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Imperialismo

História Geral - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

Podemos de chamar de Imperialismo o conjunto de ações políticas empreendidas por grandes nações com o objetivo de ampliar seu poder cultural, político, econômico e/ou territorial sobre outros povos, territórios, países ou grupos sociais. Esse poder pode ser exercido de forma direta ou indireta, sob vias formais ou nem tão formais assim. 

É importante pontuar que imperialismo e colonialismo são fenômenos distintos, apesar de próximos. O fenômeno imperialista contemporâneo, por exemplo, é também chamado de neocolonialismo - por possuir características muito próximas do colonialismo da Época Moderna. 

Além disso, o Imperialismo pode ser também um fenômeno ideológico e cultural e não necessariamente territorial.

Imperialismo e suas origens

A formação de Impérios a partir da expansão e dominação territorial data do Egito Antigo, Grécia e Império Romano, estendendo-se até a Idade Média com os casos do Islão e dos Turcos. 

Entretanto, foi mesmo a partir do Século XX que o termo Imperialismo passou a ser conhecido para designar o processo de ampliação do poder das potências europeias sobre outros territórios.

Esse processo ficou conhecido também como Neocolonialismo, devido à aproximação com o Colonialismo dos séculos XV a XIX. 

O Imperialismo Europeu - ou Neocolonialismo

O Imperialismo Europeu teve como ponto de partida o processo de expansão do capitalismo industrial na Europa. Entre o final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial passou por profundas transformações - resultantes da Revolução Industrial -, como o significativo aumento da produção. 

A busca pelo monopólio econômico e por investimento de capital externo passou a gerar a busca por domínio econômico de outros países, por mão-de-obra barata, matéria-prima e mercados consumidores. Sendo assim, o Imperialismo Europeu concentrou-se fundamentalmente em territórios nos continentes africano e asiático.

Rússia, Japão, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, França, Reino Unido e Bélgica foram alguns dos principais países a se inserirem no processo imperialista como países dominadores. 

O primeiro estudo sobre o imperialismo foi realizado pelo inglês John Hobson em 1902, que desenvolveu o argumento de que este processo foi decorrente do acúmulo de capital que, por sua vez, impulsionou a busca por mercados consumidores e matéria-prima. 

O processo de dominação dos países europeus em relação a outros países foi explicado a partir de três noções políticos e ideológicas centrais: 

  • darwinismo social; que a partir de interpretações duvidosas da Teoria da Evolução de Charles Darwin, justificava o domínio pela crença de que seria “natural” a dominação dos mais fracos pelos mais fortes;
  • etnocentrismo; que em uma perspectiva semelhante ao do darwinismo social, partia do princípio que haviam grupos étnicos superiores a outros e, por isso, a missão das sociedades superiores seria a de “civilizar” sociedades inferiores, o que justificava o domínio; 
  • e o racismo; a crença da hierarquia das raças fez com que os povos europeus subjugassem e se pensassem no direito de explorar outros grupos raciais, especialmente negros e asiáticos. 

Além disso, são processos também característicos do Imperialismo: 

  • a fusão do capital industrial e do capital financeiro
  • expansão das potências europeias a partir da forte influência cultural, políticas e econômica sobre outros países;
  • o domínio aconteceu de forma formal e informal. 

Diferenças entre Colonialismo e Imperialismo

É importante pontuar que o Colonialismo e o Imperialismo, apesar de possuírem características semelhantes, são fenômenos distintos. 

Enquanto o primeiro se refere ao processo de colonização desenvolvido na Idade Moderna, onde a busca era por pedras preciosas, metais e especiarias - o segundo se refere ao fenômeno que se iniciou no século XX, onde os neocolonialistas buscavam mercados consumidores e matérias-primas. 

Além disso, ao contrário do Colonialismo, no Imperialismo os territórios dominados não foram necessariamente anexados aos países europeus. 

O Imperialismo Norte-Americano

O Imperialismo Norte-Americano se refere a forte influência dos Estados Unidos da América nos aspectos culturais, político e econômicos em muitas partes do mundo, principalmente a partir do final do Século XIX, com o fim da Guerra Mexicano-Americana. 

Essa forte influência começou como uma política expansionista de Theodore Roosevelt e pode ser vista na grande quantidade de referências culturais, empresas e capital norte-americanos presentes no mundo. 

Legenda: Fotografia da Rede Estadunidense McDonad’s na Índia. 

Referências

HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988

SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2013

A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante. SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).

O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma

A cruzada religiosa.
B catequese cristã.
C missão civilizatória.
D expansão comercial ultramarina.
E política exterior multiculturalista.
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