Os astecas - ou mexicas, como eles mesmos se chamavam - são considerados o império mais poderoso e desenvolvido dentre os povos ameríndios. Foram um dos grupos étnicos encontrados pelos espanhóis, na ocasião do Descobrimento da América.
Os astecas, também chamados de pré-colombianos, pois já estavam na região antes da chegada do conquistador Cristóvão Colombo, tinham um estilo de vida complexo e sofisticado, em relação aos demais povos nativos e fundaram a capital Tenochtitlán, símbolo de riqueza, grandeza e organização mexica. A antiga capital asteca abriga hoje a Cidade do México, capital do México.
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Os astecas foram uma das principais civilizações pré-colombianas que viveram em regiões onde hoje está localizado o Vale do México, local em que foi construída a capital asteca, chamada Tenochtitlán e após a conquista e dominação europeia, a Cidade do México foi erguida no local. Em comparação aos incas e maias, outros povos pré-colombianos, os astecas possuíam um sistema de organização mais complexo.
Os mexicas, como se chamavam, tinham o governo centralizado na figura do imperador, chamado de tlatoani, palavra nativa que significa aquele que comanda, aquele que reina ou aquele que fala. A centralização política durou até aproximadamente 1521, quando Hernán Cortés junto com aliados derrubou o governo do imperador Montezuma. O processo de conquista e a queda do Império asteca ocorreu entre 1519 e 1521.
Os astecas viveram em uma região próxima do que hoje é a Cidade do México. O Império tinha Tenochtitlán como capital.
Embora boa parte dos astecas estivesse localizado ao redor do lago Texcoco e na região do Vale do México, havia astecas também em regiões mais ao norte, no território que hoje é os Estados Unidos e em alguns pontos do sul do México e áreas da América Central.
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Os astecas eram originalmente um povo seminômade que vivia no norte da América, em Aztlan, na atual Califórnia.
Os historiadores acreditam que a busca por terras férteis os motivaram a peregrinar em direção a terras mais ao sul, até chegarem no lago Texcoco, no Vale do México, durante o Século XII.
Entretanto, existe também o mito de origem do Império Asteca. Segundo esse mito, os astecas, motivados por conflitos com outros povos, começaram a se deslocar para as terras ao sul, até que se depararam com a imagem de uma águia empoleirada em um cacto - símbolo de seu povo - e se alimentando de uma serpente - símbolo do povo maia.
Os astecas teriam acreditado que aquele era um sinal do deus da guerra para que eles se estabelecessem ali. Até hoje a bandeira mexicana tem uma águia como símbolo.
Em 1325, a capital Tenochtitlán é fundada e o Império aumenta seu poder e riqueza, conquistando parte dos territórios antes pertencentes aos maias e toltecas.
Em 1425 o Império chega a seu ápice, dominando territórios do oeste do México até o sul da Guatemala. No Século XVI a capital asteca tinha uma população mais numerosa que a maior capital europeia.
O poder no Império Asteca estava concentrado nas mãos do imperador, que governava a partir da capital.
O Imperador era considerado um semideus, escolhido pelo conselho de chefes das aldeias astecas e responsável por comandar o exército, tomar decisões políticas e tinha profunda influência religiosa.
Apesar do controle centralizado do imperador, que comandava as questões religiosas, econômicas e militares em geral, as cidades-estado dominadas pelos astecas mantiveram suas dinastias tradicionais.
Os povos conquistados precisavam pagar altos impostos, em forma de penas raras, pedras preciosas, humanos para sacrifício e trabalho compulsório para as obras do imperador. Esse fator foi fundamental para o fortalecimento do Império.
A organização social asteca era clara: escravos e servos eram a classe mais baixa da sociedade, junto dos camponeses, que eram também guerreiros. Os artesãos e comerciantes ocupavam um local mais acima na pirâmide social. No topo, estavam chefes militares e sacerdotes, os indivíduos com mais prestígio, abaixo apenas do Imperador.
Apesar dessa organização bem delimitada, a sociedade Asteca permitia a mobilidade social. Ou seja, um indivíduo de uma classe baixa poderia trabalhar até alcançar estratos mais elevados na pirâmide social.
A arquitetura asteca tinha, primeiramente, uma função política religiosa. As principais e mais duradouras construções eram os templos dedicados aos diversos deuses e a observação dos astros e os palácios e obras para uso político e institucional. A arquitetura asteca é a materialização da riqueza cultural e material do povo mexica.
Dentre as maiores construções astecas que são templos, palácios e pirâmides, as características mais marcantes das construções eram:
Algumas das construções foram destruídas pelos espanhóis durante o processo de conquista, no entanto, ainda é possível visitar algumas delas ainda podem ser visitadas, caso das ruínas de Chichen Itza, localizadas na península do Yucatán, no México.
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Assim como maias e incas, os astecas tinham sua economia baseada na agricultura, com forte investimento na plantação de milho, algodão, feijão e pimenta, cacau, abóbora, batata, maracujá, fumo, abacaxi e banana.
Os astecas desenvolveram modernas técnicas agrícolas, entre elas a construção dos chinampas, que eram grandes e resistentes esteiras de madeira sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos e rios. Na superfície da chinampa os agricultores plantavam os alimentos utilizando a fértil lama dos lagos. Além dos chinampas, os astecas desenvolveram sistemas eficientes de drenagem e irrigação.
Foram os astecas que inventaram o chocolate, que ao invés de um alimento doce, era uma bebida amarga oferecida aos deuses. O chocolate doce, como conhecemos, só se tornou popular após a inserção do açúcar no líquido amargo. O feito foi obra dos espanhóis que já possuíam plantio de cana na região da América Central e disseminaram o consumo do chocolate doce pela europa.
Além da agricultura os astecas também tinham grandes mercados e comercializavam artesanato, pequenos animais, roupas, utensílios, cerâmica, jóias, peças de ouro e ervas medicinais. O cacau era muitas vezes utilizado nos grandes centros comerciais como moeda de troca.
Os astecas tinham profundo conhecimento em metalurgia, produzindo ornamentos de ouro e prata com facilidade. Para eles, esses metais não tinham o mesmo valor que para os povos europeus.
Desenvolveram vários remédios a partir de gordura animal e plantas medicinais, possuindo tratamentos de saúde de qualidade.
Assim como a grande maioria dos povos ameríndios, os astecas eram politeístas. Ou seja, acreditavam em vários deuses. Os sacrifícios humanos eram importantes na religião dos astecas, pois serviam como forma de agradecimento ao deus Huitzlopochtli, o deus serpente.
Estima-se que só os astecas teriam sacrificado pelo menos 20 mil pessoas por motivos religiosos.
A arquitetura das cidades astecas também chama atenção. Eles construíram elaborados canais para a circulação de mercadorias e aquedutos para levar água doce até os centros urbanos. A capital era repleta de templos ornamentados, ruas retas e amplas e possuía um mercado rico e movimentado.
Além disso, desenvolveram-se na astronomia e matemática.
Os artesãos eram conhecidos pela sua habilidade com tecelagem e ourivesaria, enquanto os comerciantes, por seus talentos como atacadistas e vendedores de objetos de luxo.
Quando os espanhóis chegaram na região onde os astecas viviam, em 1519, o Imperador Montezuma, acreditou que os europeus eram, na verdade, divindades.
O tempo e a postura europeia, entretanto, mostraram que suas intenções com o povo asteca não eram das melhores.
Em 1521, as forças militares comandadas pelo conquistador Cortés derrotaram o povo nativo, arrasando a capital Tenochtitlán. A Conquista do Império Asteca se deu, principalmente, pela superioridade militar do inimigo.
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Os astecas (azteca) ou mexicanos (mexica) dominavam com esplendor a maior parte do México quando os conquistadores espanhóis ali chegaram, em 1519. Sua língua e sua religião tinha-se imposto sobre imensas extensões de terra desde o Atlântico até o Pacífico e das regiões áridas setentrionais até a Guatemala. O nome de seu soberano Motecuhzoma era venerado ou temido de uma ponta a outra daquele vasto território. Seus comerciantes com suas caravanas de carregadores percorriam o país em todos os sentidos. […] Em Tenochtitlán (México), sua capital, a arquitetura e a escultura haviam alcançado um impulso extraordinário, enquanto o luxo crescia no vestuário, à mesa, nos jardins e na ourivesaria.
(SOUSTELLE, J. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987: 7)
São características da civilização asteca, exceto: