O Colonialismo é caracterizado pela imposição de poder de uma nação sobre outra, traduzido na expansão territorial, na introdução de valores culturais e na manipulação econômica.
Principais características do colonialismo incluem:
Embora o conceito de colonialismo possa ser utilizado em diversos contextos históricos, em geral é empregado para descrever as relações entre os Estados Modernos europeus e os territórios que estavam sob seu controle, principalmente na América, entre os séculos XV e XIX.
Já os conceitos de neocolonialismo e imperialismo são usados para denominar as relações de dominação entre as potências europeias na África e na Ásia durante os séculos XIX e XX, portanto, já em outro período histórico.
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Em 1530, tem início a primeira grande expedição colonizadora do Brasil. Seu principal objetivo era proteger o território de invasores, especialmente os franceses, fazer valer os marcos do Tratado de Tordesilhas e introduzir a administração portuguesa sobre a colônia.
Para isso, o território foi dividido em Capitanias Hereditárias, em 1534. Ao longo de quase 300 anos, as práticas coloniais variaram muito.
Durante os primeiros séculos, a economia brasileira se concentrou na monocultura do açúcar em grandes latifúndios, demandando trabalho escravo. Posteriormente, entre os séculos XVII e XVIII, houve a descoberta de ouro, principalmente na região de Minas Gerais e do Centro Oeste. De forma minoritária, outros produtos como algodão e fumo também foram cultivados no Brasil, houve o desenvolvimento da pecuária na Região Sul, e a exploração das drogas do sertão na Região Amazônica.
Outro ponto característico da colonização portuguesa na América foi o processo de catequização dos povos indígenas pelos jesuítas, que esteve relacionado ao contexto da Contrarreforma, na tentativa da Igreja Católica de conquistar novos fiéis e combater a expansão do protestantismo.
A colonização da América espanhola se deu com a chegada de colonos que combateram as populações locais, como os astecas e os incas, e almejavam o enriquecimento e a conquista de terras.
Desse modo, houve uma disputa entre a parte da riqueza que ficaria para os colonos e a parte que ficaria para a coroa espanhola.
A divisão administrativa era baseada em Vice-Reinados, que mais tarde dariam origem aos países hispano-americanos. Logo no início da colonização espanhola, houve a descoberta de grandes quantidades de metais preciosos. Estes formaram as bases dessa economia colonial, obedecendo à lógica mercantilista. De maneira secundária, houve o desenvolvimento da agricultura e pecuária.
A entrada da Inglaterra na disputa por colônias na América se deu tardiamente em relação aos países ibéricos. Além do estabelecimento de colônias na América Central, as principais colônias inglesas se constituíram na região que deu origem aos Estados Unidos.
As primeiras expedições para povoamento se deram entre os séculos XVI e XVII. O marco desse processo foi a chegada do navio Mayflower em 1620 à região que seria batizada de Nova Inglaterra, levando os primeiros imigrantes puritanos para a América.
Nos Estados Unidos, se estabeleceu uma diferença entre as Colônias do Norte, onde os imigrantes estabeleceram pequenas propriedades familiares, baseadas na policultura voltada ao mercado interno e mão de obra livre, enquanto as Colônias do Sul foram marcadas por grandes propriedades rurais, baseadas na monocultura voltada para a exportação, e utilizando mão de obra escrava.
A expansão marítima e a busca por colônias pela França, a exemplo do que ocorreu com a Inglaterra, foram tardias em relação a Portugal e Espanha.
As expedições francesas foram amplamente financiadas pela coroa e ligadas à competição com as potências rivais. A França estabeleceu suas colônias principalmente na América do Norte e Central, em regiões do Canadá, Estados Unidos e Haiti, mas também tentou ocupar áreas do Brasil, entrando em disputa com os portugueses, sem, contudo, conseguir sucesso.
Os principais produtos obtidos nas colônias do norte eram peles e pescados, e na América Central, produtos tropicais como açúcar, tabaco, cacau e algodão.
Definição: Dominação e controle de uma nação sobre territórios estrangeiros.
Métodos: Exploração de recursos, imposição cultural e lingüística, e estabelecimento de estruturas econômicas favoráveis à nação dominante.
Período de Predominância: Principalmente entre os séculos XV e XX.
Potências Colonialistas: Nações europeias estabelecendo colônias na Ásia, África, Américas e Oceania.
Consequências:
Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade.
(Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado))
O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na