Podemos de chamar de Imperialismo o conjunto de ações políticas empreendidas por grandes nações com o objetivo de ampliar seu poder cultural, político, econômico e/ou territorial sobre outros povos, territórios, países ou grupos sociais. Esse poder pode ser exercido de forma direta ou indireta, sob vias formais ou nem tão formais assim.
É importante pontuar que imperialismo e colonialismo são fenômenos distintos, apesar de próximos. O fenômeno imperialista contemporâneo, por exemplo, é também chamado de neocolonialismo - por possuir características muito próximas do colonialismo da Época Moderna.
Além disso, o Imperialismo pode ser também um fenômeno ideológico e cultural e não necessariamente territorial.
A formação de Impérios a partir da expansão e dominação territorial data do Egito Antigo, Grécia e Império Romano, estendendo-se até a Idade Média com os casos do Islão e dos Turcos.
Entretanto, foi mesmo a partir do Século XX que o termo Imperialismo passou a ser conhecido para designar o processo de ampliação do poder das potências europeias sobre outros territórios.
Esse processo ficou conhecido também como Neocolonialismo, devido à aproximação com o Colonialismo dos séculos XV a XIX.
O Imperialismo Europeu teve como ponto de partida o processo de expansão do capitalismo industrial na Europa. Entre o final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial passou por profundas transformações - resultantes da Revolução Industrial -, como o significativo aumento da produção.
A busca pelo monopólio econômico e por investimento de capital externo passou a gerar a busca por domínio econômico de outros países, por mão-de-obra barata, matéria-prima e mercados consumidores. Sendo assim, o Imperialismo Europeu concentrou-se fundamentalmente em territórios nos continentes africano e asiático.
Rússia, Japão, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, França, Reino Unido e Bélgica foram alguns dos principais países a se inserirem no processo imperialista como países dominadores.
O primeiro estudo sobre o imperialismo foi realizado pelo inglês John Hobson em 1902, que desenvolveu o argumento de que este processo foi decorrente do acúmulo de capital que, por sua vez, impulsionou a busca por mercados consumidores e matéria-prima.
O processo de dominação dos países europeus em relação a outros países foi explicado a partir de três noções políticos e ideológicas centrais:
Além disso, são processos também característicos do Imperialismo:
É importante pontuar que o Colonialismo e o Imperialismo, apesar de possuírem características semelhantes, são fenômenos distintos.
Enquanto o primeiro se refere ao processo de colonização desenvolvido na Idade Moderna, onde a busca era por pedras preciosas, metais e especiarias - o segundo se refere ao fenômeno que se iniciou no século XX, onde os neocolonialistas buscavam mercados consumidores e matérias-primas.
Além disso, ao contrário do Colonialismo, no Imperialismo os territórios dominados não foram necessariamente anexados aos países europeus.
O Imperialismo Norte-Americano se refere a forte influência dos Estados Unidos da América nos aspectos culturais, político e econômicos em muitas partes do mundo, principalmente a partir do final do Século XIX, com o fim da Guerra Mexicano-Americana.
Essa forte influência começou como uma política expansionista de Theodore Roosevelt e pode ser vista na grande quantidade de referências culturais, empresas e capital norte-americanos presentes no mundo.
Legenda: Fotografia da Rede Estadunidense McDonad’s na Índia.
HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988
SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante. SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma