que nunca haviam entrado em contato com outras formas de ver o mundo. Ao voltar para a caverna, o fugitivo desagrada os que continuavam presos. Para evitar que outros tenham acesso ao conhecimento e voltem cheios de ideias diferentes e consideradas malucas, o fugitivo é morto e o senso comum reestabelecido, no entanto, o conhecimento é capaz de despertar a curiosidade de alguns dos prisioneiros, não é possível para Platão ficar indiferente ao conhecimento.
A morte do fugitivo é uma analogia à morte de Sócrates, morto pelos atenienses por conta de seus pensamentos filosóficos que desestabilizaram as ideias do senso comum. O homem no mito, sai do mundo sensível e vai para o mundo inteligível.
Atualmente o mito ainda representa muitas sociedades e indivíduos, que preferem seguir o senso comum e as ideias já pré estabelecidas a pensar, formular suas próprias opiniões e questionar suas crenças. É mais cômodo e seguro manter e seguir ideias já estabelecidas.
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